- Não precisa se acanhar Math! Foi só um elogio! - ele não só estava vermelho, como abaixou a cabeça e não dizia nada.
- Não é isso... Eu... É que não estou me sentindo muito bem.
- An? Deve ter comprado sangue estragado. - ele deu uma risadinha e repetiu só pra ele "comprado".
- Não se preocupe já já me recupero...
- Você está gelado... - disse passando a mão em sua testa.
- Normal... é que... faz um tempo que não provo sangue humano... estou ficando com sede... que tal você me dar um pouquinho do seu Lu?
- Não! Nem pense nisso! Se aguente como homem! Depois da aula você faz sua boquinha por ai, só me deixa fora disso!
- Qual é Lucy... só uma mordidinha... não dói nada, aliás creio que para humanos é prazeroso, a dor só aparece no final...
Ele deve achar que eu sou louca! Só pode!
- Ah, deixa eu beber o SEU sangue! Como você se sentiria!?
- Ah, então tapa esse pescocinho delicioso, se não eu não respondo por mim mesmo.
Peguei meu cachecol e tapei o pescoço, nelhor prevenir mesmo. Nisso o sinal tocou, fomos até a sala, tive que praticamente carregar o Matheus, ele despencava de fome, parecia mais morto do que vivo. Entramos na sala antes de todo mundo, dei graças à isso, já que seria uma situação embaraçosa.
- Ahrg!
- Matheus? Você tá salivando... - seus olhos estavam vermelhos como sangue, de repente ele recuperou suas forças e se levantou.
- Vou ao banheiro. - foi tudo que ele disse, saiu com um olhar sombrio.
Depois de um tempo todos haviam chegado incluindo o professor exceto Matheus, que sumiu.
- Com licença professor, tive uma indisposição. - Ele chegou, seu nariz parecia estar escorrendo sangue.
- Ok pode se sentar. - disse o professor sem nem se virar.
Matheus se sentou ao meu lado, e parecia muito, tipo, muito melhor mesmo. Começo a ter medo do que ele fez no "banheiro".
- Math... Seu nariz está sangrando. Aconteceu alguma coisa?
- Ah esse sangue? - disse ele limpando com a língua - não é meu.
- Você não matou, né?
- Não, ela desmaiou sozinha, foi sorte encontra-la. - era uma mulher...
- Você gosta de sangue de mulheres em! Safado...
- Convenhamos, o sangue das fêmeas de sua espécie é mais doce... - Doce? Ahrg!
- Então... tá né...
A aula seguiu normalmente, Math até estava mais animado por causa do seu lanchinho... Mas uma menina entrou na sala correndo e gritou chamando o professor.
- Professor! Encontrei uma menina desmaiada quase sem roupa perto dos banheiros! - quase sem... roupas?
- Ok, já vou! Alunos fiquem quietos enquanto eu resolvo isso.
Quase... sem roupas? Sério isso? Ele é um tarado!
- Matheus seu sem vergonha! Porque fez isso com a pobre coitada?
- Ah... - ele coçou a nuca - bem... foi puro extinto, mas eu não vi muita coisa! Aquela exagerada da sua amiga que fez parecer assim.
- Não viu muita coisa né, sei...
- É sério! - aham...
A aula terminou finalmente. Agora, será que o Matheus não vai se desgrudar de mim nunca?
- Você não tá pensando em morar comigo né?
- Não...? - ele tá em dúvida?
- Vai me seguir até quando?
- Ah? - tá voando...
- Vai me seguir até quando...
- Até eu ter coragem de te matar.
- O quê!?
- Ou seja, pra sempre. - é um momento e uma situação ruim pra achar ele muito fofo?
- Você é tão fofo Matheus! Nem parece um vampiro...
- Hum... Obrigado?
- Vai passar a noite lá em casa de novo!?
- Não, tenho umas coisas pra resolver. - todo mundo comigo "amém".
- Onde você vai?
- Resolver umas coisas "pessoais". - vou segui-lo, sem dúvida! Não posso ouvir essa frase!
- Então tá bom, tchau! - quando me dei conta já estava na frente de casa...
- Tchau. - ele estava mais triste que o normal, aí tem coisa, vou ter que descobrir!
Cheguei em casa, e encontrei minha mãe na sala assistindo tv.
- Mãe! Tô saindo, vou encontrar uma amiga, já tô voltando.
- Volta cedo pro almoço.
Sai pela porta afora, e vi Matheus no final da rua, andando calmamente, comecei a ficar com pena, parecia que ia morrer de tanta tristeza no olhar.
Comecei a segui-lo, ele passou por uma padaria, por um Pet Shop, por uma mercearia, e nada dele chegar! Ele comprou uma rosa em uma floricultura, e seguiu viagem.
Parecia que estava vagando sem rumo, quando o vejo entrar num casarão tenebroso, "típico" pensei. Esperei-o, quando ele foi ao quintal da casa, o segui e me escondi atrás de uma planta e o fiquei espiando.
Pude ver ele colocar a flor sobre um túmulo de pedra, quando ouço uma voz atrás de mim;
- É bom seguir os outros não é? Mas eu costumo deixa-los sabendo disso...
- Ahhh! - levei um susto e cai no chão - como você veio parar aqui! Você estava ali! - disse apontando para o túmulo.
- Não precisa ficar com medo, eu sabia que você estava me seguindo... Não vou te matar, dessa vez.
Obrigado pela visita! Essa semana tem cap. novo todo dia, fiquem ligados! <3!
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Meu Vampiro
Vampire(aviso: não sei fazer sinopse, perigo de câncer nos olhos durante fixação por muito tempo.) Meu nome é Lucy, e meu mundo (literalmente no sentido da palavra) mudou drasticamente. Se imagine viver sua vida comum durante 17 anos e do nada descobrir um...