Estrelas Que Nunca Morrem.

Stellar

- Stella você está melhor?

Disse o Tom preocupado.

Eu estava sentada em um banco que tinha formato de tronco de arvore, apoiada com as mãos na cabeça.

- Eu estou sim Tom, só estou com sono. Eu disse rindo.

Sono era a desculpa que eu sempre usava, quando não estava bem.

O Tom me deu a mão. Eu a segurei. Ele segurou na minha cintura e nós começamos a dançar, então ele começou a cantar:

'' Oh, Stellar

Meet me in outer space.

We could spend the night;

watch the earth come up.

I've It's better than I ever knew.

I've grown tired of that place;

won't you come with me?

We could start again.''

Eu comecei a rir, o Tom era ótimo em fazer as pessoas se sentirem melhor. Ele sempre disse que essa era minha musica, 'Stellar' do Incubus, desde o dia em que eu falei meu nome. Nós estávamos dançando no meio do pátio, estava todo mundo olhando, mas ele não deu à mínima. Eu só conseguia rir do Tom berrando a música. Eu me senti melhor. Eu pude observar o Castiel nós olhando de longe. Seu rosto parecia que estava queimando de ódio, quando nossos olhares se cruzaram ele simplesmente desviou o rosto, e saiu. A Meg chegou logo depois e nós três começamos a dançar juntos.

As últimas aulas passaram bem rápido, as aulas de inglês não são tão ruins. Eu estava cansada, não tinha dormido muito a noite passada. Eu e a Meg ficamos no mesmo quarto. Os dormitórios do nosso colégio são divididos por sexo, ou seja, os meninos e as meninas ficam bem longe uns dos outros, mas na verdade não tão longe assim só um corredor de distancia. E os encontros de meninos ou meninas fora de seus respectivos dormitórios são restritamente proibidos, o que já levou muitos a punições severas, no mínimo caso suspensão de ambos. A Meg dorme bem cedo na maioria das vezes, a não ser quando se esquece de fazer algum trabalho ou atividade de casa, mas mesma cansada eu ainda prefiro ficar acordada até tarde lendo alguma coisa, ou mexendo no celular, no computador, qualquer coisa que me faça perder a noção do tempo e ficar acordada até tarde. Normalmente depois das aulas nós temos tempo livre para fazer atividades e ter um pouco de diversão durante o dia e o horário de dormi bate ás 10h30min. E estar fora do dormitório depois desse horário também não é permitido. Eu fui dormi no horário em que o colégio recomenda, eu estava extremamente cansada e entediada hoje.

Eu acordei antes do dia ficar claro, acho que minha mente não está acostumada a dormi cedo, eu levantei, e sentei-me à mesa do escritório comecei a folhear um dos livros da Meg, e vi algumas coisas legais, era um livro de poemas, até que eu ouvi um barulho fora do quarto, eu olhei o relógio já eram mais de quatro da manhã, e quem quer que seja que esteja lá fora há essa hora estará com problemas se for pego. Mas não acho que alguém da coordenação esteja acordada a essa hora do dia, apesar de serem proibidos, vários alunos saem dos quartos antes do horário permitido e nem todos são pegos. Acho que deve existir alguma hora em que a coordenação fica vulnerável, na verdade eu acho que sempre. A maioria das vezes que as pessoas são pegas longe de seus dormitórios são os próprios alunos que deduram quase nunca ninguém é pego em festas escondidas durante a noite, só quando alguém fica com raiva por não ser convidado e resolve alertar a coordenação. Eu sempre fui extremamente curiosa, dizem que isso matou algum gato por aí, mas eu não me importo. Eu saio do meu quarto. Se vier alguém eu posso fingir que estou sonâmbula, mas isso não vai acontecer. Eu andei fazendo total silêncio, até o jardim. Quando de repente eu o vi. Castiel estava sentando em um banco com cara de sono, fumando um cigarro com as mãos apoiadas nos joelhos. Seus cabelos estavam bagunçados, mesmo assim ele era lindo. Pior do que estar fora do dormitório, é estar fora do dormitório fumando.

- Olha você sabia que é proibido ficar fora dos dormitórios até ás seis da manhã?

Eu disse tentando ser o mais simpática possível, me sentando ao lado dele. Eu estou completamente fora de mim.

- E o que você está fazendo aqui?

Ele falou soprando a fumaça logo em seguida.

- É. Bem... tanto faz. E o cigarro?

- Você quer um também?

-Não. Obrigada. Se você for pego fazendo isso você terá problemas.

- Problemas meus.

Mais uma tragada.

-É sim, desculpa me intrometer. Não foi minha intenção, sabe? Foi como uma alerta.

-Tudo bem. Tudo bem. Desculpe-me também. Eu não deveria ter te tratado dessa forma.

Nós ficamos parados olhando o céu durante algum tempo.

-Eu gosto de olhar o céu nesse horário, os céus ficam confusos, e faz frio, o cigarro me aquece. Mas eu não faço isso sempre. Só me senti que precisava fazer isso hoje.

-Eu sinto que conheço você de algum lugar.

-Impressão sua.

-Acho que eu saberia reconhecer uma pessoa com cores diferentes nos olhos, eu realmente nunca conheci ninguém como você. Não nessa vida.

Eu disse rindo. Mas ele me olhou serio.

-De onde você veio?

Falei tentando mudar de assunto.

- Do inferno.

Olhei assustada. Ele riu.

- ''Cidade pequena, inferno grande''. Você sabe.

Ele tragou o cigarro novamente. Nós ouvimos um barulho.