Blue Soul // Z.M.

25.

[POV Zayn]
Eu sentia e ouvia, literalmente, o som do bater do meu coração. Eu acabei de lhe dizer que ela era a única coisa que me deixava calmo, interiormente. A única coisa que me deixava bem novamente e que aguentar os problemas se tornava mais fácil quando eu estava á sua volta.

Era tudo verdade.

Aproximei, inconscientemente, o meu baloiço ao dela. Eu podia observar o sorriso na sua cara por o que eu tinha dito. Eu não me lembro de ter alguma vez visto um sorriso tão brilhante nela.

Ela era tão diferente.

Tão bonita.

"Tu deixas-me nervosa. A todo o momento, para ser sincera, e desde o começo."

Agora um sorriso estava a formar-se na minha cara. Eu sabia. E eu adorava isso.

E além disso, ela confessou-me algo que eu sabia que, provavelmente, ela nunca o iria fazer numa situação normal. Mas esta não era dessas situações porque eu disse-lhe tanta coisa - tanta coisa que eu esperei para lhe contar, só a ela - e ela esteve sempre aqui a ouvir-me. E eu agradeço-lhe tanto por isso, porque ela é a única pessoa que eu senti que podia falar e conseguia fazê-lo. Na primeira vez que a vi, nunca pensei que iria começar a gostar assim dela.

E num rápido momento, por alguma razão, ela fez a coisa que eu não pensava que ela iria ter coragem para alguma vez fazer. Mas que, sem dúvida, eu estava desejoso para acontecer.

Ela beijou-me."

Ainda conseguia senti-la a pegar no meu rosto, intensificando a maneira com que os lábios delas estavam nos meus e lembro-me de pensar no quanto queria aquelas mãos em mim.

Eu conseguia, sozinho deitado na minha cama a encarar o teto, sentir a maneira como o corpo dela embateu no meu quando a puxei para o meu colo. Sabia que ela não era destas coisas mas principalmente, lembro-me de eu, no total, aquecer e de só querer mais dela.

E eu pude saber que ela queria a mesma coisa quando ela me agarrou a camisola, puxando-me quase desesperadamente para mais perto dela.

Passo a minha língua pelo meu lábio lembrando-me do deslumbre das nossas línguas juntas. Tinha a certeza que estava a sonhar demais porque não durou quase nada. Eu estava a sonhar. Era só o que eu sabia fazer. Sonhar com ela.

O que estás a fazer comigo, Brooklyn?

Quando os nossos lábios se separaram, eu encarei-a fazendo-a me encarar de volta quando abriu os olhos e só quis beijá-la de novo quando vi que ela tinha a boca entreaberta, deixando o ar entrar livremente, um pouco ofegante. Era um imagem linda.

Ela todo o era.

O som desperta-me de novo. Tinha recebido outra mensagem dela. Não me lembro de quantas mensagens vindas dela já tinha recebido que ainda não tinha aberto. mas eram algumas. Decidi abri-las.

Desejei que não o tivesse feito.

"Eu sinto a tua falta." 23:07h.

"Por favor. Zayn. Já não te peço que me perdoes mas apenas fala comigo." 23:10h.

"Eu estou tão cansada de estar sem ti." 23:56h.

"Vais me drixar sozinha com esta garrafa? Tu sabes, eu já bebi mais dr meia. E ests nem é a primeira." 00:48h.

"Estou a pensar no quanto tenho saudades de ti e no quanto queria que apenas estivesses a beijar-me. Não, não apenas isso. Queria que estivesses em cima de mim, debaixo dos lençóis, lá em baixo, eu e tu sem roupa, a fazeres o que só tu o sabes fazer." 01:20h.