Capítulo 38

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Point of view Cath

Acordo atordoada e com o corpo inteiro dorido. Estou sentada e presa a uma cadeira numa sala fria e fechada, sem qualquer tipo de janela. A minha boca está coberta com uma fita que me abafa os gritos de ajuda que tento pedir, e os meus pulsos estão amarrados com uma corda que está extremamente apertada. Ouço ao fundo uma voz masculina e uns passos aproximam-se cada vez mais, a porta é aberta revelando o homem de cabelos grisalhos que magoou o Harry. Ele aproxima-se de mim e retira a fita da minha boca encostando depois um telefone à minha face.

"Vá minha querida fala com o teu amor" - ele diz junto a mim o que me permite sentir o seu agoniante hálito a tabaco

"Harry ajuda-me!" - eu peço, e antes que eu possa dizer mais qualquer coisa a minha boca é novamente tapada com a fita que abafa todas as minha palavras e gritos. Ele sai novamente da sala trancando a porta, e deixa-me sozinha apenas com o meu medo e alguma esperança.

(...)

O meu estado deve estar lastimável, sinto os meus olhos ainda com um leve ardor devido as lágrimas que já derramei. E mesmo que tenha dormido maior parte do tempo sinto o meu corpo dorido e cansado. A porta de madeira é aberta e o homem, que eu ainda não sei o nome, entra e coloca uma câmera em cima de uma mesa que está no canto da sala e depois dirige-se a mim acertando-me com o seu punho fazendo me apagar.

Point of view Harry

O meu telemóvel toca, acordando-me dos meus horríveis pensamentos. Só de saber que aquele filho da mãe a tem... Arg! Dirijo-me até ao aparelho que tocou e um arrepio percorre todo o meu corpo ao ver o nome de Joe na tela. Abro a mensagem que contem um conteúdo multimédia, e após alguns segundos de espera, que pareceram horas, um video começa a dar. Um soco é dado por Joe àCath e rapidamente um grito sai pelos meu lábios fazendo-me sentir a raiva crescer no meu corpo. Algumas cadeiras são partidas pelos meus pontapés e socos assim como inúmeros objetos de decoração. Encosto-me a um móvel, respiro fundo e carrego outra vez no play do video. Tento ignorar ao máximo o principal conteúdo e foco-me em tentar descobrir que sitio poderá ser aquele. Mas aquilo é o armazém... Só pode ser. Rapidamente mando um sms à Amy com a morada do local, e saio sem esperar qualquer tipo de resposta.

(...)

Já não sei onde estou, este lugar está totalmente diferente desde a última vez que aqui estive. Eu procuro-a. Mas não a encontro. Eu chamo-a mas não ouço a resposta. A minha cabeça está a latejar e quando passo a minha mão pela testa para reitirar algumas gotas se suor esta fica cheia de sangue. Não me lembro de ter batido com a cabeça... A minha força é muito pouca e tenho vontade de fechar os olhos. Está tudo a repetir-se como na minha previsão... Ouço passos a vir na minha direção e rapidamente entro na primeira porta que encontro. E no meio do silencio que domina aquele espaço ouve-se um grito. É ela. Eu tento abrir a porta mas não consigo, está trancada! O desespero toma conta do meu corpo ao imaginar que lhe estão a fazer mal. Lágrimas formam-se nos meus olhos, estou perdido, não sei o que fazer...

(...)

Após inúmeras tentativas para abrir a porta, decido olhar em volta e ver onde estou. Deve ser uma sala de arrumações pois está cheia de objetos de limpeza. Estranho, para um armazém escondido e ilegal... Mas o mais estranho ainda é a existência de um pequeno quadro na parede do fundo. Caminho até e retiro-o do seu lugar. Uma cavidade com um molho de chaves aparece na minha frente e toda a minha esperança volta a nascer. Pego nelas e experimento todas até conseguir abrir a porta, o que felizmente foi rápido. Ao sair daquela 'sala' ouço um choro que é quase inaudível e com o máximo de silencio sigo esse som até chegar a uma porta. Atrapalhadamente experimento todas as chaves até encontrar a certa e abro-a rapidamente. A imagem que está agora perante os meus olhos choca-me. Como pode aquele sacana fazer isto a alguém? A Cath está sentada numa cadeira e os seus membros estão amarrados à mesma. A sua cabeça está caída para frente assim como os seus cabelos um pouco molhados. Mas o pior de tudo é uma mancha de sangue no meio das pernas dela. Rapidamente a desamarro, mas sou interrompido quando a porta se abre velozmente. Um aperto surge no meu coração, mas logo desaparece quando vejo Amy. Ela olha para mim e para a Cath e depois diz:

"O Joe já foi preso e está uma ambulância la fora" - murmuro um 'obrigado' e pego na Cath correndo até à saída onde está uma ambulância...

[5 horas depois]

"Familiares de Catherine Cook" - uma enfermeira chama e rapidamente me levanto - "A menina Catherine já acordou"

"Posso ir ve-la?" - pergunto e ela estende o braço para me dar passagem

"Quarto quinze" - ela grita apos eu começar a correr. Um sorriso nasce nos meus lábios assim que vejo o número tão desejado. Será estúpido eu estar nervoso? Sinto-me um adolescente apaixonado, mas por incrivel que pareça na tenho qualquer vergonha disso. Respiro fundo e coloco a mão na maçaneta abrindo-a de seguida. A Cath está sentada na cama e o seu olhar foca-se numa janela. Após o que parecem ser horas os seus olhos encontram os meus e um sorriso, que me aquece o coração, forma-se na sua cara.

"Como estás amor?" - pergunto um pouco recioso

"Estou bem e a nossa filha também." - ela diz com um sorriso ainda maior. É uma menina? Eu vou ser pai de uma princesinha. Acho que agora tudo me caiu aos pés, e percebo o quão injusto fui com ela. Nós fizemos aquele bebé. Ele é nosso. É fruto do nosso amor. Algumas lágrimas formam-se nos meus olhos e eu não as impesso de saírem acabando por rolar pelas minhas bochechas quentes.

"Cath desculpa por tudo eu-"

"Shhh. Está tudo bem" - ela corta-me - "Eu entendo... Tu estavas com medo e a ideia de ter um filho para ti é assustadora. Para mim também foi mas depois tornou-se tudo mais fácil. Mas será muito mais ainda contigo junto a mim..."

"Cath.... Eu vou ser o homem e o pai que a nossa filha e tu merecem. Prometo." - digo sem qualquer medo.

"Harry..." - ela tenta mas desfaz-se em lágrimas. E eu sei que se disser algo também vou chorar por isso abraço-a. Mas ao fim de algum ela separa-nos e coloca as suas mãos frias na minha cara fazendo-me encara-la

"Eu aceito" - ela diz sem qualquer nexo

"O que?" - pergunto confuso

"Harry Edward Styles eu aceito casar contigo" - ela diz, os meus lábios chocam com os dela unindo-se como se fossem um só. Uma sensação de vazio que permanecia no meu corpo finalmente acaba, ela preencheu-me. Agora sim vamos ficar juntos para sempre... Os três.


Obscure w/Harry StylesTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang