27° Droga!!

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— Minha intuição está me deixando louca nesses últimos dias. — Camilla encolheu as pernas, olhando para os lados. Alguns alunos estão chegando na escola a essa hora da noite.

— Em relação ao o quê? — Bianca indagou, abrindo o pequeno pote de doce. — Não vai me dizer que está grávida.

— O quê! — Exclamou, abrindo o refrigerante. — Não estou grávida, Bia. É sobre a minha mãe.

— O que tem? — Levou o brigadeiro na boca, sorrindo satisfeita. Estava menstruada e lhe deixava mais feliz que chocolate.

— Naquele dia antes de irmos viajar ela estava agindo estranho. Para você ter noção à noite quando eu passei perto do quarto dela consegui ouvir choros. — suspirou, lembrando daquela noite. — Quando eu voltei de viagem ela ainda estava estranha, ela e o meu pai. E os dois não paravam de perguntar sobre a Clara.

— Desculpa mas não consigo ver nada de suspeito nisso, Camilla. É natural as pessoas chorarem às vezes, ou quase sempre. E, não vejo nada suspeito deles quererem saber mais sobre a Clara.

— Eu concordo com você. Mas a minha intuição não falha, é sério. Tem algo a mais. Ficaram perguntando sobre o pai dela, queriam saber sobre a mãe dela, ela nunca fala da mãe. — Deu uma pausa para beber seu Sprint. — Você sabia que o nome da minha irmã que morreu é Clara? Eu tive que investigar para saber.

— Aonde você quer chegar com isso? — Gesticulou com as mãos, fechando o pote logo em seguida.

— Em lugar algum, eu acho. Só estou estranhando a mudança deles com a chegada da Clara, você não acha estranho mesmo?

— Sua mãe agindo estranho com a chegada dela, chorando na mesma noite, o nome da sua irmã que faleceu é Clara e seus pais estão curiosos em relação a vida pessoal da garota. Eu até diria que ela é sua irmã perdida por aí, mas por que os seus pais abandonaria ela e forjaria uma morte sendo que é mais fácil dizer que você é filha única? Sem contar que é burrice perguntar sobre alguém que deixou para trás quando nasceu.

— Mas Bianca. Ela até nasceu no mesmo dia que eu.

                                  

                                   🐚

— Agora me diga o que você percebeu nesse beijo. — Luísa não parava de encarar no refeitório.

— Eu achei diferente, Lu. — Brinquei com a comida no prato.

— Clara está entrando com a Bianca e Camilla. — Murmurou, olhando em direção as três.

Elas vieram em nossa direção. Clara ignorou a minha presença.

— Podemos conversa? — Continuei a olhar-a.

— Não.

— Por favor.

— Para de me olhar assim. — Olhou no fundo dos meus olhos. — Não precisamos conversar nada, gastamos saliva o suficiente com outras pessoas, não precisamos desperdiça o resto.

— Eu sei que foi idiota da minha parte beijar ela. Eu quero me redimir com você.

— Para, mano. Não temos um relacionamento. — Sua voz saiu trêmula.

— Desculpa. — Encostei no seu braço.

— Por favor, não encosta em mim. — Saiu andando.

Não consegui terminar de jantar. Entrei no meu quarto dando de cara com a Agatha sentada em uma das camas.

— O que você quer? — Questionei irritado, parado na porta.

— Você. — Riu sem humor. — Me trate assim, bebê.

— Tá bom, cara. Não estou com paciência, diga logo o que quer. — Me deitei na cama.

— Bebê, você nunca me tratou assim. — Sentou ao meu lado.

— Desculpa. Só não estou bem. — Ela concordou, inclinando seu rosto.

— Eu quero um beijo, bebê.. — Mordeu minha orelha com cuidado. — Na verdade, eu quero mais que um beijo.

Por que é inevitável resistir a ela? Ela sabe muito bem como me provocar. Sabe meus pontos fracos. Como ela pôde fazer isso comigo?

— Eu não posso.

— Você pode sim. — Sussurou manhosa, distruido beijos pelo meu pescoço.

— Não.

Ela subiu encima de mim. Sussurrando algumas coisas no meu ouvido. Ela roubou um beijo meu, um beijo rápido e quente. Soube que ela queria mais que um simples beijo quando sentir sua mão agarrar o meu pau.

— Bebê, relaxa. Eu vou te animar..

Tirou seu moletom, estava sem sutiã. Analisando o corpo dela percebi que ela havia emagrecido. Desceu distribuindo beijos pela minha barriga, sorriu quando chegou perto da cueca, colocando o dedo no elástico e puxando. Sorriu maliciosamente.

— Quero ele dentro de mim. — Começou a se esfregar nele.

— Eu não posso fazer isso. — Tirei ela de cima, colocando minha roupa rapidamente.

— Me obrigue. — Cruzou os braços, incrédula.

— Olha, não vou te humilhar. Só faça o que estou pedindo. — Sai do quarto.

Gêmeas no colégio interno Onde histórias criam vida. Descubra agora