22° Capítulo.

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Havíamos parado em um hotel no meio da estrada para descansarmos, enquanto Alexander estava no banheiro, eu fui para fora tomar um ar livre. Sentei em uma escadinha ali perto e a Sofia apareceu.

- Por que tão solitária?

Olhei para ela e percebi que ela estava com a mesma roupa que trocou no carro, mas seus cabelos estavam soltos agora.

- Falta algo.

- Tipo?

- Estou preocupada com o que vira agora. Digo, esses de agora são tão estranhos para mim no momento em que o abestado do caçador começou a me seguir.

- Isto por que não sabe de toda a história. O caçador esta atrás de você igual o homem que lhe desejava amargamente pelo seu corpo e beleza e não por amor.

- Em falar nisto mocinha, que história é esta dele - apontei para o quarto em que estávamos. - ser teu pai?

- Ah, mas eu te contei.

- Não contou nada, você apenas disse que foi ele que supostamente era o carinha lá que gostava de mim... de você... de nós!!

- Hihi, acho que outro dia termino de contar a você a sua história.

- COMO ASSIM? OUTRO DIA? Há mas não vai mesmo, conte-me agora!

Ela enrijeceu e olhou para trás, depois para os lados e então puxou minha mão me levando desesperadamente para o quarto novamente.

- O que aconteceu Sofia?

Alexander estava vestindo a blusa quando me viu entrar, então virou a cara envergonhado.

Desde quando ele ficava com vergonha perto de mim? Não pode ser de quando nos beijamos. Então será que foi desde...

' Desde quando eu disse que vocês são meus pais. Não achei que ele ficaria assim.'

' Rá! Como se fosse normal uma garota aparecer e dizer que é filha de duas pessoas que se conheceram a pouco tempo'

' Mas é a verdade.'

' Então me conte mais Sofia!'

- Estamos sendo vigiados, então não poderei contar, apenas mostrar a ambos.

- Interessante, eu topo. Alexander?

Ele olhou para ela desviando seu olhar de mim, me senti incomodada um pouco, mas nada do que eu não pudesse lidar, até agora pelo menos.

- S-sim, eu concordo.

- Então os dois terão que darem as mãos, Alexander você verá que o que eu disse é verdade.

Como ela havia mandado,demos as mãos, mas ele ainda estava relutante. Depois disso, a Sofia chegou perto e apenas encostou um dedo em nossas mãos trançadas e tudo ficou escuro novamente, pelo menos para mim.

'' Abri os olhos e me vi em uma vila, um grupo de homens estavam ateando fogo nas casas e a Samy acabara de chegar perto de mim, dizendo-me para correr, pois estavam a minha procura e a que eu carregava.

Mesmo não sabendo o que estava acontecendo ali, corri para o meio do mato, ela havia ficado para trás dizendo que iria me dar tempo, então corri mesmo não sabendo para qual lado ir, estava certa de que eu estaria correndo para onde havia uma alcateia.

Depois de alguns minutos cheguei a uma clareira, com nada além de uns 20 lobos que estavam lá, parados, todos olhando para mim. Foi quando que eu percebi que não era eu em si, mas eu estava no corpo da Selíni.

- Ajudem-me, por favor.

Eu estava apenas de camarote assistindo tudo, parecia mais que estavam tentando me avisar de algo, alertando talvez que aquilo poderia acontecer novamente em qualquer momento. Não havia sido eu que falara, mas sentia o medo da pessoa em que estava. Tods os lobos vieram para perto de mim, e começaram a me empurrar para algun lugar, tipo uma cabana pequena que havia por ali, mas que eu não reparara.

De repente estava saindo uma forma humana de dentro dali. Alexander estava de frente para mim. Não, não era o Alexander, era o rapaz da história que a Sofia havia me contado.

- Selíni, você tem que fugir agora e rápido.

- Não sem você!

Ele sorriu e então juntou sua testa a minha, e então colocou sua mão esquerda sobre minha barriga.

- Você tem que ir, tem que salvar a si mesma e ao bebê em que os lobos disseram que irá nascer. Mesmo que estejamos longe um do outro, sempre estaremos perto. Eu a irei achar algum dia, é só me esperar, então teremos uma família e viveremos no meio da floresta onde ninguém nos encontraria.

O corpo em que eu estava assentiu com a cabeça e então o beijou pela última vez.

O beijo com este rapaz estava me dando a mesma sensação de quando beijei o Alexander. Então realmente este é ele no passado, quem diria que nos encontraríamos em outra ocasião.

- Agora você tem que correr, ele esta atrás de vocês, pelo que podes fazer. Agora se salve, minha lua.

Ele a beijou mais uma vez e então ela começou a correr para longe, olhando para trás vendo o amado de Selíni, sorrindo, mas ao mesmo tempo chorando por talvez saber que não à verá muito cedo. Ao correr bastante, não se via mais nada além de árvores e escuridão, nem os animais estavam ali mais.

Parando um pouco para descansar, colocou a mão na barriga e então ela sentiu algo se mexer dentro dela, uma pequena criatura, não em forma de lobo, mas um bebê, pensava eu se aquele bebê seria Sofia. Agora que havia sentido o gosto de um amor de mãe, mesmo estando em um corpo alternativo, não conseguiria deixar a garota sozinha.

Levantando-se novamente para continuar sua fuga, sentiu a presença de um velho. Um velho normal, corcunda, co um cajado, cabelos e barbas brancas, com vestes de segunda de inverno, e descalço.

Ela viu que os pés do velho estava todo machucado resolveu entregar-lhe seus chinelos de palha, o velho agradecido ofereceu-lhe abrigo e comida em troca da bondade de Selíni.''

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- Sophy você esta bem?

Acordei deitada na cama, com a Sofia e o Alexander do meu lado.

Ela não tinha uma expressão específica, mas ele estava preocupado, já reconhecia aquele olhar de longe, mas não se acostumara.

- Apaguei de novo? Por quê?

Ela me olhava como se estivesse aliviada de algo, mas não falou de que, apenas que...

- Você é a própria Selíni, por isso você apaga, mas no caso dele - apontando para o Alexander ao seu lado. - Ele apenas fica fraco, bem fraco, mas logo se recupera.

- Sofia, já que eu sou tal Selíni, quando eu fugi da vila, e deixei... ele... para trás, senti como se tivesse algo dentro de mim. E ele cujo não sei o nome da época, disse que era para esperar ele com o bebê para termos nossa família. Quando eu fugi de casa, eu estava .... gr-gr-grávida de.... você?

Eu estava super vermelha, por que além de não ser normal você saber que estava grávida em uma época diferente, era que, aquele que era o pai, estava a sua frente, então óbvio que não poderia conseguir falar sem ficar vermelha.

- Sim! - Ela sorriu e me abraçou forte, sentindo o mesmo calor de quando tocou a barriga na visão, a abraçou como se não houvesse nada mais importante na Terra. - E o Alexander é meu legítimo pai. - Ela continuou a sorrir e ele também, deu aquele sorriso verdadeiro, de quem realmente estava feliz aonde estava, levando a mão ao cabelo envergonhado. - Pai, você nunca perdeu esa mania perto da mamãe naqueles dias, pena que o caçador estava a procura dela. Mas você conseguiu atrazá-lo mesmo se sacri...fi...cando.

Ela havia começado a chorar. Soluçava, tentava trazer ar aos pulmões e então soluçava novamente. Abracei ela e então a acalmei.

- Não se preocupe, ele não tem o direito de morrer sem cumprir a promessa dele.

Sorrindo para ela que levantou a cabeça e assentiu, enxugou as lágrimas e respirou fundo. No fim, ela era apenas uma criança que sofreu bastante.

- Já que ninguém, além da Amélia e eu sabermos do nome do papai, eu vou lhe contar. Pai... Seu nome era...........!!!!!!!!


The Wolf (REVISÃO)Where stories live. Discover now