Capítulo 11

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A porta foi fechada, causando um barulho alto e ouvimos a luminária de uma das mesinhas cair. Quem poderia ser..? A mãe de Julia havia dito que dormiria fora.
- Vou ver quem é. -Disse Julia sussurrando.
- Você não vai sair deste quarto. -Disse-lhe puxando seu braço com força.
- E se for um ladrão Olivia? O que faremos?
- vai pra debaixo da cama -Ela assentiu e o fez.
Peguei um pedaço de madeira que havia atrás da porta e segui pelo corredor. Ouvi uma voz familiar que dizia:
- Acho que ouvi alguma coisa. Tem certeza de que não tem ninguém aqui? -Um homem disse
- Minha filha trouxe uma amiga para dormir aqui hoje, mas devem estar a dormir. Já está tarde. - Responde Silvia à voz misteriosa.

- Então podemos nos divertir a vontade... - O homem diz com uma voz provocante.

A voz realmente me era muito familiar. Voltei pro quarto e fechei a porta devagar para não fazer barulho.
- Quem era? - Julia perguntou
- Ah! Acho que sua mãe trouxe um amiguinho..
- Sério isso?
- Bem sério. (risos) - Acho melhor irmos dormir.
- De jeito nenhum, quero ver quem é. - Julia diz sorrindo.
- Pra que? Deixa sua mãe se divertir.. - Tentei fazê-la desistir da idéia mas é claro que foi inútil.
- Só quero ver a cara do indivíduo.

Julia levanta e se dirige ao corredor com cuidado pra não fazer barulho, eu estou logo atrás. Quando olhamos na sala já não havia ninguém, voltamos e passamos pela porta do quarto -que estava fechada- provavelmente estavam ali.

- Que merda. - Diz Julia totalmente frustrada.
- Ótimo. Podemos dormir agora? - Eu digo, rindo da situação.
- Okay chata. Vamos.
Voltamos para o quarto e fomos dormir.

************

Não costumo acordar muito cedo mas no dia seguinte já estava de pé e nem eram 09:00 ainda. Levantei da cama tentando não acordar Julia que ainda dormia -como pode ser tão linda essa menina- vou ao banheiro para fazer minha higiene e depois me dirijo a cozinha em busca de algo para o café da manhã. Não havia muita coisa na geladeira apenas restos das besteiras que compramos ontem. Peguei um dinheiro que eu tinha guardado em minha mochila e fui à padaria.
Comprei pão doce, um bolo pequeno e uma caixa de suco para o café -achei o suficiente- ao voltar pra casa de Julia esbarro com um homem na porta que saía as pressas -com certeza o "amigo" que tia Silvia havia trago para casa- nem a educação de pedir desculpas o cara teve. Apenas esbarrou em mim e seguiu seu caminho quase que correndo. Assim como ele sigo meu caminho entro e chamo Julia para tomar café.

- Nossa Olivia. Que cedo!! Ainda é madrugada nem cinco minutos dormi.
- Sei, sei. Ouvi você roncando a noite toda mocinha. - Digo com ironia.
- Pode parando que eu não ronco. Quem ronca aqui é você, parece até um porco. - Diz ela rindo e imitando o som do animal.
- Hahaha.. Muito engraçado. - Digo com tom sem graça. - Julia eu bem esbarrei com um cara hoje de manhã quando voltava da padaria. Ele estava saindo daqui, então deduzi que seria o homem de ontem a noite.
- Sério?? Mas iai conseguiu ver a cara do safado? - Ela diz entusiasmada.
- Nem.. Ele parecia com pressa, nem desculpa por ter esbarrado em mim pediu. Simplesmente saiu correndo.
- Que babaca. Queria tanto saber quem era.
- Curiosa como sempre. (risos)
- Bom dia meninas. - Diz dona Silvia entrando na cozinha. - Do que estão rindo?
- Nada não mãe, só estou curiosa pra saber quem é o seu amiguinho. - Julia diz com ironia.
- Filha!! Olha isso não é assunto seu. Terminem o café e não deixem louça suja quando saírem.
Permaneceu um silêncio durante o café. Quando terminamos e limpamos tudo resolvemos ir ao terraço. Troquei de roupa e esperei na sala enquanto Julia se trocava. Senti que havia sentado em cima de algo no sofá. Um chaveiro. Não um simples chaveiro, mas O chaveiro. Julia aparece e eu coloco o chaveiro no bolso e me levanto.
- Vamos?
- Vamos.

Até O Último SuspiroWhere stories live. Discover now