Capítulo 13

3.6K 254 2
                                    

POV Lauren

Decidimos que o Dia de Ação de Graças seria uma época perfeita para fazermos nossa primeira visita aos pais de Camila em Louisiana. Na terça-feira da semana do Dia de Ação de Graças, antes de sairmos, eu e Camila jantamos e depois ficamos abraçadas no sofá assistindo TV. Eu estava com o meu braço ao redor dela, e Camila estava apoiada sua cabeça no meu ombro. Sem qualquer aviso, olhei para ela e perguntei:

- Você está feliz, amor?

Não consegui resistir ao desejo de beijá-la antes de responder.

- Não consigo imaginar como poderia estar mais feliz.

E a beijei mais uma vez.

Ainda é surreal para e pensar que há três meses, eu ainda estava indecisa se pediria ou não Camila em casamento, e agora eu quase me bato por ainda ter pensado. Dois meses ao lado de Camila diariamente me fez dar conta que nunca fui verdadeiramente feliz, agora eu posso responder com sinceridade quando me perguntam se estou ou sou feliz.

(...)

Desviei o olhar do carro e procurei em volta, tentando encontrar a mulher que havia se tornado minha esposa há dois meses, ao mesmo tempo buscava descobrir uma maneira de colocar as bagagens em quantidade suficiente para o nosso primeiro fim de semana de Ação de Graças com os pais de Camila e ainda assim ter um espaço para nós duas.

- Ei, Camila. Você vai ficar aí dentro o dia inteiro? – gritei em direção à porta aberta de nosso apartamento enquanto chamava o elevador.

- Estou aqui – anunciou Camila, aparecendo sob o batente da porta. Ela praticamente pulava em minha direção, assim como um inseto com qual sua tia a havia comparado anos atrás. Não consegui desviar os olhos dela enquanto vinha até onde eu estava.

- Eu amo você, Lauren – disse ela ao se aproximar, repentinamente ficando imóvel, algo que era bastante incomum para ela.

- Eu amo você, Camila – respondi.

Novamente no carro, forcei mais algumas bagagens dentro do porta-malas, voltei para o apartamento, querendo dar uma última olhando para ver se havíamos deixado algo para trás. Em seguida, tranquei a porta.

Enquanto eu ia em direção ao carro, pensei por alguns momentos nas coisas maravilhosas que Deus havia me dado durante os últimos meses, em particular minha esposa. Não consegui acreditar que dois meses já havia se passado desde que eu e Camila saímos em lua de mel, desfrutando das areias quentes e do paraíso tropical do Havia. Agora, estávamos nos aproximando do feriado do dia de Ação de Graças, e o Natal não tardaria a chegar. O tempo estava passando rápido demais. Eu queria aproveitar cada dia, e estava ansiosa para começar a observar algumas tradições familiares com minha esposa, começando com a celebração do nosso primeiro feriado importante juntas.

Teríamos uma longa viagem pela frente, mas, o trajeto seria relativamente tranquilo. Viajaríamos o tempo todos nas rodovias interestaduais. Originalmente havíamos planejado sair durante a manhã para chegar à casa de meus sogros antes que escurecesse. Era nosso primeiro feriado oficial depois de casadas e nada mais importava desde que estivéssemos juntas.

No meio do percurso comecei a sentir que ficaria resfriada. Tentei ignorar a sensação, pois ainda tínhamos um bom caminho pela frente, mas Camila percebeu que havia algo errado. Ela me perguntou se eu estava bem. Eu lhe disse que não estava me sentindo muito bem, mas que estaria melhor em alguns minutos. Mas não melhorei, na verdade, fiquei pior. Quando Camila disse que deveríamos parar em algum lugar para comprar algum medicamento, eu não estava em condições de discutir com ela. Assim, fizemos uma rápida parada para comprar o que eu precisava.

- Acho que deveria se deitar um pouco no banco de trás e descansar. Não me importo meu amor, e vai ser melhor para você – Camila sugeriu seguida de um selinho.

Eu estava me sentindo horrível, então não vi motivo para negar aquela oferta. – Vai ser ótimo – eu disse com um suspiro, antes de continuar – não era assim que eu planejava impressionar meus sogros em nosso feriado prolongado com eles.

Camila me olhou com seu tradicional sorriso no rosto, eu lhe devolvi o melhor sorriso que eu consegui esboçar, mas não havia como comparar. Nosso carro era novo, mas não fora feito para permitir que um adulto se deitasse no banco de trás. Entretanto, buscando o conforto e ignorando a segurança, percebi que poderia dobrar o encosto traseiro e esticar minhas pernas para dentro do porta-malas. Fiz o melhor que pude para encontrar uma posição confortável enquanto esperava que o remédio fizesse efeito.

All Over Again (Camren) Where stories live. Discover now