Capítulo 2 A Viagem - parte II ( revisado)

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O príncipe acha que sua mente estava pregando alguma peça, então abaixa os olhos e se prepara para saltar do cavalo quando mais uma vez escuta algo; levantando os olhos, vê saindo das árvores, à margem do lago, um velho correndo de uma matilha. Teron não hesita em correr para ajudar o ancião, que tentava se proteger dos animais, contudo, o jovem defensor não quis machucar os animais, uma vez que os lobos são o símbolo de suas terras. Os animais eram respeitados em seu reino, pois eram justos e só atacavam quando ameaçados. Além disso, o príncipe tinha uma estranha ligação com os lobos de Etinas, pois sempre vieram em seu auxílio, já que seu avô, o grande Angelus, tinha, quando jovem, ajudado um antigo Rei dos Lobos. Em retribuição, os lobos de sua linhagem teriam uma dívida de sangue com sua família, e por todas as gerações estariam a serviço dos descendentes de Angelus.

No entanto, o momento se mostrava urgente e o príncipe não tinha outra solução em mente, então desembainha sua espada e esporeia o cavalo com força, pois o velho tinha tropeçado e caído e seria facilmente morto pelos animais. Então o príncipe corre em direção ao líder da matilha e o acerta com a face sem fio da espada, o que faz com que o lobo rodopie e caia desacordado. No entanto, não foi o suficiente para parar os outros lobos, que continuaram o ataque. Desse modo, Teron dá meia-volta e atinge outro animal, que cai assim como o outro. Desta vez, o príncipe para sua montaria em frente à matilha e seu cavalo empina sem demonstrar medo. Parnaso era um animal valente e já havia participado de muitas aventuras com seu dono. O jovem ergue a espada e fala:

– Voltem para o bosque, meus amigos lobos, não me forcem a atacá-los novamente.

Os lobos param e uivam, mostrando os dentes para Teron, rosnando.

– Voltem agora! Voltem, eu ordeno! – gritou o príncipe.

Os animais, por um momento, refugam, mas depois voltam um a um para o refúgio das árvores, porém ficam na borda observando preocupados seus dois membros da matilha caídos. Ao desmontar, o jovem embainha a espada e vai ajudar o velho.

– Você está bem? – pergunta o príncipe. – O que aconteceu para os lobos te atacarem? – Estende a mão para ajudar o velho a se levantar.

– Eu estou bem! Só estou um pouco assustado – responde o velho tirando a poeira e as folhas da roupa. – Eu me chamo Siano, e como chama meu salvador?

– Eu sou Teron, o príncipe de Etinas – diz o jovem fazendo uma reverência. – Mas você ainda não respondeu minha pergunta, Siano!

– Eu sou de Tierama, uma ilha ao sul, aportei em Floral há alguns dias com um amigo, entretanto, nós nos perdemos ao tentar pegar um atalho, estávamos indo para a capital, Riona. Quando tentei voltar para a estrada, os lobos acharam que eu iria atacá-los e então me perseguiram, por fim acabei perdendo todas as minhas provisões e meu ouro.

– Então descanse um pouco enquanto eu vejo como estão os lobos feridos.

– Você tem um belo animal – fala o velho acariciando a crina do cavalo. – Ele é muito corajoso, em minha terra eu crio estes belos animais – continua Siano. – Agora, príncipe de Etinas, tenho uma dívida com você.

– Parnaso é um ótimo companheiro, o melhor que se pode ter, já me ajudou em muitas aventuras e em grandes viagens – responde o príncipe também acariciando a crina do cavalo. – Meu velho, você não deve nada a mim. É meu dever zelar pela segurança de todos em meu reino.

Lágrimas de Rhanor: Herança de SangueOnde as histórias ganham vida. Descobre agora