Capítulo 15

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Obs: Me desculpem a demora a postar! Espero que esse capítulo me redima... Afinal, estou atendendo á vários pedidos.


KATNISS 

Eu achei que o número de coisas ruins que poderiam me acontecer, já tinha atingido seu limite. Mas eu estava muito enganada. Olho ao meu redor, e vejo todas as pessoas que eu amo, feridas. Alguns mascarados estão caídos no chão. Mas provavelmente estão mortos. O aerodeslizador se perdeu no céu noturno da noite. E com ele, levou Peeta, e meus filhos. Será que a maldade de Snow não vai ter fim, nunca? Durante todos esses anos, depois de achar que perdi tudo na guerra quando Prim morreu, foi Peeta que me manteve lúcida. Ele me fez amar de novo. Sempre gentil e bondoso. Me dando todo seu amor, coisa que eu nunca mereci. Não dele. E os meus filhos? Os dois lutaram para nascer, lutaram para sobreviver. Prim, tão parecida com minha irmã... Finn... Ainda tão pequeno sem entender nada desse mundo cruel em que vivemos. Como eles foram parar nas mãos daquela mulher? Como eu fui deixar meus filhos provarem da mesma maldade a que fui submetida pelo comando de Snow? Sinto-me completamente perdida sem eles. Fico olhando para o céu, segurando meu arco com minhas mãos trêmulas.

- Nós vamos achá-los, docinho – Haymitch diz, e me envolve em seus braços, num abraço apertado. Sei que ele está sofrendo tanto quanto eu. Sei que ele acha improvável conseguir resgatá-los tanto quanto eu.

- Eu não posso viver sem eles, Haymitch. Eu simplesmente não posso – eu digo, entre as lágrimas que me sufocam. - Eles são tudo o que eu tenho, o que eu mais amo. O que nós vamos fazer?

- Primeiro, temos que parar de lamentação – Johanna diz captando a atenção de todos. – E depois temos que procurar por Panem inteira o esconderijo dessa vadia.

- Mas como faremos isso? Panem é enorme – Carolynn começa, mas para de falar imediatamente pelo olhar que Johanna lança pra ela.

- O que vocês viraram? Uns fracotes? Uns idiotinhas? Nós somos vencedores. Nós vencemos aquelas merdas de jogos. E o resto de vocês, lutou na guerra e sobreviveu. Será mesmo que não damos conta de uma piranha louca e mimada? – Johanna grita.

- Ela está certa – Haymitch diz, e se solta de mim, indo ficar ao lado de Johanna. Eu seguro meu arco com mais força. Se eu lutei por pessoas que eu sequer conhecia, como eu vou me acovardar pelas pessoas que são a minha vida?

- Então. Qual é o plano? – Eu pergunto, e todos olham para mim. Eu enxugo minhas lágrimas restantes, e me forço a ficar composta.

- Vocês – Haymitch diz, e aponta para os pacificadores. – A coisa é séria, como vocês puderam ver. Sunny não está agindo sozinha. Toda a Panem deve estar alerta. Avisem o conselho de segurança. Quero que vasculhem cada centímetro de cada distrito. E não esqueçam do subterrâneo.

Nunca tinha visto Haymitch soar tão autoritário e sombrio. Os homens ficam parados olhando para ele de olhos arregalados.

- Vão! – Haymitch grita. – Façam o que eu mandei. Agora.

Os homens então saem correndo. Em algum lugar, um celular começa a tocar. Procuramos em meio a escuridão, e logo Pollux o acha.

- É meu – Haymitch murmura, e se afasta um pouco para atender. Mesmo assim, conseguimos escutar a voz estridente de Effie. Ele está de costa para nós, mas sinto uma esperança, quando seu corpo se empertiga. Ele se vira para nós, ainda com o telefone na orelha e com um sorriso enorme em seu rosto cansado.

Depois da esperança - Peeta MellarkDonde viven las historias. Descúbrelo ahora