Capítulo 8

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O sonho se desfez.

Paola Duarte.

Escuto a voz de Henrique chamando-me e descubro que tudo não passou de um sonho misturado com pesadelo. Passo a mão pelo meu cabelo, coloco a mão no meu peito e ouço as batidas aceleradas do meu coração.

- Você teve um pesadelo? Henrique pergunta preocupado. Olho ao redor situando-me, e vejo que estou sentada na cama do meu quarto, tento lembrar-me de como cheguei até aqui... Provavelmente peguei no sono depois de ter mandado mensagens para Henrique. Uma pequena parte de mim desejou que tudo que aconteceu no sonho fosse verdade.

- Foi um pesadelo. – Digo e levanto-me. Entro no banheiro e tranco-me no mesmo. Não suportaria ficar perto de Henrique neste momento, não depois do sonho que tive com Marco. Lavo cada parte do meu corpo, e passo a minha mão lentamente pelo mesmo, desejando que fosse a mão de Marco.

- Paola, abra a porta. – Henrique murmurou tentando abrir a mesma.

- Eu preciso ficar sozinha. – Digo. Não sei quanto tempo se passou, mas quando saio do banheiro, vejo Henrique falando com alguém pelo IPhone. Escuto-o dizer que sairá em uma hora. Finjo que não ouvir sua conversa e vou me vestir.

- Você está chateada comigo? – Ouço Henrique perguntar. Pensei que o bravo da história fosse ele. Reparo nele pela primeira vez desde a hora que acordei e vejo que está usando a mesma roupa da noite passada, pelo visto, meu marido não dormiu em casa. Mas eu não consigo me importa com isso.

- Eu estou cansada de brigar, nós não estamos nos entendendo de qualquer forma. – Murmuro.

- Vou viajar daqui uma hora e quando voltar nós vamos conversar sobre nosso casamento, pois do jeito que está não poderemos continuar. – Falou e entrou no banheiro. Nada em mim se alterou com suas palavras, a única coisa que consigo pensar é que preciso tornar o meu sonho realidade. Eu quero ter Marco, preciso dele ou vou enlouquecer.

Assim que ouvir o barulho da água caindo, fui procurar Marco. Antes que chegasse ao seu quarto, o encontrei na cozinha. Marco não estava vestido de maneira formal como na maioria das vezes, hoje ele está com calça jeans escura, e uma camisa branca de manga curta que define cada parte do seu músculo. O olhei faminta, fragmentos do sonho preenchendo a minha mente.

- Fui tão amada nesta madrugada, meu corpo se satisfez de uma forma que há tempo não se satisfaz e tudo isso aconteceu porque era você Marco, apenas você pode me amar da maneira que eu quero. – Sussurro e coloco a mão no seu rosto. Ele ficou petrificado com minhas palavras. Passo o polegar pelo seu lábio.

- De que merda está falando, Paola. – Pergunta confuso e se afasta. Ele fica de costas para mim, e vejo-o colocar as mãos na bancada.

- Infelizmente, tudo não passou de um sonho. No meu sonho, eu te prendia na cama, chupava o seu pau até você gozar na minha boca e depois te dava um banquete de xoxota e você se deliciava e me fazia gozar também, depois uníamos nossos corpos, pele com pele, encaixados um no outro saciávamos a nossa fome.  - Falo olhando nos seus olhos, querendo atiçá-lo até que ele não aguente mais. Henrique nos pega na cama, mas se pudesse tornaria tudo realidade no piscar de olhos. – Continuo.

- Cala a maldita boca. – Diz alterado. - Nada nunca voltará a ser como antes, nunca! Você não entende a gravidade do que fez. Quando voltei para San Diego, pretendia lhe pedir em casamento, mas a única coisa que me esperava era a noticia amarga que a minha mulher havia fugido com outro homem, então, deixe-me fazer a porra do meu trabalho em paz. – Diz e bate na bancada com força. Marco sai da cozinha, deixando-me com um nó profundo da garganta. 

S.E.C.R.E.TOnde histórias criam vida. Descubra agora