Um dia chuvoso em um mês complicado de um ano arrastado.

3 0 0
                                    

Por favor. Se você está lendo isso, por favor, não pare. Preciso de ajuda. Você pode ser minha última esperança.

Foi o peso do Sol em suas costas ou o cheiro de mato queimando. O fato é: ele despertou e a culpa era do Sol. Ao se perguntar se estaria no paraíso, a dor o puxara de volta à Terra como um sonoro "não." E quanta terra. E quanta dor. Esta era tanta e em tantas partes que se convertera em uma. Aquela era tanta e em tantas partes que justificava o nome do planeta. Sim ele sobreviveu. Levou 30 segundos para perceber que algumas formigas saúva tentavam devorar sua perna. Mais 30 para perceber que o ataque não era fruto da fome. Se é que insetos sentem fome. Era defesa. A perna estava em cima do formigueiro. A cabeça zumbia tanto que parecia que uma cigarra tinha entrado em seu ouvido. Não haviam cigarras. Apenas formigas. Isso é que é ressaca. Ameaçou sorrir mas a dor nas costelas o repreendeu. Percebeu que estava completamente nú em um dia chuvoso em um mês complicado de um ano arrastado. Havia fogo também. No momento mais fumaça. Aparentemente estava em uma ilha. Podia estar em qualquer lugar. Contanto que esteja longe daquilo tudo.

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Sep 30, 2015 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

TranquilhoWhere stories live. Discover now