Capítulo 7

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Stefan

- Nanda, pode tirar o dia de folga hoje - Eu disse quando a encontrei na cozinha, depois de um demorado banho quente.

- O quê? - Ela perguntou se voltando para mim.

- Vá para casa, faça compras, sei lá. Divirta-se, quero ficar sozinho.

- O que você está tramando, Stefan?

- Eu? - Coloquei a mão no peito fingindo estar ofendido. - Acha que eu faria qualquer coisa no mundo que pudesse prejudicar você?

- Eu não sei. Soube que seus pais levaram Thomas para a casa do lago hoje cedo, talvez você tenha ficado zangado e queira colocar fogo na casa.

Eu ri.

- Você me deu uma ótima ideia.

- Stefan - Ester me chamou ao entrar na cozinha - acabei de passar no seu quarto, sua televisão está quebrada.

- Você também, Ester - falei me virando para ela. - Arthur... e o motorista, onde ele está?

- Nós o que? - Ester perguntou.

- Tirem o dia de folga. Você, por exemplo, aproveite para dar uma passada no salão e hidratar seu cabelo.

Ela fez uma careta, mas antes que pudesse responder, o motorista entrou na cozinha pela porta de trás:

- Me chamou, Stefan?

Eu amo a competência deles. Pelo menos os empregados meu pai soube escolher.

- Sim. Não quero ninguém aqui hoje, voltem amanhã, às oito horas. Fiquem tranquilos que nada será descontado do salário de vocês.

Arthur deu um passo à frente, pela primeira vez abandonando sua posição dura.

- Senhor Diogo nos deu ordem de não deixar a casa.

- As ordens do Senhor Diogo não valem nada se ele não estiver aqui. Preciso sair agora, mas quero a casa vazia quando eu voltar, beleza?

- Stefan, não é por mal, mas não é você quem paga nosso salário - Nanda disse quase temerosa pela minha resposta.

Aproximei-me dela e coloquei as mãos em seus ombros.

- Fique tranquila, amor. Eu prometo que ninguém nunca vai saber que vocês desobedeceram à ordem do Poderoso Chefão. Confiem em mim - Dessa vez eu me dirigi a todos. - Cumpram minha ordem. Divirtam-se por hoje, então todo mundo sairá ganhando.

Eles se entreolharam, mas o silêncio foi total.

- Volto em algumas horas. Pelo bem de vocês, não estejam mais aqui. - Então eu saí.

- Vou dar uma festa lá em casa hoje - Eu disse enquanto dirigia em direção ao centro da cidade com Pedro ao meu lado no banco do passageiro e André e Fabrício, no banco de trás.

- Uma festa na casa de Stefan Strorck?! - André se animou. - Caraca, eu me perguntava quando ia ouvir isso.

- Mandem mensagem para todo mundo. Não, todo mundo menos a Julia. Não quero aquela garota na minha casa.

- Iiih, nem se casaram e já estão se separando?! - Pedro riu.

Revirei os olhos.

- Estou tomando nojo daquela menina. Quero carne fresca.

- Hoje então você vai conseguir muita carne fresca, meu amigo - André pegou seu celular no bolso. - Preciso do seu endereço.

- Vou mandar por mensagem para vocês três. Vocês convidam o povo e eu cuido do resto. Vamos começar às sete.

O preço da Felicidade // DEGUSTAÇÃOWhere stories live. Discover now