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- Champagne? - ofereceu, aproximando a taça.
- Não obrigada.
Ele tomou um gole e suspirou de contentamento
  - Esta foi uma escolha maravilhosa. De verdade, America, este aniversário é o melhor que que eu podia querer. Bom, quase. Teria gostado mais da opção que propus de manhã.
- Talvez ano que vem - comentei, sorrindo.
- Vou cobrar.
Respirei fundo para me preparar e comecei:
- Sei que temos uma noite cheia pela frente, mas queria dar seu presente de aniversário.
- Ah, querida, você não precisa me dar nada. Cada dia ao seu lado é um presente - Ele se inclinou para frentee me beijou.
- Bem, eu não tinha planejado te dar um presente, mas então o presente surgiu por si só.
- Muito bem - ele disse, apoiando a taça no chão - Estou pronto. Onde está?
- Esse é o unico problema. . . - ensaiei, com as mãos já trêmulas - Ele só chega daqui a uns sete ou oito meses.
Ele sorriu, mas estreitou os olhos
  - Oito meses? Mas o que poderia levar...
Suas palavras se perderam no ar, e seus olhos deixaram meu rosto e para focar na minha barriga. Ele parecia esperar que estivesse diferente, que já estivesse enorme. Mas fiz o possível para esconder tudo: o cansaço, as náuseas, os enjoos súbitos com a comida.
Ele apenas me observava. Eu esperava um sorriso, uma gargalhada, pulos é mais pulos. Mas permanecia ali, como uma estátua e comecei a ficar assustada.
- Maxon? - chamei, tocando sua perna - Maxon, você está bem?
Ele fez que sim, ainda com o olhar perdido na minha barriga. Com os olhos marejados, ele disse calmamente, como que em êxtase:
  - Não é extraordinário? De repente, amo você cem vezes mais e não achava que fosse possível amar uma pessoa que ainda nem conheci.
Em seguida, Maxon finalmente levantou os olhos para mim e perguntou:
- Vamos mesmo ter um bebê?
- Sim - falei baixinho, também com os olhos cheios de lágrimas.
Seus olhos se iluminaram.
  - É um menino ou menina?
- É muito cedo para saber, - respondi por entre lágrimas de felicidade. - O médico ainda não pode dizer muit- coisa além de com certeza tem alguém aqui.
Maxon pousou a mão delicadamente sobre minha barriga.
- Vamos diminuir sua jornada de trabalho, claro, ou talvez eliminá-la por completo, se preciso. E podemos deixar mais criadas a seu serviço.
- Não seja bobo. Mary e Paige bastam. Além disso, você sabe que minha mãe vai querer ficar aqui, e Marlee e May estarão por perto. Terei gente demais para cuidar de mim.
- Como deve ser.
Joguei a cabeça para trás dando risada, mas quando eu olhei para ele de novo, deparei com seu rosto sombrio.
  - E se eu for como ele América? E se for um pai horrível?
- Maxon Schreave, isso é impossível. Você provavelmente vai ser é generoso demais. Vamos ter de contratar a babá mais rígida do mundo só para compensar.
Ele achou graça.
  - Nada de babás rígidas. Só as alegres.
- Como quiser, Majestoso Marido.
Maxon limpou a garganta e secou as lágrimas.
  - Suponho que seja um segredo nosso?
- Por enquanto.
Ele abriu um sorriso radiante.
  - De qualquer forma, agora sinto vontade de comemorar de verdade.
Ele me botou de pé e me arrastou de volta para dentro com toda a pressa do mundo. Eu não conseguia conter o riso. Vi de relance a expressão em seu rosto - tão esperançosa e animada - e soube que aquele era só o começo da melhor época de nossas vidas.

Fim da primeira parte. . .

Depois de A Escolha - Kiera CassWhere stories live. Discover now