𝟎𝟖 • Ê𝐱𝐭𝐚𝐬𝐞 • 𝟏/𝟐

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𝓑𝓸𝓫𝓫𝔂 𝓝𝓪𝓼𝓱

Na semana seguinte...

Cheguei em casa exausto depois de um longo turno de 24 horas, parecia que o tempo não passava. Hoje o dia foi cheio, várias ocorrências para atender, dois incêndios, um nível dois e um acidente na cozinha, e por final tivemos que soltar um cara que achou "genial" participar de um desafio de colocar a cabeça em um microondas lotado de cimento.

É cada idiotice que a gente tem que aturar!

Pelo horário, provavelmente, Athena já jantou, eu também já comi no quartel, só preciso de um banho para relaxar e uma noite de sono ao lado da minha esposa.

Forcei um pouco a vista após entrar em casa, avistei o reflexo da luz do quarto vinda debaixo da porta. Entrei e me deparei com Athena deitada na cama, mexendo no celular apenas de calcinha — tenho que admitir que adorei a vista — parei por um segundo na lateral da cama, analisando-a de cima a baixo.

— O que foi?

— Nada! — Soltei a bolsa no chão e me joguei na cama.

Fechei os olhos por alguns instantes apenas para respirar um pouco antes de tomar um banho. Percebi ela se virar para mim, logo senti sua mão delicada acariciando a minha nuca, subindo até o meu cabelo. Meus músculos relaxaram instantaneamente com o seu toque.

— Dia longo?

— Muito! — lhe dei um beijo, virando na sua direção, apoiando a minha mão sobre a sua cintura. — Muitas ocorrências e no final tive que tirar um idiota de dentro do concreto.

— Como assim? — indagou, prestes a rir.

— Ele participou de um desafio para a internet com uns amigos, tudo que ele tinha que fazer era colocar um microondas na cabeça enquanto eles colocavam cimento. Claro que isso não terminou bem!

— Mas ele ficou bem?

— Ficou... depois da gente ter que fazer RCP nele por ter ficado sem oxigênio!... Mas não vamos falar dele, não, vamos falar de você. — Puxei o seu corpo ao encontro do meu — Está linda assim... gostosa também!

— Como você sabe se nem provou?

— Athena! Sorte sua que eu estou exausto, caso contrário nem estaria falando mais.

— Então, por que não me cala? — Me empurrou, subindo em cima de mim, deixando o meu quadril entre as suas pernas. Minhas mãos foram ao encontro da sua bunda enquanto ela me analisava com as palmas das mãos estacionadas no meu peito.

Athena enganchou no colarinho da minha camisa verde-oliva, me tirando uma sequência considerável de beijos lentos. Deslizava meus dedos pelo seu tronco quando fui impedido de continuar por suas mãos ao redor dos meus pulsos, suspendendo-os nas laterais do travesseiro.

— Acho que fui eu que te calei ao invés do contrário!

— Me pegou de surpresa... gostei! — meu tom sorrateiro a fez soltar um sorriso de canto.

— Não vai continuar?

— Depois de tomar um banho.

— Fique à vontade para sair daqui... se conseguir!

Seu tom presunçoso me fez tomar uma atitude. Usei minha perna como alavanca para me impulsionar contra ela, roubando o seu controle. Ela já estava embaixo de mim, abismada, sem conseguir entender como isso aconteceu.

— Quem está à mercê de quem agora? — aproximei o meu rosto do dela com uma voz sarcástica, segurando firmemente seus punhos contra a cama.

Ela me olhou desacreditada que perdeu o seu controle tão facilmente.

ℭ𝔥𝔞𝔪𝔞𝔰 𝔇𝔬 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬Onde histórias criam vida. Descubra agora