𝐂𝐀𝐒𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎

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Era o grande dia: meu casamento. Foram seis meses de organização, mas também seis meses em que eu não estive bem. Sentia dores constantes, o que dificultou ainda mais todo o processo.

Por isso, Obito e eu decidimos esperar que as dores amenizassem antes de seguirmos em frente com o casamento, para que tudo corresse da melhor maneira possível.

Me olhei no espelho e sorri.

"Que grávida linda",

pensei, passando a mão pela barriga que estava enorme. Parecia que eu nunca saía dos seis meses. Estava tudo tão intenso e, ao mesmo tempo, maravilhoso.

Estou sem falar com Obito desde ontem, Madara proibiu de nos vermos segundo ele dá azar

Levantei-me da cama e caminhei até o quarto de Ravi, meu pequeno. Sempre gosto de checar se ele está bem, especialmente em manhãs importantes como essa. Ao entrar no quarto, me deparei com ele dormindo no chão.

Sn — De novo, Ravi? — murmurei, rindo levemente enquanto me aproximava.

Ele havia caído da cama outra vez. Com um pouco de dificuldade por causa da barriga, o peguei no colo e o coloquei de volta na cama. Um dos nossos gatinhos estava deitado ao lado, ronronando baixinho.

Ravi — Mamãe? — sussurrou ele, ainda de olhos fechados.

Sn — Oi, meu amor — respondi suavemente, acariciando seu cabelo.

Ravi — Deita aqui comigo?

Sn — Claro.

Deitei ao seu lado, envolvendo-o em um abraço caloroso. Ele se aconchegou em meus braços e, naquele momento, senti meu coração transbordar de amor.

Sn — Eu te amo tanto, filho, que chega a doer — confessei, com a voz embargada de emoção.

Ravi sorriu, ainda sem abrir os olhos.

Ravi — Obrigado, mamãe. Eu também te amo muitão. Você não vai se esquecer de mim quando o bebê nascer, né?

A pergunta me pegou de surpresa. A inocência dele era desarmante.

Sn — Jamais, meu amor. Você é inesquecível, meu filho mais velho, meu Ravizinho! Como eu poderia esquecê-lo? Prometo que vou te dar a mesma atenção de sempre. Só que, quando o bebê nascer, ele vai precisar de mais cuidado, assim como você precisou quando nasceu. Bebês são frágeis, e vamos ter que cuidar dele juntos, com muito carinho. Você também é especial, sempre será.

Ravi sorriu, compreensivo.

Ravi — Tá bom, mamãe. Vou cuidar do bebê.

Sn — E eu sempre vou cuidar de você — falei, acariciando seu rosto.

Ravi — Os tios vão vir me ver hoje? — perguntou com a voz sonolenta.

Sn — Sim, mas só mais tarde. Tudo bem?

Ravi — Sim, vou dormir mais cinco minutinhos, tá?

Sn — Claro, eu também.

Fechamos os olhos e logo o sono nos levou. Momentos como aquele eram preciosos. Meu amor por Ravi era incondicional.

𝑶𝑺 𝑶𝑳𝑯𝑶𝑺 𝑫𝑶 𝑺𝑶𝑳Where stories live. Discover now