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POEM xiii.
Ícaro tinha uma macieira favorita em casa.
Não porque seu fruto fosse o mais doce de todas as outras árvores, ou porque fosse tão alta e grandiosa que seus galhos tocassem o céu. Era o oposto, na verdade. A árvore estava perto de morrer, quebradiça e rígida. Dela pendiam duas cordas delicadas, um balanço rangente preso a elas.
Em dias mais frios, um vento forte farfalhava as folhas frágeis penduradas teimosamente na árvore. Ícaro se agarrava às cordas desfiadas com mãos pequenas, a textura áspera áspera contra sua pele macia. Ele ainda consegue se lembrar do jeito que aquele balanço torto rangia e gemia sob seu peso, balançando sempre que ele subia.
Naquela época, suas pernas eram curtas demais para fazer qualquer coisa além de balançá-lo para frente e para trás no balanço. Ainda assim, ele olhava para os galhos finos que se espalhavam no alto, nos espaços de separação onde o céu aparecia pelas rachaduras.
A luz do sol se estilhaçaria, e Ícaro frequentemente imaginava que se ele balançasse alto o suficiente, ele poderia tocar aqueles pontos brilhantes. As pontas de seus dedos roçariam o sol e quando ele caísse de volta, então ele poderia se gabar de ter girado a roda da carruagem em chamas de Apolo.
Mas isso foi há tanto tempo. Ícaro não tinha provado a queimadura daquelas alturas em queda desde agora, onde mais uma vez ele caiu, nascido na terra, e destinado a ser abraçado por algo muito mais sem amor do que aquele velho balanço de madeira.
E onde estava Ambrose em tudo isso? Onde estava o seu irmãozinho?
Rosie sempre estaria lá com Ícaro, no jardim, sob a árvore. Juntos, eles corriam pelos pomares e se banqueteavam avidamente com suas frutas. Romãs, laranjas e maçãs eram sempre uma delícia. Os sucos açucarados escorregavam por seus dentes e manchavam seus queixos, dedos pegajosos com as frutas.