04 - Primeiro encontro

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Acordei um pouco sonolenta e com vontade de voltar correndo para a minha cama. O problema era que tinha muito o que fazer. Começando em ter que passar na casa da minha mãe para entregar o dinheiro para a Sabrina poder comprar o presente da mesma, iria aproveitar para levá-la comigo e então escolheríamos a televisão.

Sabrina havia mandado uma mensagem tarde da noite dizendo que mamãe não estaria em casa porque iria ir visitar sua amiga e aproveitaria para almoçar na mesma.

— Cheguei! — Gritei, despertando a minha irmã que estava entretida com a televisão.

— Oi Selena, será que você pode falar mais alto? — Perguntou irônica, fazendo-me lembrar o quão ela odeia que grite com ela.

— O que acha de pararmos com a conversa e irmos comprar os presentes para a mamãe? — Perguntei, balançando a chave do carro.

— Você irá me levar para comer? — Perguntou fazendo cara de pidona.

— Sabe que sim. — Revirei os olhos.

Como as lojas onde precisávamos ir ficavam dentro do shopping mais próximo, poderíamos aproveitar para almoçar na praça de alimentação. Ainda era cedo e por isso iríamos comprar os presentes primeiro.

— Irá comprar a televisão? — Perguntou.

— Sim. Ela está precisando. — Respondi.

— Mamãe sente a sua falta em casa. — Contou.

— Ela te contou isso? — Estava ansiosa com a sua resposta, todas as notícias sobre a minha mãe me chamavam a atenção sempre.

— Não. — Negou com a cabeça. — Ela não precisa dizer. — Comentou.

Gostaria de ter aproveitado mais o tempo ao lado da minha mãe, desde que sai de casa me senti sozinha por não ter mais um lar de afeto. Estar em casa com frequência é difícil, não pelo meu trabalho, mas sim pelo fato da intimidade que perdemos uma com a outra. Hoje é estranho estar perto por mais que eu tenha necessidade de estar.

— No que está pensando? — Perguntou quando entrávamos em uma loja.

— Na mamãe. — Confessei.

— Ela precisa que você deixe o seu trabalho. — Falou.

— Sabe que não posso, pelo menos não agora. — Falei.

— Você é nova, inteligente, tem tantos trabalhos por aí que adorariam ter você. — Comentou.

— Nunca é tão fácil assim. — Reclamei.

Sabrina não precisou de muito tempo para encontrar o vestido que a mamãe havia pedido. Estava fácil, inclusive encontrava-se no alto em uma das manequins.

— Adoro essa loja. — Elogiou enquanto esperávamos na fila.

— Realmente é muito boa. — Concordei.

O que Sabrina falou martelava na minha cabeça. O novo contrato poderia ser uma nova oportunidade para me aproximar da minha mãe. Quem sabe, caso ela imaginasse que eu estivesse namorando de verdade, seria mais fácil de estarmos juntas.

— Acha que devemos comprar uma televisão toda preta ou colorida? — Perguntei.

— Uma preta será ótimo. — Respondeu.

Havíamos terminado de fazer as compras, acabamos comprando roupas e alguns acessórios que estávamos precisando. Como sempre, precisei pagar as coisas da minha irmã porque ela não tinha dinheiro.

— Você poderia trabalhar em alguma coisa. — Sugeri.

— No que exatamente? — Perguntou.

— Não sei, algo que você goste de fazer. — Respondi.

Contratada para Amar (DEGUSTAÇÃO)Where stories live. Discover now