Casamento de Aparencia

Capítulo 33

Fernanda

- eu não vou com você Rafael – digo o parando.

Nós já tínhamos conversado e decidido que eu voltaria para casa da Carol, ele me pediu um mês e apesar de saber que isso não mudará nada eu lhe dei esse tempo, mas eu e minha filha iríamos para casa da Carol, ele estava pronto para nos levar quando Otavio entrou e nosso acordo parece ter sido apagado de sua memória.

- Fernanda... – seu tom repreensivo me faz revira os olhos e me aproximo pegando Elisa nos braços.

- Otávio, eu agradeço que tenho vindo nos buscar, mas eu e o Rafael já tínhamos combinado que ele nos levaria – olho para Rafael e Otávio que se encaram – se vocês forem ficar parados aí eu posso pegar uma carona com a Carol...

- não, eu vou te levar – Rafael pega a bolsa com alguma coisas minhas e de Elisa que foram levadas para o hospital.

Olho para Otavio e ele me encara como se não concordasse com isso.

- nos vemos em casa – murmuro passando por ele

Chegamos a passos rápidos no estacionamento do Hospital, agradeço a Deus pelo parto normal e por já poder me locomover muito bem, Rafael abre a porta do carro na parte de trás e eu entro e logo em seguida ele toma seu posto de motorista.

- você pode ficar no apartamento eu...

- Rafael eu vou ficar na casa da Carol, por favor....

- Eu já disse que não quero o Otavio perto da minha filha

- eu sei o que você disse... – resmungo

Não demora muito para chegarmos na casa da Carol e Antonieta abre a porta sorridente.

- menina, ela é linda – diz depois que olha para Elisa que ainda está em meus braços.

- é uma princesinha não é? – digo toda orgulhosa olhando minha filha em meus braços – Nine eu vou leva-la para o quarto tá, estou muito cansada

- é claro quer ajuda? – pergunta olhando para mim e Rafael

- não por agora, mas como sabe eu não tenho muita experiência – sorriu – poderia me ajudar mais tarde? – digo já próxima as escadas

- é claro que sim, é só chamar menina.

Agradeço e subo para o quarto de Elisa, que Beto, Otavio e Carol fizeram questão de arrumar para recebê-la. Ponho Elisa que já dormia, calmamente no em meus braços no berço e olho admirada pelo serzinho que dei a vida.

- eu não entendo essa insistência em ficar aqui – escuto a voz de Rafael preencher o silencio do quarto.

- eu tenho meus motivos – digo me afastando do berço de costas para ele

- Otavio é seu motivo? – me viro para ele e posso ver o ódio em seus olhos

- e se for? – desafio

- eu não o quero perto da minha filha – ele diz as palavras duramente

- então estamos empatados, porque eu também não quero a vadia da Talyta perto da minha filha – faço o possível para não gritar, mas acho que falhei um pouco.

- a Talyta espera um filho meu...

- há então você pode reconstruir sua vida e eu não?

- o que quer dizer? – ele se aproxima e eu recuo

- quero dizer que enquanto eu estava aqui, você estava lá, em um romance com a Talyta – meu coração se aperta só de imaginar que ele está com ela - então não venha me acusar de querer ficar perto do Otavio, por que ele me provou merecer meu respeito e confiança, meu carinho, enquanto você...