Conflitos em paranóias

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Conflitos em Paranóias



Mais um dia nessa escola que não serve para mim, sou muito melhor que qualquer outro daqui, minha família é perfeita, e logo sou um também. Acho inaceitável eu, logo eu, ter que dividir meu espaço com essas pessoas, como pode? São tantos sangues ruins que me rodeiam, estão em toda parte, sou um Malfoy, não mereço ter que dividir espaço com pouca coisa. Tenho dois escravos... Quero dizer "amigos", se é que posso considerar isso, Crab e Goyel, dois paspalhos, meramente substituíveis, mas, no entanto, são necessários quando preciso de algo.



- Draco?! - Escuto Goyel me chamar e quebrar meus pensamentos com seus dedos sujos de mel.



- O que foi? Não precisa tocar esse seu dedo imundo em mim!



- Nada de importante, só aquela garota estranha, Luna.



Não posso deixar essa passar, como pode ser tão bizarra, aonde já se viu, usar essas vestimentas, tão podres quanto a dos Weasley's, a Weasley's, mal sabem ou sabem o quanto os detesto; Luna, tão estranha.



- Luna, Luna, o que faz aqui perto de nosso salão? Sabe-se que eu posso muito bem ir para a sala de Dumbledore e te entregar, mas com isso, não ficarei tão satisfeito e feliz com isso, é legal brincar um pouco com as pessoas, principalmente quando são submissas a mim.



- Draco sempre fiz tudo o que pude para lhe agradar e sempre que posso, nunca entro em seu caminha.



- Haha, é isso que me incomoda, você é vulnerável e se rende fácil, tão fácil que até perde a graça, mas querida Luna, justamente hoje não será um bom dia para você, e para sua mãe, claro!



Após minhas palavras cuspidas sem pudor, vejo Luna chorando, Goyel me repreende, pede pra eu parar, um ato involuntário, perante a raiva que habitou meu ser nesse instante.



- E digo mais, foi uma sorte sua mãe ter falecido, seria decepcionante para ela, ver o que você se tornou, não só você né?! Mas sou pai também, decepcionante.


Luna sai correndo de perto de nós, deixando cair um colar, tão esquisito quanto ela.



- Draco, sei que não gosta dela, porém dessa vez você pegou pesado, nunca fizera ela chorar - Goyel me repreende de novo.



- Não, para que dessa vez essa garota aprenda da uma vez que nunca em hipótese alguma deve mexer comigo - Falo virando as costas e deixando Goyel pra trás o escutando me chamar.



Vou caminhando ao meu dormitório, me deparando com grupinhos pra todos os lados, me encarando, não passam de trouxas. Após entrar em meu dormitório, vou lavar meu rosto para dormir feliz, pois claro, essa noite foi eletrizante, me admiro no espelho e tendo orgulho do que me tornei, do quão extraordinário sou e quão essa escola deve me admirar e ao mesmo tempo, o quão eu não pertenço a esse pequeno espaço aqui, sou maior que todos, porque não vêem isso logo, tanto em aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas - que são tolas - e poções e todas as outras. Saio do banheiro e vou a caminho de minha cama, pensando no dia de hoje, logo adormeço.



Adormeci muito rápido até, e após abrir os olhos, me levanto e vou até o banheiro - Coisas que faço todas as manhãs -, fui andando até o banheiro masculino e me deparo com o colar que trouxe ontem à noite de Luna, como pode ser tão estranha. Analiso o colar e não consigo entender ao certo, como isso conseguiu cair de seu pescoço, de qualquer forma irei devolver, não quero isso comigo, vai que traga alguma maldição. Pego o colar e o coloco, para obter mais espaço os meus bolsos e para que fique mais fácil de entregar para a garota.

Conflitos em paranóiasWhere stories live. Discover now