Prólogo

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É engraçado como a vida de uma pessoa muda tanto de uma hora para a outra.

Eu já fui uma pessoa feliz, cheia de planos para o futuro, com uma noiva linda, pais maravilhosos e que fazia o que mais gosta de fazer de uma forma que todos falavam que era genial. Sim, eu andava com um sorriso de orelha a orelha porque a minha vida era incrível.

Ora, vejam só, eu, esse cara que vive com expressão de derrotado, com cara de perdedor, um infeliz, já fui feliz um dia. Quem diria...

Você deve estar pensando que sou uma pessoa deprimente... E você está certo. Eu sou uma pessoa deprimente. Um cara que perdeu os pais em um estúpido incêndio, um cara cujo a noiva que ele tanto amava o abandonou, um cara que perdeu o emprego da sua vida, um cara que precisa pagar as suas dívidas. Quem não seria deprimente com essa onda de azar que me acompanha há cinco anos?

Cinco anos na completa solidão.

Cinco anos tentando esquecer.

Cinco anos sem esquecer nada.

Parece que todas as minhas memórias ruins ficam cada vez mais nítidas com o passar do tempo, em contrapartida, todas as boas parecem ficar cada vez mais desbotadas.

Não sei como eu aguento todas essas coisas. Era para eu ser um jovem escritor de sucesso com vinte e cinco anos. Não um ser deprimido que pede para os dias passarem cada vez mais rápido, esperando ansiosamente a hora de sua morte. Porque eu sou um covarde que nem mesmo consegue dar um fim à sua vida medíocre.

Talvez seja por isso que bebo tanto. O álcool me ajuda a esquecer às vezes. Mas também reforça algumas memórias que eu não queria ter. Memórias realmente dolorosas.

Eu queria ser forte o suficiente. Eu queria ser homem o suficiente para enfrentar os meus problemas, mas nada me motiva. Nem mesmo a possibilidade de ter uma cirrose de tanto álcool que eu mando para o pobre do meu fígado é motivo suficiente para eu me animar em me reerguer como um homem de verdade faria. Como o meu pai faria.

Até que recebi uma notificação. E a minha casa, a casa que os meus pais me deixaram, a casa na qual passei a minha existência, poderia deixar de ser minha.

É hora de tentar se reerguer.

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Olá, amores! Finalmente o prólogo! Kkkk
Sei que estou atrasada, eu sei e sinto muito. Nas acontece que existe uma coisa na minha vida chamada UNIVERSIDADE e com os trabalhos infinitos, eu acabei não conseguindo postar.
Quem leu A garota que você esqueceu, sabe que eu não atraso muito nas postagens, que aliás será nos dias de segunda-feira mesmo, mas amanhã eu postarei o primeiro capítulo.
Então é isso.
Espero que gostem. ^.^
Beijinhos.
Allana. <3

Dê-me amorWhere stories live. Discover now