— Bem, é... pode ser! — Disse franzindo o cenho, mas um grito estridente o fez estremecer. Um par de braços o circulou o fazendo desconfortável. — Ahh... Ok! Vic, pode-me larga agora. — Gustavo falou sem jeito!
Miguel queria socar tanto a cara de Gustavo ao ponto que nem a mãe dele reconheceria. Seu final de semana foi pelo ralo. Irritado e desejando ficar bem longe do outro, ele saiu da piscina e seguiu em passos firmes para longe da ala lazer do condomínio. Ouviu Lucas gritá-lo ao longe, mas realmente não queria falar com ninguém agora.
Sentia-se idiota!
Sabia que Gustavo sempre ficava com várias meninas, afinal, era lindo e gostoso... Poxa, mas ele não podia deixar isso para outro dia? Hoje era momento de curtir com os amigos.
Ele acenou para o porteiro e voltou ao apartamento do amigo, por sorte, sabia que Guto não trancava. Babaca, Murmurou em pensamento.
Entrou bufado no local. Sem importa em tomar um banho para retirar o cloro da piscina do corpo, o loiro vestiu-se com pressa roupas secas, pegou suas coisas e saiu do apê, batendo a porta atrás dele.
Desceu pelo elevador, e quando estava para sair pelo portão do edifício, foi seguro pelo braço. Virou para ver quem era, e não negava que tinha esperança que fosse Gustavo, mas deparou-se com Daniel.
— O que foi Dan? — Miguel indagou ainda irritado.
— Vai embora sem falar nada? — O outro indagou. Daniel mostrava-se sério.
— Minha mãe ligou. Pediu para volta para casa. — Miguel mentiu, mas via nos olhos do amigo que não acreditou.
— É um péssimo mentiroso e todo mundo viu seu gritinho. — Daniel disse.
Miguel olhou para seus pés. — Eu preciso ir embora, por favor... — Implorou. Sentia que a qualquer momento iria chorar, e não queria fazer aquilo na frente de seus amigos. Homens não choram! Grande besteira, homens também tinha sentimentos.
Daniel soltou seu braço.
— Que quer lhe leve? — Daniel ofereceu, mas o loiro negou com a cabeça. — Vou avisar Guto que teve que ir embora. Mas Mi... Converse com ele. Pode ser surpreende.
Miguel para o amigo. Por que sentia que Daniel sabia de tudo? Sobre seus sentimentos. O loiro apenas acenou. Afastou-se do amigo e seguiu para ponto de ônibus. Como era sábado, demorou um pouco para passar, mas finalmente a condução veio. Por sorte, precisava pegar apenas um ônibus para chegar a casa.
Seu celular tocar algumas vezes e reparou que duas eram de Lucas e quatro de Gustavo. Até recebeu algumas mensagens da sua 'paixão', mas não teve coragem de ler. Tinha medo de Guto o rejeitar.
Gastou quase uma hora de ônibus até em casa, e quando chegou perto da parada de sua casa, apertou a campanha da parada. Saltou, e seguiu rumo a casa. Morava em um bairro de subúrbio, cheio de casas aconchegante e com quintais. Não era um bairro de rico, mas era agradável.
Ao chegar a frente à casa de fachada branca e grandes pretas, ele pegou sua chave da bolsa e abriu o portão pequeno. Entrou e foi logo recebido por seu labrador negro.
— Oi, Luna! Sentiu minha falta menina? — Disse, abaixando e fazendo um carinho no cão, mas logo levantou e seguiu para casa.
— Filho? E você?
A voz de sua mãe fez tudo desaba dentro dele. Sentiu seu coração salta. Não resistiu e correu para a cozinha. Olhou para sua mãe. Beatriz era uma senhora ainda jovem e bela, com apenas 37 anos, conversava o fresco. Seus cabelos eram loiros e os olhos mel. Ela era alguns centímetros mais altos que o filho, e seu corpo ainda curvo e belo. Uma mulher bela, mas que vivia para o filho e trabalho.
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Amar pode dar certo (Romance Gay)
RomanceUm grupo de quatro amigos está vivenciando a melhor fase de suas vidas, e vão descobrir que amar pode ser a oitava maravilha do mundo. Eles terão se fortes para transpassar as barreiras do preconceito, das regras e serem felizes nos braços do amor. ...