Morte da esperança (Part 1)

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(N/A " Mas me puseste o corpo em chamas, que tanto me gasta a alma e me estremece o peito.
Que lhe fiz eu? )

Ao chegar no seu prédio, já passava das uma da manhã, porém o sono da mais jovem fora tirado dela junto com a imagem da chefe extremamente exigente com os olhos inchados de sono e a voz não tão imponente como de costume. Amélia sempre imaginou uma Miranda mega decidida e dominadora em sua vida pessoal assim como no trabalho, mas sofrer violência física? Verbal? Isso nunca passara pela cabeça de Amélia, e pior, por uma garoto? Um modelo de merda? Miranda poderia acabar com a vida do garoto em um piscar de olhos. A menos, é claro, que a editora ame o rapaz... isso poderia mudar o cenário, sem dúvidas. Mas não muda a agressão, por maior que seja o amor, violência doméstica não deveria ser tolerada em pleno século, muito menos por Miranda Priestly, uma das mulheres mais poderosas do mundo, se não a mais poderosa.

Amélia estava de volta a seu apartamento escuro e frio, jogando sua bolsa e chaves no sofá e correndo ao banheiro, apenas para sentir seu estômago toda a pequena porção que ainda restava de comida em seu estômago, com as pernas no chão frio do banheiro ela ainda estava presa a Miranda, com os pensamentos fixos na editora de Runway.

"Oque há de errado com você Miranda? Oque deu em você pra aceitar esse tipo de comportamento calada?"

As palavras brincavam com  a mente de Amélia, e a mais jovem logo se ergueu. Apertando o botão de esvaziar o vaso e seguindo para a pia. Passando enxaguante bocal e seguindo para seu quarto.

Deitando-se na cama de casal box com lençois verdes água, se ajeitando entre os travisseiros e caçando sua agenda pessoal dentro da bolsa de trabalho. Folheando as páginas com anotações e fotos rapidamente, Amélia tinha ganhado aquela agenda de uma amiga do Sul, e resolveu transforma-la em seu pequeno diário de Miranda. A cada duas ou três páginas, uma foto, Amélia sabia tirar fotos sem ser notada, com Miranda não era diferente. A mulher sem dúvida era uma obra de arte preciosa e a pequena fotógrafa não poderia deixar que ela escapasse de suas habilidosas lentes, Miranda sempre tinha uma cara avaliadora e vezes até saia com a mão no queixo.

Amélia tinha uma preferida, que particurlamente guardava em seu quadro de fotógrafias, nela, Miranda estava encostada na janela de sua sala, usando um vestido roxo escuro e um cinto negro na cintura, a mão direira estava espalmada na parede da janela e a outra, na nuca da mulher mais velha. Sua expressão estava limpa, seus lábios curvados, seus olhos suaves e sua testa livre de rugas de preocupação. A perna direita da mais velha estava levemente a frende da esquerda. E Amélia, viu ali a foto perfeita, capturando rapidamente o momento em sua camêra sem deixar que Emilly ou a própria Miranda reparasse no ato.

A menina estava exausta, tanto que apenas apagou a luz do abajur e cubriu-se com o edredon, fechando os olhos em minutos e tombando em um sono profundo.

06:00:

O despertador quase fez a menina cair da cama, desligando o celular barulhento, Amélia logo deixou a cama em seu costumeiro caminho até o banheiro. Tomando uma ducha fria e dispertadora. Para só então, vestir um vestido branco com mangas curtas e um decote V discreto, ajeitando o cabelo em um coque mal feito e arrumando sua bolsa novamente.

Terminando sua maquiagem com os lábios marcados por vermelhos e realçando seus olhos diferentes com lápiz preto. Para então calçar seus sapatos de salto alto e pegar uma maçã na fruteira, abrindo a porta e saindo do apartamento quase tombando de sono.

Após 5 ou 6 minutos no ponto de táxi frio de NY, ela conseguiu adentrar um, dando-lhe o conhecido endereço e puxando as golas do seu sobre tudo negro.

07:03:

A jovem estava correndo pelo corredor do escritório, sentando-se na mesa e respirando fundo. Ligando o computador e deixando a bolsa ao seu lado, na mesa.

Doces Situações [romance lésbico]Where stories live. Discover now