Luke.
Michael olhou para mim, incrédulo, tentando envolver sua mente em torno do que eu tinha acabado de lhe dizer. Seu rosto se iluminou lentamente com um sorriso e ele me abraçou, rindo e me girando ao redor enquanto repetia:
"Oh meu deus Luke! Eu te amo, eu te amo, eu te amo! E-e você me ama! E você falou! Oh meu deus, eu te amo tanto!" ele exclama enquanto salpica meu rosto de beijos. Eu não sei de onde juntei coragem para dizer isso. Eu adoro ele, eu queria que ele soubesse, não apenas digitando-o em meu celular, mas na verdade dizendo a ele. Eu nunca tive muitas certezas na minha vida, mas isso... eu só sabia. Essas são as únicas palavras que realmente vale a pena dizer, especialmente para alguém tão incrível como Michael. Ele merece ouvi-las, cada segundo de todos os dias.
"Eu te amo, Michael." eu sorrio, parando sua afobação. Eu pego seu rosto e o beijo, lábios persistentes por um momento antes de eu descansar minha testa contra a dele. "Eu te amo tanto...", eu sussurro.
Eu o sinto sorriso contra mim e eu começo a rir, pensando em tudo o que eu amo sobre este menino de cabelo lilás. Eu respiro fundo, pronto lhe contar tudo, pronto para confiar nele, pronto para amá-lo. Eu engulo seco. "Michael... eu posso uh, falar com você sobre..." eu paro e ele se inclina para trás, para que ele possa olhar nos meus olhos.
"Luke, eu sei que vai ser difícil, podemos ir conversando aos poucos... você pode confiar em mim." ele me diz. Um sorriso se estende por meus lábios.
"Eu sei."
Passamos o dia inteiro conversando, eu contei a ele sobre meus pais, minha auto-mutilação, mas quando eu cheguei na parte do suicídio Michael quebrou completamente. Mas estava sendo sincero com ele. Eu não entrei em detalhes, mas eu lhe disse quantas vezes eu tinha tentado... o que o matou, eu poderia dizer. Me fez me sentir culpado, ele não poderia ter feito nada para me impedir de alguma forma, e então ele começou a se culpar. Dizendo coisas como "Bem, se nós tivéssemos nos conhecido mais cedo" ou algo como "Se eu soubesse, eu teria feito alguma coisa." Mas nós dois sabemos que ele não poderia ter me parado. Ele só quer me proteger e me amar. E isso é tudo o que ele precisa fazer.
Depois que eu tinha acabado de derramar minhas emoções para ele, ele tentou me animar, e tirar da minha cabeça todas as lembranças ruins, me contando histórias de sua infância. E eu ri pela primeria vez em nove anos. Michael manteve a cara séria enquanto eu tinha um ataque de riso. Uma vez que eu finalmente recuperei minha respiração, ele continuou apenas olhando para mim.
Comecei a fazer o mesmo, eu fiz algo errado? Será que eu não deveria rir disso?
"Mikey?"
Ele me corta, me dando um abraço esmagador.
"Isso foi a coisa mais linda que eu já ouvi..." ele murmura contra o meu pescoço.
~*~
"Ei, você quer ir comer alguma coisa?" ele me perguntou baixinho, uma vez que o filme acabou. Estamos aconchegados no sofá, nossas pernas entrelaçadas e um cobertor colocado sobre nós. Concordo com a cabeça contra seu peito e ele começa a se sentar. Ele rapidamente coloca um braço forte sob minhas pernas e outro sob minhas costas, me levando para a porta.
"Mikeyyy" eu lamento rindo.
"Sim gatinho?" ele me coloca ao lado da porta, para que eu possa colocar meus sapatos. Eu só rio com o nome do animal, amarando meu converse. Ele entrelaça nossas mãos juntas e caminhamos para o caro silenciosamente. Ele rapidamente solta minha mão e pula para o lado do passageiro, abrindo a porta para mim. Eu coro e entro no automóvel enquanto ele fecha a porta. Ele então dá a volta no carro e entra no assento do motorista.
"Uh, Michael?"
"Sim gatinho?" ele diz novamente, fazendo com que o meu rubor fique mais forte.
"Hum, por que você me chama de gatinho?" eu pergunto, sem saber o motivo de seu novo apelido para mim. Ele sorri e me encara quando paramos em um sinal vermelho.
"porque, quando você ri, seu pequeno nariz se enruga e você parece um gatinho pequeno e adorável, então eu pensei que teria sentido lhe chamar assim." ele sorri e volta a dirigir quando o sinal fica verde. "Então, onde gostaria de comer?"
Eu pondero por um momento. "Me leve ao seu restaurante favorito." eu dou de ombros. Ele sorri e dá uma virada rápida. Nós paramos em um McDonald's. Eu rio.
"Esse é o seu favorito?" fala rindo. Ele sorri amplamente e beija a minha mão.
"É sim gatinho."
Nós entramos e esperamos na fila, eu começo a ficar nervoso... Eu me sinto confortável falando com Michael, mas eu não sei se posso falar com mais alguém. Eu mordo meu lábio.
"Ei, o que há de errado?" ele pergunta, sabendo que eu mordo meu lábio quando fico nervoso. Eu olho para ele com olhos suplicantes. "Você quer que eu peça por você?" ele silenciosamente pergunta. Concordo com a cabeça e olho para o chão, envergonhando por só conseguir falar com Michael.
Ele percebe e pega minha mão com a sua. Ele me oferece um sorriso. "Luke, está tudo bem. Você não tem que se envergonhar, eu entendo." ele beija minha bochecha e então chega a nossa vez. Ele faz o pedido, e eu fico extremamente grato. Eu não me sinto à vontade para falar com Michael na frente de outras pessoas. As pessoas só machucam e julgam, alguém poderia facilmente ouvir a nossa conversa. Nossa. Não deles. Ele não são Michael, porque sinceramente eu só quero beijá-lo na frente de todos, apenas para que eles saibam que ele é meu. Mas eu simplesmente não posso falar.
A caminhada até o carro é silenciosa e ele abre a porta pra mim mais uma vez e eu sorrio por isso.
"Obrigado Mikey." murmuro uma vez que estamos dentro do carro. Eu fico muito feliz por ele decidir comer em casa, para que possamos falar e comer e ter a nossa privacidade. "Eu te amo."
Ele se inclina e deposita um beijo no meu nariz.
"Eu também te amo gatinho."
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MUTE ➸ muke
FanfictionMichael não fala muito. Luke não diz absolutamente nada. Luke e Michael eram perfeitos um para o outro. Silencioso. Mas, ainda assim, perfeito. PRIMEIRO livro da serie MUTE. all rights reserved @michaels_cheezburger ©