Capítulo 48. Abra seus olhos - J.B

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Os paramédicos chegam e a colocam na ambulância, eu estou tomado pelo desespero, ela não para de sangrar, sua mão está tão gelada, seus lábios que são sempre tão rosas parecem tão brancos e pálidos, eu não quero deixa-la...

- Isso é culpa de vocês bandos de abutres, estão satisfeitos? Por não a deixarão em paz?!

- Ela correu de você Bieber...(Um dos paparazzi gritava)

- O que?

- Ela não estava fugindo de nós, ela estava fugindo de você, nós não a traímos...Não fomos nós que transamos com a Selena Gomez, só estávamos fazendo nosso trabalho...

Filho da puta, eu avancei sobre ele sem pensar, eu queria espanca-lo, mas diante de todas aquelas pessoas outros me seguraram..

- Hey, Bieber! Calma cara, não é hora de brigar, sua namorada está naquela ambulância precisando de você...

Outro paparazzi falava me segurando, e eu deixei minha raiva de lado, eu só queria que a Ju ficasse bem, estou com medo, me sinto tão impotente diante de tudo, eu não quero pensar no pior, eu só imploro a Deus que ela fique bem, ela tem que ficar bem...

(...)

Os médicos a levam e em segundos eles somem dentro daquele corredor enorme onde sou proibido de continuar, minhas mãos estão lavadas com o sangue dela, não sinto meu corpo, meus olhos derramam lagrimas de dor, desespero e raiva, muita raiva. Raiva por ter deixado isso acontecer com ela, raiva por ter a traído da forma mais baixa possível, raiva por aquele bando de abutres a cercarem daquela forma, sinto raiva de mim por não ter conseguido fazer nada para salvá-la...Deixo meu corpo escorregar até o chão, minhas mãos cobrem meu rosto, vou perder a cabeça é o que me resta, pois, sinto que meu coração foi arrancado, roubado e destroçado. 

Mal consigo respirar, meus pulmões parecem tão fracos, os olhos já estão cansados, meus ouvidos cansaram de ouvir conselhos daqueles que me rodeiam, os mesmos conselhos gastos me mandando seguir em frente e esquecer por que eu não a mereço. O que me resta? Não sou mais nada além de um cara que, deixou o coração padecer por causa do medo. E que está preso na própria culpa paralisado pelo passado que já deveria ter sido enterrado. Meu coração está quebrado, cada pedaço dele, minhas cicatrizes estão abertas e minha fé me abandonou. 

O que mais eu devo fazer? A mulher da minha vida está agora dentro de um sala correndo o risco de não mais acordar, por culpa minha, tudo isso é culpa minha. O hospital esta cercado por fotógrafos e a imprensa se amontoa, todos querem saber, minha cabeça não tem um pensamento coerente... Ouço pessoas falarem alto e choros, levanto minha visão e eu posso ver a familia da Ju entrar desesperados, a mãe dela dona Luiza chora em quanto o senhor Fausto tenta pedir alguma informação com a recepcionista, Rafael e Luciano abraçam a mãe, eu vejo neles o mesmo desespero que sinto... Neste momento a recepcionista fala algo e me olha e logo eu tenho sobre mim os olhos raivosos do Sr. Fausto que marcha até mim feito um louco, me levanto passando as costas das mãos nos olhos...

- Isso é tudo culpa sua moleque...

Ele gritava apontando o dedo em minha direção e logo empurrando meu corpo contra a parede, eu não posso reagir, ele esta certo, é tudo culpa minha...

- Pai... Não vale a pena! (Luciano o puxava).

- Se minha filha morrer...(Ele fecha os olhos pela dor das próprias palavras).

- Ela não vai, ela não vai...(Digo com desespero)

- Minha filha não vai morrer Fausto! (Dona Luiza grita)

Amor por contratoDove le storie prendono vita. Scoprilo ora