Capítulo 6

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Essa frase no começo do capítulo é citada em 'Promessas de Sangue" da autora Richelle Mead, sempre gostei dela e se encaixa perfeitamente nesse capítulo.

Boa leitura!

"Se seus olhos não estivessem abertos, você não saberia a diferença entre sonhar e estar acordado"

Através do vidro vejo o azul do céu, o verde dos pastos e o horizonte, tudo rapidamente pois estou na parte de trás de um carro comum de um estranho e pior nem sei seu nome. Não talvez esse não seja o pior e eu tenho a impressão que logo saberei.

Estou a quase 24 horas dentro desse carro e minha cabeça não para de girar, estou maquinando e maquinando coisas que são impossíveis e surreais mas eu não consigo parar.

_ Você está com fome? – O "homem da faca" me pergunta, porem eu não respondo, não suporto ouvir sua voz pois ela me dá ânsia de vomito de tão fria e distante que é.

_ Não vai me responder Devoure? _ Pois então vai ficar com fome e essa viagem nem começou ainda.

O ignoro mais um pouco e por fim vencida pelo cansaço falo:

_ Estou. – Então ele me diz que vai parar na próxima lanchonete e comprar algo para mim. E é aí que eu começo a pensar em várias formas de fugir. Já vi vários filmes em que a mocinha foge do carro do sequestrador e alguém a ajuda. Bem, eu não sou uma mocinha para ser salva mesmo assim isso tem que dar certo, vai dar!

Como prometido ele para em uma próxima lanchonete e pelo o que percebi é em uma cidadezinha rural, ao lado da lanchonete tem um pequeno bosque então eu arquiteto tudo rapidamente e espero que ele saia. Como eu havia previsto, ele trancou a porta, mas nada que meu grampo de cabelo não resolva, afinal não é a primeira vez que eu arrombo uma porta, já o fiz várias vezes quando Dona Barbara me deixava do lado de fora do abrigo por chegar depois do horário.

Abro a porta e sinto o vento frio em meus cabelos que agora estão soltos e emaranhados pois o grampo não tem mais utilidade já que eu o tive que quebrar para abrir a porta. Tenho pouco tempo até que o estranho volte. Olho para os lados e não vejo ninguém só a movimento na lanchonete e isso vai me dar um tempo a mais. Então corro, corro muito sem olhar para trás em direção ao bosque, infelizmente estou de vestido florado e achei que seria perfeito para passar um dia com meu namorado, mas agora estou considerando uma péssima ideia decorrente ao que aconteceu na sexta.

O bosque parece selvagem e não vê pessoas a muito tempo, pois os galhos e plantas estão enormes e machucam minhas pernas, mas não penso muito sobre isso pois agora só me preocupo em fugir, ao meu ver estou longe do carro, mas reconsidero isso ao escutar algo parecido com "Mas que droga" seguido de barulhos de pés no bosque. Eu nunca fui uma corredora nata e agora me arrependo totalmente de ter fugido todos esses anos das aulas de educação física e ter tido uma vida sedentária até agora.

Percebo que logo ele irá me alcançar eu estou respirando com dificuldade então tenho de repente a brilhante ideia de subir em uma arvore, lá estou eu subindo com meus talentos de escaladora "Droga" sinto o sangue escorrer em minha coxa, eu provavelmente arranhei ao subir, continuo subindo até achar que estou bem escondida, por fim paro.

_ Devoure? _ Desista criança, você não irá muito longe já estou me aproximando de você. _ Hum, aí está dessa agora, ainda está em tempo de se redimir.

Porque a voz dele é tão fria? Porque ele é tão ignorante e por fim o porquê disso tudo?

_ Estou te vendo em cima da arvore e ainda por cima posso ouvir sua respiração, sorte sua que eu adoro caçadas ou já estaria morta.

[PAUSA] Por Acaso Eu - Guerra de criaturasWhere stories live. Discover now