Diário de uma Forever Alone

Muita treta e Vizinha dos Demônio

Quinta-feira foi o dia das treta.

Tava eu lá no meio do corredor da escola, estilo mendiga-que-desistiu-da-vida-e-vai-tomar-umas-birita, estudando para a prova de sociologia... Aí, do nada, o povo começa a correr pra sacada (é onde tem a sala do 2º e 3º colegial [eu acho isso um preconceito com o 1º colegial, porque minha sala é na frente da sala da coordenadora {que é muito cuzona e nem deixa a gente jogar giz no ventilador #NãoSouObrigada}]). Eu e azamiga, pouco curiosas, fomos correndo junto. E tava duas meninas do 2º colegial se batendo, puxando cabelo... Muita treta. É treta pra lá, é treta pra cá, é treta em tudo quanto é lugar... E eu amo treta, cara. Fiquei lá, só observando.

O motivo: não faço a menor ideia.

Aí, depois, eu fui pra minha aula de violino... E não sei se na cidade de vocês tem o Projeto Guri (que é um projeto do governo do estado de São Paulo pros jovens de até 18 anos aprenderem um intrumento e tals...), mas na minha cidade tem. Quando eu falo que faço aula de violino, o povo fica tipo "Minina, tu é rica? Sabe quanto custa uma aula de violino?" e a resposta é: não, não sei. Porque eu faço de graça. Já falei que sou pobre, gente, não se iludam achando que eu vou pra Disney todo ano, porque nem pra escola eu vou. Então, continuando... Calma, não lembro onde eu parei... Ah, tá. Eu faço aula de violino no Projeto Guri. Aí, eu tava lá sentada, esperando começar a aula e começo a escutar um menino brigando com outro "Olha aqui, para de graça, parça! Eu vou te bater de chinelo, parça! Séloco, tio?" "Bate, então! Bate se tu é homem!" Aí ele tirou o chinelo e bateu na perna do menino. E o povo tudo lá, "NOOOOOOOSSA, NÃO DEIXAVAAAAA!" e eu tive que soltar a frase: falou que a mãe nasceu pelada. Aí o menino que levou a chinelada falou "Nem doeu! Bate mais forte!"... E o outro deu uma chinelada na cara dele. Gente... NA CARA.

O motivo: sei lá, foi engraçado.

Agora, mudando de assunto. Ontem tava eu lá, de boa, assistindo Cúmpliceeeeeees de um Resgate... Você parece tanto comigo, te ter por perto me deixa feliz, você e eu somos tão iguaaaaais... Tá, chega. Aí, do nada, começo a escutar uns gritos vindos da casa da vizinha. Como eu sei que o povo lá é tudo louco, nem liguei. Só que começou a ficar mais forte e mais alto.

O que eu pensei: tá tendo aquelas briga sensacional de pai e filha. Vou trazer repórter aqui, pra registar esse momento. A senhora estava perturbando os vizinhos? Senhora? Senhora? A senhora trabalha na Assembléia ou só perturba os vizinhos? Senhora? #EitaSenhora

Aí eu acho alguém começou a correr pelo quintal, porque comecei a escutar os barulhos de pessoa correndo. E a menina voltou a gritar.

O que eu pensei: a cachorra-demônia mordeu alguém.

E depois começou umas risada demoníaca e tals, e o vizinho começou a gritar: "SAI, DEMÔNIO. SAI DA MINHA FILHA.".

O que eu pensei: nada.

O que acontece a seguir: minha mãe correndo pela casa, fechando todas as janelas "pro demônio não entrar", ela disse. Ela pegou três terços e entregou pra mim e pra minha irmã; começou a rezar; começou a abraçar a santa que tem na sala de visita; jogou uns galhos de (Geisy) arruda no quintal e na casa inteira; acendeu todas as luzes da casa... E, por fim, largou a casa mais acesa que a casa do Papai Noel e nós fomos dormir na minha vó.

É sério, eu não sabia se ria ou se chorava, gente. Deu medo. Muito medo.

Sou só eu que tenho vizinho problemático? Aliás, minhas duas vizinhas são problemáticas, porque a filha da outra vizinha se matou há uns tempo atrás. Eu acho que a minha casa é amaldiçoada. #SóAcho