Capítulo 3

4K 321 32
                                    

— Bem, é... pode ser! — Disse franzindo o cenho, mas um grito estridente o fez estremecer. Um par de braços o circulou o fazendo desconfortável. — Ahh... Ok! Vic, pode-me larga agora. — Gustavo falou sem jeito!

Miguel queria socar tanto a cara de Gustavo ao ponto que nem a mãe dele reconheceria. Seu final de semana foi pelo ralo. Irritado e desejando ficar bem longe do outro, ele saiu da piscina e seguiu em passos firmes para longe da ala lazer do condomínio. Ouviu Lucas gritá-lo ao longe, mas realmente não queria falar com ninguém agora.

Sentia-se idiota!

Sabia que Gustavo sempre ficava com várias meninas, afinal, era lindo e gostoso... Poxa, mas ele não podia deixar isso para outro dia? Hoje era momento de curtir com os amigos.

Ele acenou para o porteiro e voltou ao apartamento do amigo, por sorte, sabia que Guto não trancava. Babaca, Murmurou em pensamento.

Entrou bufado no local. Sem importa em tomar um banho para retirar o cloro da piscina do corpo, o loiro vestiu-se com pressa roupas secas, pegou suas coisas e saiu do apê, batendo a porta atrás dele.

Desceu pelo elevador, e quando estava para sair pelo portão do edifício, foi seguro pelo braço. Virou para ver quem era, e não negava que tinha esperança que fosse Gustavo, mas deparou-se com Daniel.

— O que foi Dan? — Miguel indagou ainda irritado.

— Vai embora sem falar nada? — O outro indagou. Daniel mostrava-se sério.

— Minha mãe ligou. Pediu para volta para casa. — Miguel mentiu, mas via nos olhos do amigo que não acreditou.

— É um péssimo mentiroso e todo mundo viu seu gritinho. — Daniel disse.

Miguel olhou para seus pés. — Eu preciso ir embora, por favor... — Implorou. Sentia que a qualquer momento iria chorar, e não queria fazer aquilo na frente de seus amigos. Homens não choram! Grande besteira, homens também tinha sentimentos.

Daniel soltou seu braço.

— Que quer lhe leve? — Daniel ofereceu, mas o loiro negou com a cabeça. — Vou avisar Guto que teve que ir embora. Mas Mi... Converse com ele. Pode ser surpreende.

Miguel para o amigo. Por que sentia que Daniel sabia de tudo? Sobre seus sentimentos. O loiro apenas acenou. Afastou-se do amigo e seguiu para ponto de ônibus. Como era sábado, demorou um pouco para passar, mas finalmente a condução veio. Por sorte, precisava pegar apenas um ônibus para chegar a casa.

Seu celular tocar algumas vezes e reparou que duas eram de Lucas e quatro de Gustavo. Até recebeu algumas mensagens da sua 'paixão', mas não teve coragem de ler. Tinha medo de Guto o rejeitar.

Gastou quase uma hora de ônibus até em casa, e quando chegou perto da parada de sua casa, apertou a campanha da parada. Saltou, e seguiu rumo a casa. Morava em um bairro de subúrbio, cheio de casas aconchegante e com quintais. Não era um bairro de rico, mas era agradável.

Ao chegar a frente à casa de fachada branca e grandes pretas, ele pegou sua chave da bolsa e abriu o portão pequeno. Entrou e foi logo recebido por seu labrador negro.

— Oi, Luna! Sentiu minha falta menina? — Disse, abaixando e fazendo um carinho no cão, mas logo levantou e seguiu para casa.

— Filho? E você?

A voz de sua mãe fez tudo desaba dentro dele. Sentiu seu coração salta. Não resistiu e correu para a cozinha. Olhou para sua mãe. Beatriz era uma senhora ainda jovem e bela, com apenas 37 anos, conversava o fresco. Seus cabelos eram loiros e os olhos mel. Ela era alguns centímetros mais altos que o filho, e seu corpo ainda curvo e belo. Uma mulher bela, mas que vivia para o filho e trabalho.

Amar pode dar certo (Romance Gay)Where stories live. Discover now