Capítulo VIII

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_ Claro! Você podia me mostrar algum lugar da cidade que eu ainda não conheça! - eu disse tão rapidamente que nem sei de onde aquelas palavras saíram. 

_ Combinado então! Mais tarde a gente conversa e combina direitinho!

Fiquei observando Ron e seus cachinhos voltarem rapidamente para sua mesa.

O trabalho estava tão complicado nos últimos dias que nem tive tempo de pensar exatamente o que iria acontecer no dia seguinte. Clarice achou uma ótima ideia eu sair com alguém que já conhecia a cidade, porque, de acordo com ela, eu passava muito tempo escrevendo "coisas" em meu computador que ela nem sabia o que eram. 

Eu escrevia poemas e contos. Sempre foi um jeito que conseguia sair um pouco da realidade ou transmiti-la em palavras. Andava escrevendo muito sobre o Brasil, mesmo teimando que não estava com saudade. Cresci acreditando que tinha que ser forte e, mesmo sabendo que isso não fazia sentido algum, continuava levando essas ideias comigo. Então, eu ainda não havia chorado por estar tão longe de casa e de tudo que sempre fez parte da minha vida.

_ Ana, acho que o tal de Ron chegou. - gritou Clarice.

_ Fala que eu já tô indo, por favor!

Peguei o casaco e desci as escadas sem esperar muito o que poderia acontecer. 

Quebrando a lenteTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang