Capítulo 11

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Acordo como se tivesse sido espancada na noite passada, a dor de cabeça não me alivia, e eu ainda deixei a cortina aberta com os raios solares quase me deixando cega , me levanto com muita dificuldade e me arrasto até o banheiro, lavo o meu rosto e tomo um analgésico pra amenizar a dor de cabeça, faço a higiene e quando estou voltando ao meu quarto ouço vozes no andar de baixo pareciam estar discutindo.

Troco de roupa e desço.

- Você não pode Luan, mesmo você não sendo meu filho eu te criei como se fosse um , você poderia ter pelo menos ouvido minha opinião. - Grita meu pai.

- Eu ainda te considero um pai, mais não posso mais viver nas suas custas, me entende. - Luan disse calmo.

- Entende ele Eric, ele fez a sua própria escolha . - Minha mãe disse e colocou suas mãos no ombro do meu pai que logo tirou e saiu batendo a porta.

Luan e minha mãe ficaram se olhando por alguns minutos até eu descer e tentar passar despercebida para ir a cozinha.

- Ontem não te vi chegar Ângela . - Disse cruzando os braços.

- Você viu Luan chegar? .

- Sim, mas não desvie o assunto .

- Se ele não tivesse me deixado na balada sozinha a ponto de eu ter que vim pra casa com um desconhecido, você também teria me visto chegar . - Sorri forçado para Luan e fui pra cozinha e eles vieram atrás.

- Eu tive motivos. - Luan se defendeu.

- Que história é essa Luan? . - Perguntou minha mãe.

- Jura? . - Disse irônica. - Eu também tive. - O encarei .

- Não tão grandes como os meus. - Falou grosso e ignorando a pergunta da minha mãe.

- A garoto você é um babaca , não sei o que foi fazer atrás de mim na boate.

- Da pra vocês pararem. - disse minha mãe irritada.

- E quem disse que fui atrás de você, o mundo não gira ao seu redor Ângela, sinto muito em te avisar. - Aumentou o tom de voz.

- Você abaixa o tom de voz pra falar comigo idiota. - Falei em mesmo tom.

- CHEGA ! . - minha mãe gritou dando um tapa na mesa. - Da pra me explicarem o que aconteceu? .

- Não tenho nada pra explicar. - Falei indo em direção a porta do jardim.

- Nem eu. - Saiu indo para a sala.

Fui para o jardim e me sentei no balanço , não entendo Luan uma hora ele está todo carinhoso até parece ser de outro mundo e depois me trata como se eu fosse um nada? Eu não aguento mais esse garoto, fico me balançando e me lembro que vinha aqui sempre que brigava com Rafael , minha história com Rafael é longa e dolorosa .

Eu e Rafael nos conhecemos na 7° série, ele era o garoto popular da escola e eu a nerd, mais nossa história não é daquelas clichês o popular humilha a nerd e depois ele se apaixona e ficam juntos para sempre, não, nada disso , eu e Rafael eramos melhores amigos muito além disso éramos melhores amigos inseparáveis, ou pelo menos era no que eu acreditava, eu nunca sofri nenhum tipo de zoação Rafael sempre me defendia, na 8° série começamos a namorar, Rafael sempre foi muito ciumento e possessivo não gostava que eu tivesse amigos homens e tinha ciúmes até da minha própria sombra, mais mesmo com tudo isso eu amava ele, nosso namoro estava ficando cada vez mais sério, por um deslize eu fiquei grávida , quando completamos dois anos e oito meses de namoro , nós decidimos comemorar em um barzinho em Copacabana e quando estivéssemos voltando eu contaria tudo a ele, eu fiquei com medo de ele não gostar mais mesmo assim estava decidida , naquela noite Rafael bebeu mais que devia ficou muito bêbado, nunca tinha o visto assim, ele estava implicando muito com um rapaz que estava sentado na mesa ao lado e que ele estava me olhando muito e que eu também estava olhando muito pra ele, brigamos por isso e então eu sai do barzinho e fui andar na praia ele veio atrás de mim e brigamos mais ainda, foi então que ele me empurrou e eu cai , quando me levantei estava sangrando muito Rafael perguntava sem parar o que estava acontecendo e eu só o chamava de assassino, eu estava apenas de um mês e meio, corri pra casa e escrevi tudo em meu diário com as mãos cobertas de sangue, naquele dia não havia ninguém em casa, para minha sorte, depois de ter um desmaio repentino acordei em um hospital e Rafael estava ao meu lado ele tinha ido me procurar em casa e me achou caída, lembro de tudo como se fosse hoje.

Meu Melhor Amigo part. 2 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora