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Nome era uma garota excepcionalmente bonita, tão deslumbrante que todos ao seu redor desejavam estar ao seu lado. No entanto, ela sempre recusava todos os pretendentes com uma graça e educação que só aumentava sua aura de mistério e desejo.
Numa noite tranquila, enquanto voltava para casa, a jovem não percebia os olhos atentos que a seguiam nas sombras. As Luas Superiores, poderosos demônios leais a Muzan Kibutsuji, haviam notado sua presença. Akaza, Douma, Kokushibo, Hantengu e Gyokko ficaram fascinados por sua beleza incomum e por sua recusa constante aos humanos que a cortejavam.
Por meses, eles a observaram em silêncio, aprendendo seus hábitos, ouvindo suas conversas e admirando-a de longe. Cada um deles, em seu próprio jeito sombrio e distorcido, desenvolveu uma obsessão por ela. E então, um dia, decidiram que precisavam tê-la para si, não importando o custo.
O plano foi colocado em ação. Gyokko, o Lua Superior 5, foi escolhido para sequestrá-la. Com sua habilidade de manipular vasos, ele facilmente a capturou numa noite escura enquanto ela caminhava sozinha. Num piscar de olhos, Nome foi transportada para o covil dos demônios, um lugar cheio de luxúria e terror.
Nome acordou num quarto luxuoso, mas sombrio. As paredes eram adornadas com tapeçarias antigas e objetos de arte macabra. Sentada numa cadeira ao lado da cama estava Akaza, com seu olhar intenso.
"Finalmente acordou, minha bela flor," disse ele, com um sorriso que não alcançava os olhos. "Não precisa ter medo. Nós vamos cuidar muito bem de você."
"Por que estou aqui?" perguntou Nome, tentando manter a calma.
"Porque você é especial," respondeu Akaza. "Sua beleza, sua força... Você pertence a nós agora."
Nos dias seguintes, Nome foi apresentada aos outros. Douma, sempre sorridente, oferecia-lhe pratos exóticos, insistindo que ela se alimentasse bem.
"Você precisa manter sua força, minha querida," dizia ele, enquanto servia uma taça de vinho. "Aqui, todos te adoramos. Não queremos que nada de ruim aconteça a você."
"Eu quero ir embora," disse Nome, empurrando o prato para longe.
Douma riu suavemente. "Ah, mas você não entende? Você está segura aqui. Fora daqui, o mundo é perigoso. Nós somos os únicos que podem protegê-la."
Kokushibo era o mais silencioso. Ele a observava de longe, seus olhos múltiplos sempre atentos a cada movimento dela. Uma noite, ele se aproximou enquanto ela tentava ler um livro.
"Você é diferente," ele murmurou, sua voz baixa e grave. "Tão forte, mesmo estando aqui contra sua vontade. Admirável."
Nome levantou o olhar para ele, seus olhos cheios de determinação. "Eu vou sair daqui. Não importa o que aconteça."
Kokushibo apenas assentiu lentamente. "Vamos ver," ele respondeu enigmaticamente antes de se afastar.
Gyokko, o artista macabro, passava o tempo criando esculturas horrendas. Ele gostava de mostrar seu trabalho a Nome, esperando sua aprovação.
"Veja, fiz isso especialmente para você," disse ele, orgulhoso. "É a beleza na dor. Você entende, não é?"
Nome tentou esconder seu desgosto. "É... impressionante," disse ela, tentando manter a voz firme.
Gyokko sorriu, satisfeito. "Sabia que você iria apreciar. Você tem um olhar para a verdadeira arte."
Hantengu, com suas múltiplas personalidades, era o mais imprevisível. Um dia, ele a encontrou no jardim do covil.
"Você não pode fugir de nós," disse ele, sua voz tremendo de emoção. "Nós amamos você. Não vê isso?"
Nome deu um passo para trás, assustada. "Eu não quero estar aqui. Isso não é amor."
Hantengu começou a chorar, lágrimas de desespero caindo pelo rosto. "Mas nós precisamos de você. Por favor, não nos deixe."
Nome suportou tudo isso, esperando uma oportunidade de escapar. Ela sabia que os demônios tinham missões a cumprir para Muzan e que, em algum momento, eles teriam que sair. E esse momento finalmente chegou. As Luas Superiores foram convocadas por Muzan para uma tarefa importante, deixando Nome sozinha no covil.
Com o coração acelerado e a esperança renovada, Nome começou sua fuga. Cada passo era cuidadoso, tentando não fazer barulho. Sabia que qualquer erro poderia ser fatal. Após horas de tensão, ela finalmente conseguiu sair do covil. O ar fresco da noite encheu seus pulmões enquanto corria para a liberdade, deixando para trás aqueles que a aprisionaram.
Mas, no fundo de seu coração, Nome sabia que essa liberdade poderia ser temporária. As Luas Superiores não desistiriam dela tão facilmente. Eles a encontrariam novamente. E da próxima vez, talvez não houvesse uma escapatória.
