Prólogo

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Daniel Ferraz estava concentrado. Qualquer coisa que o tocasse agora iria distraí-lo, coisa que o faria explodir de raiva. Minutos se passaram. Daniel suava frio. Um tiro. Mais um alvo abatido. Agora Daniel poderia se gabar da sua sorte e do seu recorde naquele jogo online de tiro. Enquanto comemorava, extasiado, sua vitória virtual, as luzes de casa se apagam de repente. O que raios está acontecendo aqui? Deve ser o pai arrumando a tomada de novo, pensou.

-Pai! Acende a luz aí de volta!- Grita do alto da escada. Sem resposta. Desce as escadas.

-Mas que ótimo! Logo agora que ia registrar o recorde da minha vida!- resmunga ao acender as luzes novamente. Nesse instante algo o agarra por trás com um pano de cheiro sufocante. Tudo fica escuro de repente. Apagou.

Daniel acorda em uma enorme sala escura. Somente uma mesa e uma luminária em cima dele eram visíveis. Uma voz masculina o interroga:

-Do you speak english? (Você fala inglês?)

-Não muito. Ai...- Responde ainda meio zonzo com o cheiro daquele pano impregnado no nariz.

-Um brasileiro, quem diria. Parece que existem cérebros utilizáveis por lá.

-Onde estou? Quem é você?- Questiona assustado.

-Bem vindo ao 3301.

Um dor no braço. Escuro. Mais nada.

3301: O Jogo da CigarraWhere stories live. Discover now