Olhos negros (EM REVISÃO)

Capítulo 13

Na aula de Química. (...)

Assim que chegou na sala viu Sarah Gagnon, a garota estava sorridente e conversando com outros alunos da sala.

– Então ele colocou os líquidos em cima dos sólidos, não mexeu e aguardou que tudo se misturasse sozinho através da dissolução, depois de três minutos ele acendeu a pipeta e ai tudo explodiu na cara dele! Ele colocou SO2, embebedou em CH3CH2OH e pensou que nada fosse acontecer! Todos riram e então Gin se aproximou, os cabelos loiros estavam secando agora e ela tapou os olhos da amiga e a mesma riu. – Hey Gin, como está? E sua irmã como vai? Estamos todos ansiosos para descobrir qual foi a química que fez com que o globo ocular dela escurecesse daquela forma.

– Pois é! Pra você ver, eu sou a que mais estudo sobre isso. Ainda estamos apostando em Midríase de uma forma ainda não estudada. Todos se entreolharam.

– Mas midríase não afeta apenas a pupila? Outro levantou-se e continuou.

– De acordo com recentes estudos o mesmo pode ocorrer em todo o globo ocular quando isso ocorre durante coma, ou até mesmo terrores noturnos, é como se algo na química da pupila misturar-se ao restante do olho, e isso pode sim tornar o globo ocular de cinzento até negro, sua irmã realmente é um ser que causará grande debate e curiosidade nesta sala! Gin sorriu olhando-o, ele arrumou os óculos e em seguida a professora adentrou na sala, era bem mais forte do que se imaginaria, estava claramente a cima do peso, tinha o cabelo pintado de um vermelho cereja, era curto assim como o de Gina estava trajando um jaleco branco, e trazia uma caixa com várias pipetas.

– Bem, bom dia, sou a professora Anna Cyr! Esta caixa de pipetas foi trazida para que vocês realizem suas tarefas de casa! Atividades químicas devem ser realizadas devo lembrar longe da cozinha, aparelhos eletrônicos e tomadas! Também com a devida proteção sobre os olhos, sabendo que pode ocorrer várias explosões o que muitos irão aprender, que é comum em nossas experiências. Apesar da aparência de Anna, ela agora depois de algumas palavras, demonstrou que tinha uma verdadeira doçura oculta dentro dela. Enquanto ela movia-se com lentidão, subindo as escadas entre as fileiras da sala.

– Bem, peguem uma e passem adiante, ficando com a última que ficar em suas mãos, lembrando que esta pequena sacola plástica contêm três pipetas, uma bobina de gás e o apoio necessário, sendo o mesmo de chumbo, para que não haja atrito e faíscas. Jamais devem apoiar sobre qualquer lugar que seja vidro, ou ferro, sempre madeira! Todos concordavam entre si e riam novamente do amigo de Sarah que havia estourada a pipeta em seu rosto e ficado com manchas amareladas por todo o rosto, sendo um veterano, a atitude foi particularmente ridícula, as distribuições continuaram, e em seguida a professora voltou-se ao quadro.

- Vou contar um pouco sobre nossa universidade para vocês, nossa excelência acadêmica está entre as três melhores de todo o Canadá. Apaguem as luzes, por favor! Um dos alunos apagou as luzes enquanto ela arrastou o projetor diante da sala e começou a exibir as imagens.

– Obrigada. Dizia em seguida enquanto o aluno sentava-se. As imagens eram exibidas, os cotovelos de Gin estavam sobre a mesa e ela olhava para o quadro branco em frente a classe.

Quatro horas e meia depois (...)

- Finalmente acabou, pensei que ela ia querer que nós estivéssemos com a tabela periódica de côr hoje mesmo! Todos riam e no corredor lá estava ela, a mochila em uma das mãos, quase tocando o chão, a outra mão perdida no dorso de Alex e os olhos fechados, os lábios grudados aos dele.

– Senti sua falta! Disse Violet interrompendo o beijo e olhando no colorido dos olhos dele, a áurea dele era de uma cor intensa, sem definição.

– Eu também, ontem o Toddy ficou lá em casa e devo voltar atrás talvez no que eu disse sobre ele e Gin! Quando Vi ia questionar o porque Gina aproximou-se despedindo-se de Sarah com um aceno.

– E então como foi a história de British? Todos riram.

– Interessante! Respondeu Violet.

– Eu não sabia que essa universidade era tão antiga quanto parecia. Agora Alex já estava mais distante dela, e com os braços jogados por cima de seus ombros.

– Onde está Toddy? O mesmo riu ao fim do corredor.

– Já perguntando por mim Gin? A mesma virou-se em uma feição brava por ter sido pega naquela situação.

– Noventa e oito por cento das pessoas que se dizem amar hoje, detalham que os primeiros sintomas de paixão, é atração física e saudades! Acho que temos os dois! Ele aproximou-se dela e em seguida sorriu e piscou.

– Tenho uma coisa pra você! Foi levando-a até sua sala, ficaram em frente a mesma.

– Aqui eu posso acompanhar se o professor chegar! Apenas ouvia tudo que ele dizia, sem dizer nada.

– Meu tempo é curto, como vê Anna já nos deu presentes no primeiro dia de aula! Ele observou a caixa nas mãos dela.

– Certo! Ele entrou e revirou a mochila voltando a ela com uma pequena caixa nas mãos.

– Não quero nada seu, obrigada! Ela tentou se afastar, mas ele segurou o braço dela.

– Gin, abra a caixa! A mesma virou-se e levantou a tampa com até mesmo um pouco de desdém.

– O que é isso? Um colar com o nome dela gravado e como pingente uma molécula ácido.

– Você sabe que eu não queria nada sério com você e eu confesso que busquei formas de te esquecer, mas talvez, eu não queria mais isto! Ele puxou a mesma e a beijou, a garota não teve reação, com o colar ainda preso aos dedos e a caixa preta que agora havia caído no chão. Os dois se perderam no momento, até que o professor parou próximo a eles, fez um barulho que se assemelhava a uma tosse e os interrompeu.

– Bom dia Doutor Toddy! Sempre causava risos em Gin ouvir o nome dele e lembrar-se do achocolatado.

– Tudo bem, eu parei! Disse ela contendo o riso com as mãos, o professor entrou na sala e em seguida vários alunos entravam na mesma, alguns até o cumprimentando.

– Preciso ir! Ele fazia um sinal com a cabeça para o interior da sala.

– Eu sei! Tudo bem, pode ir. Segurou a roupa dela e em seguida soltando a mesma.

– Mais tarde, eu vou te pegar em casa, não saia da cidade senhorita Winters! O sorriso foi de um lado a outro.

– Não sairei! Foi ao encontro de Violet e Alex no corredor, mas eles já haviam sumido, e Vi havia levado consigo a chave do carro . Ao constatar isso Gin balançou a cabeça negativamente, já iria começar os discursos, foi quando encontrou Karter o professor de Alex.

– Senhorita Winters? Gin olhou para trás.

– Meu sobrinho pediu que entregasse isso a senhorita! Quando a mesma olhou o que era estendido a frente, eram as chaves de seu carro!

– Seu sobrinho? Ela questionou em dúvida.

– Sim, Alexsander! Agora ela sorriu.

– Obrigada! Foi até o carro, tirou a mochila e abriu a porta, jogando a mochila para trás e sorrindo ainda com o colar em suas mãos, levando o mesmo ao pescoço.

– Seu idiota! Dizia ao lembrar-se de Toddy. E seguiu para casa.