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Luan narrando:

Essa era sempre a parte chata, ter que procurar as meninas que se achavam espertas para fugir de mim e dos meus capangas. Para a minha sorte todos foram espertos, ela estava sendo bem vigiada.
Enquanto ela dormia tranquilamente ao meu lado parei para repara lá: cabelo longo, uma tatuagem no braço que parecia ter sido feita recentemente, e um corpo que era um estourou.
Saio da minha análise e mando mensagem para o meu avô antes que ele me encha o saco: "achei ela!". Ele vai entender.
Ela dormia toda torta, iria acordar com uma dor no pescoço, arrumei ela e me encostei na mesma achando uma posição confortável, e logo adormeci.

Jade narrando:

Acordei com o Luan me cutucando falando que já havíamos chegado.
Levantei rapidamente, dei uma arrumada em meu cabelo com as mãos, peguei minha mochila no guarda bolsas do ônibus com um pouco de dificuldade por ser alto.
Estava saindo até que sinto alguém puxar meu braço fortemente,me virei e estava a centímetros de seu rosto.

- Não quer tomar um café comigo? - Luan perguntou me soltando.

- Pode ser - Café de rodoviária não era bem meu forte porém eu estava morrendo de fome e tinha pouco dinheiro para terminar a viagem até a casa da minha avó.

Sai junto com ele do ônibus parando um pouco afastados dele, um carro preto parou na nossa frente, eu me afastei achando estranho mas Luan pegou meu braço com força e me jogou la dentro.
Eu estava muito perdida, sem entender nada foi tudo muito rápido, nem pensar em gritar eu pensei. Assim que olhei para o meu lado tinha outro homem, o homem que mais cedo conversava com a minha mãe.

- Para onde vocês estão me levando? - Perguntei baixo mas na real eu ja sabia, eu me amaldiçoava mentalmente por ser tão burra.

- Você vai saber se quando chegarmos mas se comporte -Respondeu Luan passando a mão pela minha coxa, já que eu estava sentada do seu lado.

- Tira essa mão nojenta de mim - Falei pegando sua mão e a tirando de mim,jogando em seu colo com o resto de força que me sobrava - Eu tenho nojo de você - Gritei, descontrolada.

Meu rosto virou e eu cai meio desajeitada em cima do rapaz que estava sentado do meu lado, ele tinha me dado um tapa. Agarrou meu cabelo com força me fazendo encara lo e apertou minhas bochechas, eu podia sentir o gosto de ferro invadindo minha boca.

- Eu não me importo com os seus sentimentos por mim - Falou me apertando ainda mais - Se não quiser apanhar mais é melhor ficar quietinha - falou e me soltou com certa força.

- Eu vou ficar quieta - Falei baixo segurando o choro que estava fazendo minha garganta doer.

- A gente ainda vai se divertir muito juntos - Falou com um sorriso debochado nos labios.

Se tinha um sentimento que resumia tudo era: Raiva. Eu não sentia nada além de raiva e nojo. Depois disso eu fiquei quieta, não sei para onde estavam me levando, so sei que era meio longe.

2 horas depois:

Eu não aguentava mais aquele carro, o cheiro do perfume desses homens, o silêncio. Eu so queria cortar meus pulsos.
O carro parou e eu analisei o lugar deserto onde estávamos. Luan desceu do carro e puxou meu braço para descer também.

- Eu sei andar sozinha - Falei alto e me sacudi para ele me largar.

- Fica caladinha, sua voz me irrita - Ele disse e me pegou pelo braço novamente.

Estávamos andando em direção a um jatinho particular, dava pra ver pelo local, pelo menos nisso os filmes ajudaram.
Me fizeram subir a escada e me jogaram em um dos acentos. Luan parou na minha frente com duas cordas.

- Só pra garantir que você não vai mais fugir de mim - Falou amarrando forte pra caralho meus braços e pernas.

- Pra onde vocês vão me levar? - Perguntei assim que ele se sentou na minha frente.

- Rússia - Falou me encarando, meus olhos se encaravam com tanta intensidade, até que ele desviou - Você vai gostar, tem um monte de brasileiras como você lá - Falou com desprezo.

Eu só conseguia sentir mais ódio dele ainda. O cara do lado dele pega um bolacha e uma garrafa de água na mochila e joga no meu colo.

- Espera que eu coma isso como? - Perguntei levantando a sobrancelha, eu estava morrendo de fome. Isso era muito humilhante.

- Eu posso te ajudar, nova - Falou e se levantou vindo na minha direção.

- Vai cuidar dela agora Alan? - Luan perguntou com a sobrancelha arqueada e uma certa raiva nas palavras. É troglodita mesmo.

- Puta desnutrida não serve Luan - O tal de Alan respondeu como se fosse óbvio.

Eu comi tudo rápido com a ajuda dele, realmente estava com muita fome e sede. Olhando pra janela eu adormeci novamente, so que agora amarrada e com o destino mudado por completo.

Meu Pior Pesadelo (repostando)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang