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Louis pov

A cada dia que se passava eu estava pior. Não que tenha o direito de reclamar sobre isso.

Nada mais justo.

Eu tinha Harry pra mim, para beija-lo e amá-lo; para lhe fazer feliz e para me sentir feliz. Mas eu perdi tudo isso por popularidade e garotos idiotas.

Qual a porra do meu problema?

Já faziam alguns dias que eu não saía de casa, e só de imaginar que Harry poderia estar mil vezes mais magoado que eu, as lágrimas voltavam a se acumular em meus olhos.

Mas eu não tinha o direito de me fazer de vítima, porque tudo o que eu menos sou nesse história é vítima.

Me olhei mais uma vez no espelho e não tive vontade de melhorar meu penteado ou acabar com a as olheiras, como tinha na maioria das vezes. Eu só queria poder criar um clone e bater em mim mesmo até que eu não aguentasse mais.

Peguei minha mochila no canto do quarto e desci rapidamente as escadas, saindo de casa antes que Fizzy tivesse a chance de me matar antes.

Talvez não fosse tão bom ela ser tão amiga do meu namorado.

Namorado.

Acho que não posso mais chamá-lo assim.

Quando cheguei à escola fui direto em direção ao meu armário, de cabeça baixa, evitando olhar pra qualquer um. Eu esperava que a qualquer momento todos iriam virar pra mim e começar a proferir ofensas.

De fato, eu merecia. Até mais que isso.

Estava pegando meus livros correspondentes aos horários do dia quando eu o ouvi. Era impossível não reconhece aquela gargalhada.

A gargalhada mais linda de todas.

Involuntariamente um sorriso surgiu em meu rosto, porque se Harry estava feliz, já era um motivo para eu estar também.

Mas eu não queria encara-lo. Não queria ter vontade de morrer mais uma vez quando visse o que eu deixei escapar por entre meus dedos, como se fosse simplesmente areia. Mas Harry sempre foi muito mais que isso.

Estava pronto para ir logo para a sala quando eu ouvi a voz que me atormentava há dias. Era minha culpa que tudo aquilo havia acontecido, mas ele também não era inocente.

- Olha só, parece que a vadia está feliz. O que te deixou feliz? Deu pra alguém noite passada? - Perguntou Calvin a Harry, fazendo com que eu respirasse fundo e fechasse as mãos em punhos.

Eu não deixaria que mais ninguém ofendesse Harry. Eu podia tê-lo feito chorar, mas se dependesse de mim, mais nenhuma lágrima escaparia por seus olhos. Ele poderia não ser mais meu nunca mais, mas eu não deixaria que o machucassem novamente.

- Calvin, deixa ele em paz. - Disse um pouco baixo, travando a mandíbula.

- Eu achei que você concordasse comigo em relação a ele, Tommo. - Respondeu ele, lançando-me um sorriso de lado.

- Pois achou errado. Deixa ele em paz ou quem não vai mais ter paz é você.

- Eu não tenho medo de você. Nem dessa vadia aqui. - Falou Calvin, apontando para Harry.

- Eu avisei. - Disse devagar, partindo pra cima dele em seguida.

Derrubei-o no chão, sentando em seu abdômen e desferi socos por todo o seu rosto, fazendo com que cortes se abrissem e seus olhos ficassem arroxeados e inchados. Eu não cheguei a contar, mas sabia que havia dado mais de quinze socos em Calvin.

Levantei e olhei para todos que estavam ali, formando um círculo ao redor de mim. Mantive meu olhar em Harry.

- Não deixe que ninguém diga o que você é. Você é muito mais do que dizem.

Que irônico, né Louis.

Eu não queria mais ficar naquela escola, não queria ver o olhar de ódio e tristeza que Harry me lançava, então caminhei até a saída, que não era muito longe, me virando para Calvin mais uma vez antes de sair. Ele estava cercado por outros garotos, que tentavam ajudá-lo a se levantar.

- E eu estou fora do time.

Nutte || Larry Stylinson (w/ louistar) Where stories live. Discover now