Capítulo 20

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Eu e o Andrew decidimos ter uma amizade colorida. Nós não estamos prontos para assumir um relacionamento, e ele não sabe que eu já fui traída e quero poupar o meu coração. Tudo bem que as pessoas são diferentes, mas eu vim pra São Paulo afim de amadurecer, criar responsabilidades e eu vou conseguir.

Quando estava no Rio, prestei Arquitetura na UFRJ e passei, porém eu decidi mudar minha vida e tentei uma transferência pra USP e por incrível que pareça, eu consegui. Ninguém sabe disso, mas como hoje o Sr. Lamark chega eu vou lhe informar.
Uma coisa que eu venho percebendo esses dias e os patetas não, é que o Thomas anda bem estranho, não está mais brincalhão, e quando eu perguntei o motivo, ele disse que estava pensando sobre a vida...

Hoje me bateu uma saudade do Gustavo, ele é um amigo meu, lindo de morrer, porém gay e ele nunca quis me dar um beijinho. Resolvi ligar pra ele, enquanto estacionava o carro na empresa. Nada dessa bixa me atender...
Logo que sai do elevador meu celular começou a tocar, era ele.
-Oi diva - ele disse com a voz rouba- eu te amo e tudo mais, mas olha a hora pra você me ligar princesa.
-Amor da minha vida, são 8:10, acorda pra vida. E Guuu...
-Alguma coisa aconteceu princesa?- nessa hora, eu entro na minha sala e os meninos estão todos lá conversando, provavelmente me esperando por uma reunião surpresa. Todos olharam pra mim, eu sorri e eles ao perceberem que eu estava no celular, continuaram a conversar.
-Não príncipe, só estou com saudades. Você está sabendo que eu mudei pra São Paulo?
-Não estou acreditando Bruna, e você não me fala nada sua vaca. Deixa você. Eu quase recusei uma proposta de emprego ai, por causa dos meus amigos e meus boys, caralho em Bruna.
-Amor -todos os patetas pararam de conversar quando eu disse isso, eu nem importei e continuei falando- desculpa de verdade, eu precisava desse tempo sabe, mas que tal você aceitar a proposta - ele era modelo- e vir morar comigo?- os patetas agora me encaravam com os olhos arregalados.
-Hum, adorei. Como você sabe, meus país estão viajando o mundo, eu sou filho único, estou solteiro, nem cachorro eu tenho. Posso ir amanhã? – e começou a rir, mas eu sabia que se eu falasse sim, amanhã ele estaria aqui.
-Amanhã é ótimo. Eu te passo o endereço e tudo mais por mensagem. Agora eu realmente preciso ir. Te amo.
- Te amo diva.

Quando desliguei o telefone, eles me olhavam bem estranho. O Andrew então, estava com o maxilar travado e a mão fechada.
- O que foi hein? Agora vocês ficam ouvindo a conversa dos outros? E qual o motivo do batalhão patetas, estarem aqui?
-Bom, nós temos que resolver umas coisas relacionadas a separação lá na França, mas pode continuar falando com o seu amor.- disse o Andrew e saiu da sala batendo a porta.
-É sério isso? - eu perguntei
-Parece que o machão está caidinho em você- disse o Paulo
-Ai meu Deus, depois eu falo com ele, agora que negócio é esse da nossa cliente?
-É o seguinte, a coisa está ficando séria e alguém tem que ir pra França essa semana, porém eu vou ter que ir pro Rio com o Paulo- disse o Rodrigo
-E eu vou pro Canada sexta, então não dá. Restando só você, o Andrew e o Thomas. Disse o Diego
-Então eu vou com o Andrew e o Thomas fica aqui essa semana.
Todos concordaram e eu fui falar com o Andrew. Bati na porte e ele disse "Entre"
-Andrew, que bosta foi aquela?
- Nada, você tem sua vida e eu tenho a minha. Você pode amar quem você quiser. Só não achava que você seria tão baixa ao ponto de ficar comigo, estando com outro.- quem ele acha que eu sou?!
- Ao contrário de você, eu não fiquei com porra nenhuma de homem. Para de ser infantil. Você não é o meu namorado, nem meu pai, muito menos meu irmão, então cuida da sua vida. Eu sei que eu não devo satisfação da minha vida, mas eu estava falando com o meu amigo gay.- na hora ele ficou envergonhado e abaixou a cabeça
-Desculpa Bru, de verdade. Eu sei que eu não tenho nada haver com a sua vida, mas eu gosto de você e me da raiva pensar que outro cara pode por a mão em você.
- Vê se cresce Andrew.
Quando sai da sala, batendo a porta, vejo o Sr. Lamark rindo com os meninos e quando me viu disse:
-Acho que você chegou na hora certa filhota. Sério, nunca vi nenhuma mulher falando assim com ele.
-Ele tem que crescer, que saco. Enfim, bem vindo de volta. E eu preciso conversar com o senhor.
-Claro, vamos. E rapazes, cuidem bem dessa menina.
Os meninos concordaram e eu fiquei toda envergonhada. Quando entramos na minha sala, contei pro Sr. Lamark que começaria a faculdade de Arquitetura e ele me apoiou muito. Contei que teria que ir pra França, logo me lembrando que esqueci de comunicar o Andrew, mas o Ross ( Ross Lamark) disse que falaria com ele.
O dia foi um pouco corrido, mas logo chegou ao fim. Fui embora sem falar com ninguém, só precisava da minha banheira e um bom filme.

Sorte no AmorWhere stories live. Discover now