Dia 4 (...)

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Pegámos nos pratos e metemos em cima do balcão.

- Até logo.- digo à carla e aceno.

- Boas aulas miúdos.- diz ela seguido por um grande sorriso.

Saimos os dois do café e enquanto subiámos a colina, ele decidiu falar.

- Entãããõooo.-diz ele, enquanto chuta pedras.- Costumas ir tantas vezes para a rua é?

- Mais ou menos, depende do humor do professor.- rio-me baixinho.

Oiço passos, alguém estava a descer.

- Ha Oláááá fofinho. Olá... espécime.- diz ela para mim, com um tom desprezível.

Olho para cima e vejo a Tracy, argh,o que é que ela estava ali a fazer?

- Hum...Olá.- diz o Adam, com um ar constrangedor.

Nem disse nada calei-me. Estávamos os 3 parados no passeio.

- Vi que estavas a subir e decidi acompanhar-te, como és novo, queria mostrar-te os sítios da escola. Acredita estavas melhor acompanhado comigo.- diz ela, com cara de inocente.

Oiço passos outra vez, quem seria agora?

- Hum bom dia?

- Olá Will.- sorrio para ele, que este depois também retribui.- Sim, é um mau dia.

- Ha, que bom saber Maya.

O Adam e a Tracy ficam a olhar para nós como se fossemos uns aliens.

-  Ó Williamzinho, meu bébé, não queres ir connosco comer?.- pergunta a Tracy.

- Mas eu já comi...- diz o Adam.

- Não faz mal, comes outra vez.- diz Tracy e lança um olhar aterrorizador para o Adam.

- Sim, vão lá comer, e eu a Maya vamos subindo.- William encosta-se a mim e mete o braço à minha volta.

Adam e Tracy ficam confusos com aquilo.

Will dobra o braço de maneira a que eu enfiasse o meu braço no dele.

- Vamos?- pergunta ele.

- Estava a ver que nunca mais perguntavas.- e sorrio para o chão e entrelaço o meu dedo no meu cabelo.

E lá seguimos os quatro, os dois para lados opostos, ainda bem.

Estávamos a subir a colina. O silêncio era imenso. Olho para ele e perco-me nos olhos dele outra vez.

Ele apercebe-se e olha para mim.

De repente, ele parou, e ficámos os dois, expectados a olhar um para o outro.

As ruas estavam vazias, o silêncio era tão grande, que conseguíamos ouvir as nossa respiração.

Parecia estar nas nuvens, como se aquilo fosse um sonho. Como o tempo tivesse parado. Qualquer das maneira tinha que acordar, não posso fazer nada estúpido que destrua a nossa amizade.

Afastei-me dele muito rapidamente e andei para a frente, enquanto ele tinha ficado no mesmo sitio.

- Merda, muito lento.- sussurra ele. Enquanto bate na cabeça.

Viro-me para trás e digo:

- O que é que disseste?

- Ah, nada, nada.- diz ele todo atrapalhado. Ele olha para o relógio e começa a fazer uma cara de aflição.- Porra! Estamos atrasados! Aquilo tem 15 minutos de tolerância, mas só temos mais 3 minutos para chegar à escola, anda vêm.

Ele começou a correr, mas depois virou-se para trás e apercebeu-se que eu era mais lenta que ele. Ele volta para trás e estende a mão.

- Anda, agarra minha mão.- diz ele aflito.

Olhei para a mão e depois para ele. Eu estava a hesitar.  Mas não podia ter mais faltas, então agarrei na mão dele e fomos os dois a correr de mãos agarradas para dentro da escola.

Faltava 1 minuto para estarmos nas respectivas salas, o que vale é que tínhamos no mesmo pavilhão.

- Bora, Maya, mais rápido, tenta acompanhar-me.- diz ele.

Fomos até à minha sala e bati à porta.

- Ora bom dia Maya, sorte a tua, por 30 segundos não te marcava uma falta de atraso.- ela faz uma pausa.- Hum. Podia era deixar o seu namoradinho fora da sala se faz favor.

Fiquei um bocado à toa. Só depois é que percebi o porquê daquela observação.

Aparentemente, eu não tinha largado a mão do Will o tempo todo.

- Ha... ele não é meu namorado.- faço um riso falso.

- Pena, fazem um casal bonitinho.- comenta ela.

O William, que estava atrás de mim, estava a rir-se, mas um riso constrangedor.

- Ah pois mas não.- olho para o quadro e vejo o que estava ali escrito.- A resposta é sujeito nulo expletivo.- digo eu, para tentar escapar à aquela conversa.

A professora olha para o quadro e enquanto isso, largo a mão do william e vou sentar-me no meu lugar muito rapidamente.

Deixei o William à porta. Estava expectado a olhar para mim e a fazer sinais com as mãos do género " O que é que acabou de acontecer?"

- Muito be-. a professora volta-se e apercebe-se que já não estava ali. Fecha a porta e dá uma olhada na turma.

- Ah, estás ai. Muito bem.- diz ela.

Estava toda a gente a olhar para mim.

Meto a mala em cima da mesa e vou à procura do estojo. Já estava a passar-me porque não estava a encontrar, e agora? Escrevo com o que?

- Acho que precisas de uma caneta, toma.- diz alguém.

- Ah obrig-











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E Agora?Onde histórias criam vida. Descubra agora