Ravena é a única herdeira de um império bilionário, porém, como seu pai sempre a enxergou de maneira errada, ele decide dar um castigo a filha.
Ravena só terá dinheiro se ela mudar o seu comportamento, e, para isso, ela deve morar no subúrbio e ser...
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REPOSTADO
RAVENA
— Ravena, ligue para o Michael e marque uma reunião para amanhã, na hora do almoço. — Alexandre ordena.
— Onde está o número? — pergunto.
— Na agenda aí na gaveta.
— Ainda usa agenda? Com tanta tecnologia disponível.
— Parece que a antiga secretária não era muito tecnológica.
— E eu posso saber o que aconteceu com as pessoas que trabalharam aqui antes de nós dois?
— Bem, o vice-diretor ainda continua na empresa, porém, em outro prédio, provavelmente deverá cuidar dos hotéis, ou algo assim, ainda não falei muito com Serge. O antigo diretor foi demitido, não rendia muito, a secretária está com o vice-diretor agora.
— Então eu não tirei a vaga de outra pessoa?
— Se importando com uma empregada, Ravena? Que evolução!
— Eu nunca detratei um funcionário, Alexandre.
— E nunca se importou com eles.
— O que sabe da minha vida, afinal?
— Gostando disso, sendo educada, simpática. Percebeu que pode ganhar mais sendo legal.
Não vou com a cara de Alexandre, e, justamente por isso, acho melhor ir com calma.
— Talvez eu ganhe mais sendo ''boazinha'', mas ainda quero entender o real contexto desse diminutivo.
— Colegas de trabalho, Ravena. — pisca um olho. — Acho interessante termos uma boa relação, pelo menos aqui dentro desse escritório, lá fora podemos ser qualquer coisa. Amigos, colegas de trabalho que nem olham na cara um do outro, ou algo mais.
— Ei! — levanto uma mão e ele para de falar. — Não tenho pretensão alguma de ter algo com um colega de trabalho, ainda mais um... Você já é um CEO, certo?
— Sim, já sou o diretor executivo. — sorri. — Acho que podemos ser bons juntos, Ravena. Será ainda melhor quando fizer a ligação.
— Ah, desculpe-me, me distraí com a nossa conversa. — começo a procurar pela agenda na gaveta.
— Sei que deve ser impossível não se distrair comigo.
Eu solto aquela risada que deveria ficar presa, mas quando sai, parece até que vou cuspir em tudo, tipo uma risada engasgada.
— Desculpa. — olho para ele, que me encara com uma sobrancelha arqueada. — Amei o egocentrismo.
