O fim! Existem os finais felizes e os finais necessários

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Meus olhos buscavam em todos os lugares, o nó em minha garganta estava me sufocando, eu nunca havia sentindo tanto medo como sentia agora, cada parte de mim era tomado por uma imensidão de pavor e desespero, meus braços estavam vazios e meu coração dilacerado, as lagrimas desciam pelo meu rosto e em meio a tanta dor e medo eu sentia raiva, eu sentia raiva de tudo e isso incluía Justin, na verdade eu queria mata-lo nesse momento por ter deixado isso acontecer, por não ter me contado que havia uma louca querendo meus bebês, por ter mentido tanto e tudo que está acontecendo é culpa dele. Eu o odeio. Eu mal consigo olha-lo e seu desespero não me comove.

Estou sem saber se ligo ou não para a policia, não sei se é um sequestro onde irão pedir algum dinheiro ou apenas queriam leva-lo. Não paro de pensar no meu pequeno menininho indefeso nas mãos de uma louca, não sei o que está tal mulher é capaz de fazer com meu bebê. Caminhando desesperadamente entre os corredores eu não posso pensar em mais nada. Meus dedos trémulos discam o numero de emergência, não chega a chamar muitas vezes, a voz do outro lado é de uma mulher.

- Central de emergencia, o que posso ajudar?

- É o meu… - Minha voz é interrompida por alguem que chama meu nome, eu sei que é Justin, mas não quero olha-lo, não quero encarar sua cara depois de tudo que tem feito, não existe lugar para qualquer sentimento bom que já senti por ele, eu só me pego o culpando e o odiando.

Eu iria continua ignorando-o, mas aquele pequeno gemidinho era familiar e me fez soltar o aparelho e imediatamente me virar com o coração carregado de esperança, meus olhos não podiam acreditar no que viam, Justin segurava Julian e eu cai em pratos ao correr em sua direção e arranca-lo dele. Eu só apertava meu menininho junto a mim, e mesmo com seu protesto eu não conseguia afasta-lo, eu queria sentir cada pedacinho dele em meus braços, eu queria ter certeza que não era qualquer ilusão, que era mesmo verdade que ele estava ali comigo e seguro. Meu choro era descontrolado, soluços pareciam não ter fim, em toda a minha vida eu jamais tinha sentido tanta dor e medo, eu olhava o rosto do Julian checando se ele estava realmente bem e ele estava, não havia qualquer arranhão.

- Ele só estava fazendo alguns exames para que pudesse ser liberado. - Justin fala e seu sorriso é gigantesco. - O diretor do hospital quis saber porque de toda a segurança circulando pelos corredores e logo foi resolvido o mal entendido.

Meus olhos não demoraram muito nele, me abaixei e peguei meu celular e sem dizer qualquer palavra virei minhas costas e sai, eu não queria mais vê-lo ou se quer ouvir sua voz, todas as duvidas que ainda restavam em meu peito haviam sido sanadas, eu não o queria mais, não quero suas desculpas e nem suas mentiras, eu quero apenas minha vida de volta, a vida onde eu não tinha que lidar com fotógrafos loucos querendo roubar meus filhos. Eu queria paz, eu quero dar uma vida assim aos meus bebês e não importa o quão famoso o pai deles possa ser, eu darei a vida que uma criança normal merece e isso quer dizer que nem por todo amor que eu já senti pelo Justin um dia eu voltarei o nosso casamento.

(...)

Julian sorria largamente e parecia bem mais animando do que quando chegou a algumas horas, eu terminava de troca-lo para podermos voltar para casa, a médica já me deixou uma lista de remédios que ele vai precisar tomar a cada duas horas e só de lembrar do mal entendido eu chego a me contorcer de dor. Levo meus olhos até a porta e posso ver que Justin está nos observando, mas ainda não disse nada e eu apenas volto a ignorar sua presença.

- Os seguranças já foram liberados e tudo resolvido. - Ele diz em um tom cauteloso, mas ainda parece aliviado. - Posso levar vocês pra casa.

- Não, vou pegar um taxi. - Digo secamente.

- Não, eu vou. - Ele se aproxima e parece querer entrar nessa discução.

- Já disse que não quero. Na verdade a única coisa que eu quero nesse momento é que assine o divorcio e nos deixe em paz.

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