Capítulo 40

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Eu: Que? Não. Esse teste só pode estar errado.

Bruna: Bom, há casos em que dão errado sim. Recomendo que você consulte com um ginecologista e tire suas dúvidas.

Eu: Ta bom. Obrigada pela ajuda e paciência.

Saí de lá as pressas. Eu não podia estar grávida. Estava completamente confusa. Não sabia o que ia fazer se fosse mesmo uma gravidez. Eu e muka éramos novos demais pra ser papais. Fui direto pro hospital e deixei minha consulta marcada. Seria na segunda-feira de manhã e eu já estava com medo.

Muka: Kamilla, como assim?

Eu: Eu não sei. -deixei minhas lágrimas saírem.

Muka: Sempre usamos preservativo.

Eu: Eu sei. -disse sentando na cama enquanto chorava como uma criança.

Muka: Olha, se for realmente uma gravidez nós vamos cuidar juntos. Eu vou estar sempre do seu lado. -ele se ajoelhou na minha frente e ergueu meu queixo com seu dedo. Estávamos olhando um no olho do outro. Ele sempre conseguia me passar uma energia positiva, uma segurança que ninguém mais conseguia. Aquilo era tudo que eu precisava no momento.

Muka: E você não sabe se é verdade. Esses testes de farmácia quase sempre dão errado.

Eu: Eu sei. Já marquei uma consulta no ginecologista.

Muka: Ok.

Eu: Mas muka...

Muka: Oi?

Eu: Essa relação que nós temos não é certa.

Muka: Só por que somos primos?

Eu: É.

Muka: Você me ama?

Eu: Amo.

Muka: Eu também te amo e é isso que importa.

Eu: Tudo bem. -suspirei.

Muka: Vou sempre estar do seu lado, kah. Se for mesmo uma gravidez, vamos dar todo o amor do mundo. Se não for, vamos continuar nossa vida.

Eu: Ta. Podemos mudar de assunto?

Muka: Sobre o que quer falar?

Eu: Bom... o natal e o ano novo estão quase aí. O que vamos fazer?

Muka: Kamilla, nós estamos na melhor praia pra se passar o ano novo. Todas as pessoas daqui vão pra praia e ficam lá. Ouvi falar que até passa na televisão.

Eu: Ok então. Mas e o natal?

Muka: Compramos algumas coisas e passamos aqui mesmo.

Concordei com a cabeça e deitei pra trás. Muka estava mais romântico nos últimos dias e aquilo era ótimo. Eu não queria estar grávida e eu tinha muita fé no que queria. Eu sabia que se fosse uma gravidez minha vida iria terminar ali. Eu não poderia fazer mais nada. Muito menos o muka. Preferia viver minha vida como ela estava, sem uma possível gravidez.

22:01.

Eu estava deitada em minha cama e ouvi a porta do quarto sendo aberta. Fingi que estava dormindo.

Muka: Princesa? Acorda aí.

Eu: Hm? -resmunguei.

Muka: Trouxe uma jantinga pra você.

Sentei na cama e olhei o que muka havia trazido. Deu até vontade de abraçar ele. Era uma daquelas bandejas de café da manhã e em cima dela tinha um copo de suco de laranja, acho que era natural, um prato com um sanduíche e um potinho com mousse de morango. Pra enfeitar ele espalhou pétalas de rosa por volta dos pratos.

Eu: Meu amor, pra que isso tudo?

Muka: Isso não é nada, princesa.

Eu: Awn, obrigada.

Muka: Não fiz janta porque não valeria a pena mas aposto que esse sanduíche está ótimo.

Eu: Obrigada, lindo.

Demos um selinho e ele saiu do quarto. Não parecia mais a mesma pessoa mas eu estava feliz com a mudança. Estava tudo indo muito bem pra ser verdade. Me sentia em um sonho.

O Idiota do meu primoWhere stories live. Discover now