V I N T E E D O I S

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81ºe penúltimo dia

  Harrynão pudera fazer nada. Primeiro, tinha-o encontrado encolhido nochão, fechado sobre si próprio, e as memórias de outras noitespassadas com as mãos nas costas de Louis, na mesma posição em queagora se encontrava, passaram-lhe rapidamente pela cabeça, e maisuma vez Harry, sem saber o que fazer ou que lhe que doeria, sentiu oritmo do seu coração acalmar por instantes, apenas para este acelerar outra vez segundos mais tarde.

 - Louis? - Louis não se mexeu. Harry, que antes andava rápido para junto do corpo, começou a correr quando Louis não se movera ao ouvir a voz de Harry. Aquilo não puderia estar a acontecer.

 - LOUIS? - Louis permaneceu quieto, e quando Harry se encontrou a menos de um passo dele, os seus joelhos contactaram com o chão frio e doloroso para a pele fina que meramente protegia os seus ossudos joelhos.

  Louis estava com as mãos geladas, e Harry gemeu de dor quando asmãos de Louis não circularam as suas, que apertavam as do rapaz nochão igualmente frio.

 - Não! Não, não... - Lágrimas cegaram a visão de Harry, e este deixou o seu corpo tombar para cima do de Louis, que não protestou. Algo não estaria certo quando Harry acordou, e este esperou o pior quando não viu Louis ao seu lado, junto de si na cama que os dois partilhavam voluntariamente.

 - Harry? - Liam quase sussurrou, e ao ver as lágrimas que derramavam pela a cara mais triste que alguma vez vira em Harry, levou as mãos à boca numa expressão chocada, não crendo no que possivelmente se encontrava à sua frente.

  Niall que acordara, minutos atrás, com os safanões insistentes deLiam, estava atrás deste, fazendo sentir a sua presença com uma mãoagarrada à camisa nas costas de Liam. O que se estava a passar àsua frente parecia ser algo que os seus olhos não deveriam estar aver, pois a forma como Harry abraçava e baloiçava o corpo morto deum igualmente morto Louis era algo que pertencia só aos doisrapazes.

 - Temos de sair daqui. - lamentou Harry, abraçando mais fortemente para junto de si o corpo de Louis, e por momentos Niall entendeu a natureza da sua abrupta loucura, e sentiu pena quando Harry demonstrou pela sua face que entendera que o que acabara de dizer tinha sido inútil.

Ouviram-sepassos.

 - Was machen sie? - Gritou um guarda, e o sangue de Harry correu frio. Rapidamente, tanto quanto o seu cérebro ainda paralisado o permitira, Harry levantou Louis nos seus braços, e os três rapazes fitaram a cara de um zangado guarda, que deixara os seus outros colegas muito atrás de si, que naquele momento observavam avidamente a cena, prontos para matarem quem quer que fosse preciso.

 - O meu tudo morreu – Harry sussurrou, e certamente que quem ouvisse isto num plano cinemático, teria o seu coração despedaçado. Niall e Liam ouviram os seus a quebrar, e acreditaram que era impossível aquela situação não piorar. Talvez também tivesse chegado a vez deles?

  Surpreendentemente, e de uma forma que pareceu quase cómica, umsentimento estranho passou pela cara do guarda, totalmente fora dopossível, e este aproximou-se de um Harry que queria demonstrarcoragem, embora tremelicasse. O guarda, que nada mais disse, pegou emLouis de um modo que pudia dizer-se delicado, e olhou Harry nos olhospor um instante, dirigindo-se de seguida às valas comuns. Harry nãose mexeu.

 - Não pudia ir para mais lado nenhum, é uma pena – Liam deu vida aos pensamentos de Harry, que não falara mais.

Faltavapouco.

Um pouco longe, mas muito perto do campo, muitos alguéns marchavamcom um objetivo.


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⏰ Última atualização: Feb 28, 2016 ⏰

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