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𝐐𝐔𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐄𝐍𝐓𝐑𝐀𝐌𝐎𝐒 𝐍𝐎 𝐐𝐔𝐀𝐑𝐓𝐎 𝐃𝐎 𝐇𝐎𝐓𝐄𝐋. O cansaço estava presente. Pietra deixou a mala no canto do quarto, jogou a mochila na cama e tirou os tênis
Era um quarto grande, branco, com duas camas, e um banheiro. E no quarto do lado estava Minna, e poe, quando chegasse, ficaria lá também
Eu me sentei na cama ao lado, tentando parecer relaxada, mas a verdade é que a simples proximidade de Pietra me deixava inquieta. Ela se deitou de costas, olhando para o teto, o rosto iluminado pela luz fraca do abajur. Não havia muito o que dizer naquele momento; o silêncio entre nós falava mais do que qualquer palavra
- Cansada? - perguntei
- um pouco - Ela respondeu, a voz baixa, ainda focada no teto - Mas acho que não vou conseguir dormir tão cedo
Eu respirei fundo e me deitei também, virada de lado, observando Pietra ao meu lado. O espaço entre nós era pequeno, mas parecia enorme
- Paige... - A voz dela quebrou o silêncio ela virou a cabeça em minha direção, os olhos encontrando os meus - O que está acontecendo entre nós?
Eu me apoiei em um cotovelo, sentindo meu corpo reagir ao som da voz dela. A pergunta pairou no ar, e eu soube que era agora ou nunca. Não havia mais como fugir do que estávamos sentindo. Me levantei e deitei na sua cama, cada movimento consciente e medido, até que eu estava bem perto dela, sentindo o calor de seu corpo
- Eu não sei... - Respondi, minha voz quase um sussurro - Mas acho que não podemos mais ignorar, né?
Pietra não disse nada, mas seus olhos me encaravam com uma mistura de curiosidade e desejo que fez reduziu ao pequeno espaço entre nós. Lentamente, sem quebrar o contato visual, me inclinei, deitando sobre ela, apoiando meu peso em um braço. Meu corpo estava tão perto do dela que eu podia sentir sua respiração acelerada
Sem pensar demais, deixei meus lábios tocarem o pescoço dela, suavemente no início, explorando o gosto da sua pele, sentindo Pietra se tensionar sob mim. Ela fechou os olhos, e eu percebi que ela não estava se afastando. Pelo contrário, sua respiração ficou mais rápida, o peito subindo e descendo em um ritmo irregular
O toque de Pietra nas minhas costas, suave, logo ficou mais firme, puxando-me levemente para ela. Meu coração disparou quando senti sua pele quente sob meus lábios, e fui beijando de leve seu pescoço, subindo lentamente até a linha da mandíbula. Ela soltou um suspiro baixo, quase inaudível, e aquilo foi o suficiente para me perder
Eu me inclinei mais, meu corpo se pressionando contra o dela enquanto continuava a explorar seu pescoço com beijos suaves, sentindo o calor de Pietra crescer a cada toque. Meu coração estava a mil, e, por um momento, o mundo pareceu parar, tudo se resumindo ao jeito como ela reagia ao meu toque, ao suspiro suave que ela deixou escapar quando meus lábios se aproximaram de sua orelha
