capítulo 26

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Desculpem a demora pra att, mas eu tava de recuperação e eu tbm tava meio desanimada com a fic. Mas tô de volta e pretendo postar com mais frequência. Espero que alguém ainda leia isso kkkk.

Bjs
****
Niall se inclinou sobre a janela do próprio carro

-não gosto disso

Não me dei o trabalho de responder, já havíamos conversado sobre aquilo.

-obrigado por me prestar o carro

-posso ir com você - sugerio

-melhor não niall

-certo, certo. então seu plano é aparecer no funeral daquele gângster ? -perguntou niall

-mais ou menos

-para mim parece menos.

Era difícil argumentar. Tinha planejado dar uma olhada no enterro do zayn, na esperança descobrir por que ele me atacara, para quem trabalhava e qual o motivo de estarem atrás do Louis. Estava sem trabalho no momento e ficar parado esperando Bob ou outros caras vir atrás de mim também não parecia uma alternativa interessante.

***

Paro em frente a Franklin funeral home.

E agora? Eu não posso entrar. E se Bob estivesse lá? Poderia tentar ficar nos fundos, mas caras do meu tamanho não costumam passar despercebidos. Havia um homem de terno indicando as pessoas onde estacionar. Parei o carro e tentei sorrir como se estivesse me dirigindo a um funeral, por mais estranho que isso fosse. Ele perguntou:

-o senhor está indo para o funeral Devereaux ou Malik ?

-Malik

-pode estacionar á esquerda

Entrei no espaçoso estacionamento. Encontrei uma vaga no canto direito, obtendo uma visão perfeita do que me interessava.

Pensei na última vez em que estivera num enterro, apenas seis dias antes, naquela pequena capela branca em Palmetto Bluff. Se a minha linha do tempo ainda estivesse comigo, havia um intervalo de seis anos entre um casamento numa capela branca e um funeral em outra. Seis anos. Perguntei-me quantos desses dias tinham se passado sem que eu, de uma forma ou de outra, me lembrasse Louis, e me dei conta de que a resposta era "nenhum"

Mas, no momento, a grande pergunta era: como foram esses seis anos para ele?

Uma limusine parou em frente à tenda. Dois homens vestindo terno
escuro se aproximaram e abriram a porta da limusine, como se estivessem num tapete vermelho.

Uma linda mulher, de 20 e poucos anos, saltou com a ajuda deles. Estava de mãos dadas com um garotinho de cabelos longos, que devia ter 6 ou 7 anos.O óbvio não tinha me ocorrido até aquele momento: Zayn poderia ter família. Uma esposa linda com quem compartilhasse a cama e os sonhos, e um filho de cabelos longos que o amava. Outras pessoas saltaram do carro. Uma mulher esbelta deveria ter seus 40 anos chorava alto,limpando o rosto num lenço que mantinha amassado na mão. Ela quase teve que ser carregada até a tenda por duas garotas. A mãe e as irmãs de zayn, talvez. Eu não sabia. A família fez uma fila na frente. Cumprimentavam os presentes, os sinais de devastação eram evidentes em seu comportamento e em seus rostos. O garotinho parecia perdido, confuso, assustado, como se alguém
tivesse se aproximado furtivamente dele e lhe dado um soco noestômago.

Esse alguém era eu.

Permaneci sentado, imóvel. Pensava em zayn como uma entidade à parte. Achava que tê-lo matado fora apenas uma tragédia pessoal, o fim de uma vida isolada. Mas nenhum de nós é
realmente isolado. A morte reverbera.

seis anos depois ➡ l.s. (Finalizada)Where stories live. Discover now