Capítulo 39.

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- Estou decepcionado com você. - meu pai disse pro Henrique. - achei que fosse homem o suficiente pra assumir seu filho. Ela não fez sozinha... Eu sei que vocês são novos,mas mesmo assim,na hora de terem relação ninguém lembrou do preservativo. Ai depois que ela fica grávida você só pensa em sumir por quase dois meses. Eu nem devia deixar você entrar na minha casa depois disso. Também achei errado ela ter escondido de você, apesar de você ja saber. Mas agora eu sei porque ela tinha razão em esconder. Você fugiria como um covarde do mesmo jeito que fez.

- Eu sei que eu fui errado em fazer isso. É que eu estava com a cabeça a mil por hora. Não entrava a ideia de ser pai. Por isso me afastei e fiquei pensando até que eu cheguei a conclusão que eu não posso ficar longe dela e que esse bebê é nosso. Eu não conseguiria ficar longe dos dois. Me desculpe por ter sido covarde. Mas eu estou arrependido e prometo que não vou me afastar dos dois. - me olha e sorri. - eu amo a sua filha. Assim como também já amo esse bebê que vem crescendo aqui dentro. - sorri e passa a mão na minha barriga.

- Eu espero realmente que não faça outra burrada. - meu pai diz nos olhando sério.

- Eu não vou. - Henrique responde e me da um beijo na testa. - Aproveitando que estamos deixando claro as coisas. - segura minha mão. - eu estava trabalhando nesse tempo. Arrumei um emprego e o salário é bom. - diz. - e eu já tinha um dinheiro guardado e mais com o que estou juntando da pra comprar uma casa e outras coisas... Deixaria sua filha morar comigo? - olha pro meu pai.

- Vocês são muito novos para casar agora. Creio que querem ter privacidade de vocês, se ela quiser... Vocês podem.

- Obrigado.

- Eu vou trabalhar agora. - se levanta da cadeira. - juízo.

- Bom trabalho pai.

Ele sai e eu abraço o Henrique com tanta força que acho que esmaguei ele.

- Amor,quer me matar?

- Não. - sorrio.

- Já terminou de tomar o café? - pergunta e se levanta.

- Já. - pego uma torrada e passo geleia. - vou só escovar os dentes. - como a torrada e vou no banheiro escovar os dentes.

- Vamos? - chamo sua atenção.

Ele pega sua mochila e coloca em um ombro e pega a minha.

- Amor,eu sei levar.

- Sem peso. - sorri.

- Nem tem peso. - reviro os olhos.
- Shiu. - tranca a porta de casa e me entrega a chave. - vamos. - segura minha mão e nós vamos pra escola.

°°°

- A gente precisa contar pro seus pais. - digo puxando o x-salada da sua mão e comendo.

Que fome.

- Ei! É meu. Você já comeu!

- Cala boca,quer que teu filho nasça com cara de x-salada? - arqueio as sombrancelhas.

- Amor,comigo não cola. - puxa de volta.

- Grosso. Me devolve isso. - puxo da mão dele e o x-salada cai no chão.

Abro a boca chocada.

- Olha o que você fez! - digo e ele ri da minha cara.

- Eu?! Você que puxou.

- Eu não to nem ai,pode indo comprar outro. - cruzo os braços.
- Ah Carol,eu to cansado.

- Já foi? - ele bufa. - eu to com fome.

- Quando tiver gordinha, não reclama. - me da um selinho e levanta.

- Traz pão de pizza.

- Mas não era x-salada? - pergunta confuso.

- Cala boca e traz.

Ele revira os olhos e sai.

Essa calça marca bem a sua bunda...

- Oi. Lembra de mim? - um menino se senta ao meu lado e eu olho.

- Kendy? - digo confusa e ele rir.

- Kennedy. Tudo bem com vocês?
- Vocês? - pergunto.

- Sim,você está gravida né? Ouvi as pessoas dizendo.

- Ah! Estou. - as notícias correm rápido por aqui.

- Quantos meses?

- 1 mês e 25 dias. - respondo.

- Parabéns, vai ser uma mãe linda,já é. - sorri.

- Obrigado.

- Eu também acho. - olho pra frente e vejo o Henrique irritadinho.

- Eai? - Kennedy olha pra ele e sorri.

- Eai. - responde rude e estende a mão, me entregando o pão de pizza.

Meus olhos brilham.

- Obrigado,amor. - sorrio. - quer? - ofereço ao Kennedy.

- Não,obrigada. Eu vou indo,daqui a pouco bate o sinal. - diz e me da um beijo na bochecha. - falow cara. - diz pro Henrique e sai andando.

Henrique senta no lugar que ele estava.

- Não vou com a cara desse menino. - ele diz.

- Nem eu com a cara da irmã dele. - digo pra ele e ele ri.

- Ta bom? - aponta pro pão.

- Uma delicia.

- Me trocando por comida? - sorri e se aproxima.

Eu me afasto dele.

- Comida não se discute. Ela sempre ganha. - pisco e ele ri e me da um beijo na bochecha.

- Minha bolinha.

- Babaca. - sorrio.














Namoro de Mentira.Where stories live. Discover now