˗ˏˋ 𝟬𝟲 ˎˊ˗

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✮ - 𝒜𝗅𝗅𝗂𝖼𝖾 𝒞𝖺𝗌𝗍𝗋𝗈.

Chegando no bem ginásio movimentado, passei minha autorização e a Rayssa que estava comigo vem também. Algumas pessoas treinando no mesmo espaço, e ainda assim que conseguia lembrar vividamente da primeira vez que estive aqui.

— Sorri, Lice! — grita minha mãe da plateia.

Sou tirada dos meus pensamentos por um estalar de dedos da Rayssa, e logo que olho para frente vejo alguém que não esperava encontrar.

Allany Covell, minha melhor amiga está na minha frente! Ela nem me disse que viria ver o campeonato.

— LANA! — lhe agarro em um abraço apertado, recebendo cem por cento de volta em beijos e apertos.

Era quase impossível não sentir vontade de chorar, mas não vou fazer isso aqui. Seria humilhante.

— Minha pequena... — murmura, com a voz de choro. — Como você está, meu amor? Foi tudo tão rápido que eu nem consegui ir te levar no aeroporto.

Nos separamos, e ela já estava chorando. Algumas lágrimas involuntárias escorriam por minha bochecha, mas eu as seco rapidamente.

Allany foi quem mais me ajudou a sair da depressão que entrei por alguns anos. Minha psicóloga diz que meu desdém com o mundo externo tem relação com isso, pois na época em que eu deveria conhecer sobre os sentimentos e emoções, eu me fechei para eles.

— Tudo bem. — limpo a bochecha. — Essa é a minha acompanhante brasileira, Rayssa Leal. — aponto para a garota, que sorri e acena de volta.

— Prazer Rayssa, obrigado por trazer Allice em segurança. — se aproxima e profere enquanto aperta a mão da garota.

— Por nada. — sorri sem jeito.

O sorriso mais brilhante do mundo.

— Rayssa? — uma voz feminina chama de longe, e uma garota loira corre para abraçar a garota.

Encarei a loira de cima a baixo com a sobrancelha franzida, meu peito queimou sem motivos, e minhas mãos começaram a suar. O que raios está acontecendo? Meu corpo normalizou quando a garota vira. Chloe Covell, a prima de Allany e completamente inofensiva.

Não que eu estivesse com medo de perder a Rayssa, jamais. Nem somos amigas, eu acho.

— Kaya! — a loira vem me abraçar, e eu retribuo o ato um pouco menos de recíproca. — Como você está? Soube que foi morar no brasil.

— Estou bem, Chloe. — coloco as mãos no bolso. — Eu realmente fui morar no Brasil.

— E já conheceu minha grande amiga Rayssa?

— Bom, somos vizinhas.

Conversamos um pouco e as duas se afastaram pra colocar o papo em dia, eu calcei meus patins e entrei na pista para alongar, enquanto isso, Allany falava de forma frenética sobre tudo o que tem acontecido com ela ultimamente.

— Ai, amiga, mas desculpa mesmo por não ter ido te ver no aeroporto. Aquela semana foi tão corrida que eu apaguei a noite inteira e acabei não ouvindo o despertador. — me pede, se aquecendo comigo.

— Eu já disse que tá tudo bem! Nossas rotinas são meio difíceis, e você precisa descansar dessa vida agitada. — aviso, estralando as costas.

— Que bom que você me entende. Mas dessa vez eu prometo mesmo que vou te levar, você e sua amiga. — assinto com a cabeça, indo fazer o mesmo que ela, mas do outro lado. — Inclusive, e essa Rayssa aí? A Chloe fala pra caramba dela.

— Não tem muito o que dizer dela não. A gente saiu algumas vezes mas nada comprometedor. — digo, voltando a posição normal.

— E rolou alguma coisa, ou...

— Nada.  Ela só fala umas coisas estranhas, do tipo, "Você vai ser minha, Castro!" — repito o que ela diz. — É raro mas acontece com frequência.

Olhamos para a arquibancada e as duas garotas conversavam sobre alguma coisa inaudível de onde estávamos, mas Rayssa olhava para nós.

— Olha lá! — se vira para mim. — Ela tá caidinha por você.

— Será?

— "Será?"!? Tá estampado na cara dela, Allice!

Faço uma reversão simples e volto do mesmo jeito.

— Você sabe o que eu acho sobre isso. — aviso.

— Eu sei, "o amor é uma perda de tempo, e laia do governo pra diminuir a população", mas, e se ela não for o caso?

Seria uma boa.

O que? Não!

— Do que você está falando?

— Lembra que a sua psicóloga falou que já na hora de você encontrar alguém pra amar? Essa é a chance! — ela diz sorridente, enquanto faz uma reversão sem as mãos e para agachada.

— Eu não vou usar a Rayssa só porque a psicóloga disse que eu preciso me apaixonar. — começo a andar.

— Você não vai usar ela, vai devolver em reciprocidade esse amor que ela sente por você. Eu te conheço, Allice, e consigo ver nos seus olhos que você também gosta dela.

O QUE? Jurou.

— Haha! — finjo uma risada. — Jurou né, gata.

— Acha que eu tô brincando? Seus olhos brilharam quando olhou pra ela, chegaram de mãos dadas e você ficou se mordendo de ciúmes quando a Chloe agarrou a garota pra abraçar. — coloca as mãos pra trás, me seguindo.

— Você tá viajando.

— Vai negar na cara de pau?

— Estou negando algo que você inventou, é diferente.

— Amiga, olha pra mim. — me pega pelas bochechas. — Essa Rayssa tá gamada em você, e você tá gamada nela. É comum que no início você se prenda no que vai fazer quando está com ela, mas vai fazer dois meses que você foi embora e eu tenho certeza que nem um sorriso você deu pra ela. Deixa as coisas acontecerem naturalmente, poxa!

Respirei fundo, e engoli suas palavras como um remédio.

— Certo?

— Certo.

— Se acontecer de não fluir como você imaginava, eu vou estar lá pra te consolar até o fim.

Sorri pequeno pra ela e voltamos a treinar. É impressionante o quanto ela me faz bem só de existir.

Own, oi fofuras! O que acharam do ep de hoje?

Moonlight está com muito sono, então Kiss Kiss e até loguinho.

Demais. - 𝗥𝗔𝗬𝗦𝗦𝗔 𝗟𝗘𝗔𝗟.Onde histórias criam vida. Descubra agora