Capítulo oito.

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O chão se abriu, e todos caíram. Kevin gritava pensando que seria seu fim, Taylor gargalhava lembrando de que se comportou de forma parecida. As luzes desta vez se alteraram de forma mais rápida. O viajante deslizou pelo vento, para ajudar o amigo parecendo um super-herói com sua capa flutuando. A adolescente ficou ao lado de sua robô, calada esperando o final do túnel. Aterrissaram nos becos escuros da cidade. A noite já cobria Jhonthor.

— Como vamos poder pensar em um plano? Está muito escuro aqui. – Kevin perguntou.

— Conheço um lugar... – disse Taylor.

A garota guiou a todos pelos corredores, até as portas dos fundos da Tavena. Bateu na porta e esperou, mas ninguém atendeu, bateu novamente. Ravena abriu a porta, e abraçou Taylor.

— Fiquei preocupada. Quando soube quem você era, não acreditei.

— Ravena... Preciso da sua ajuda.

Soltou-se do abraço vendo os dois homens parados atrás da garota, as mãos de Taylor foram mais ágeis e tamparam seu grito.

— Está tudo bem. Não se preocupe. – A dona do bar olhava-a com espanto. — Vou tirar a mão. Por favor, não grite.

Ela assentiu, e as mãos se afastaram de sua boca.

— Não vão machuca-la. – Disse Amelia.

— O que vocês querem?

— Em palavras claras, queremos uma revolução, mas não tenho onde ficar com eles.

— O que quer dizer?

— O fim do conselho.

— Esperem um pouco.

A mulher entrou no bar e a voz alta dela, retirava todos do bar. O barulho da porta principal se abria e se fechava, quando o som cessou a porta dos fundos se abriu e foram convidados a entrar. As luzes do bar estavam apagadas, e os vidros tampados por uma cortina.

— Por aqui. – Chamou atrás do balcão, e abriu um alçapão no solo, iluminando um pouco o ambiente.

Ela desceu as escadas, e todos fizeram o mesmo, seguindo a silhueta do mais próximo. Kevin foi o último a descer, fechando a porta em cima de sua cabeça. Pensavam que seria a entrada da casa da moça, mas se surpreenderam. Uma cidade nobre no subsolo se revelou, crianças brincavam com cordas nas ruas, outras com seus cachorros e gatos robóticos. Idosas com o olhar curioso os encaravam descer pelas escadas, sentadas enquanto estava sentada em suas cadeiras de balanço na varanda. Cantoras espalhavam suas composições ao povo. Os cinco olharam para o alto enquanto desciam, percebendo um céu estrelado falso. Ninguém pareceu notar a presença, já que as estrelas pareciam brilhar mais ainda ali.

— Bem-vindos a Tyewool. O lar dos nobres. – Disse Ravena quando tocaram ao solo, e seguiu para uma rua estreita, iluminada por um único poste. A moça procurou as chaves no bolso.

— Não reparem na bagunça. Eu não estava esperando visitas.

— Obrigada por me ajudar de novo. – Agradeceu a menina entrando.

— Imagina, todos aqui querem o fim dessa organização tanto quanto você. – Bufou. — Não é justo vivermos assim.

A casa era composta por apenas três cômodos. A adolescente ficou em pé, enquanto seus amigos sentaram-se na almofada que Amelia carregava consigo. Taylor não esperou muito tempo e começou a explicar tudo, desde o primeiro encontro com Ezra, o segundo com Kevin e o plano que bolaram juntos. A moça ficou em silêncio por um tempo, pensando.

— Viajante, temos que pegar as provas hoje. – Informou Ravena pensativa.

— Por quê?

— O conselho marcou uma grande reunião, com todos da cidade para amanhã. Se algo tem que ser dito, essa é a oportunidade certa.

Ravena abriu um armário, e retirou um papel azul enrolado de dentro. Jogou-o no chão e ele se abriu sozinho, revelando ser diversas plantas das construções do conselho.

— Isso é perfeito. – Revelou Kevin.

— Uma soldada esqueceu em uma de minhas mesas uma vez. Tem uma certa vantagem, trabalhar em um bar onde todo mundo frequenta.

— Tudo bem, escutem. – Começou Ezra. — Vamos fazer assim...

***

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