Capítulo 24

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Daryl

As lágrimas ainda não tinham cessado, Michonne estava no controle do carro.

- Nós duas tínhamos discutido, a única coisa que fizemos foi discutir. - Michonne tinha o olhar fixo na estrada.

Não consegui dizer nada à ela.

- E a Mica? - Virei meu rosto para ela.

- Prometi à Cris que cuidaria dela. - Passei a mão no rosto enxugando as lágrimas.

O caminho todo ficamos em silêncio, Glenn abriu o portão. Passamos ate parar no pátio.

- Acharam ela? - Glenn estava ao lado de Maggie e Rick.

- Ela foi atacada. - As palavras tinham sumido.

Os olhos de Maggie marejaram.

- Você tem certeza? - Rick perguntou.

- Sim, vimos ela. - Michonne quem falava.

Passei por eles, indo ao quarto. Me joguei no chão, com as mãos no rosto, e as lágrimas continuavam.

- Soube o que aconteceu. - Olhei para a porta e Carol estava lá. - Eu sinto muito.

Carol aproximou-se e me deu um abraço.

- Nós duas não nos dávamos muito bem, mas nem por isso desejei o seu mal. - Continuei apenas ouvindo. - Tenho que contar a Mica o que aconteceu.

- Não! Eu vou. - Levantei.

- Você não está bem para isso.

- Eu que tenho que dizer a ela o que houve.

Sai, enxuguei as lágrimas novamente. Parei na porta do quarto dela.

- Você achou a Cris? - Ela sentou na cama me olhando.

- Preciso falar com você. - Cheguei mais perto. - Eu encontrei ela.

- Então onde ela está?

- Ela virou uma daquelas coisas.

- Não, não, não. - Mica começou a chorar e aquilo estava me machucando demais. - Ela não morreu, diz pra mim.

Não consegui dizer mais nada a ela.

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Cris

- Olá, bonitinha! - Tive a visão de Merle entrando naquela pequena casa. - Enfim, nos vemos.

- Acredite, isso não está sendo nada prazeroso ver você. - Virei meu rosto, ele tentou me beijar.

- Você continua carrancuda não é mesmo. Meu irmão é um fracote não sei como conseguiu ficar com você.

- Fala assim de seu irmão, mais ele passou dias atrás de você seu inútil.- O olhei com raiva.

- Opa, calma aí bonitinha. Não precisa ser agressiva assim.

- Você merece o desprezo dele. - Cuspi em sua face.

- Ah, Cris, você não devia ter feito isso. - Sou rosto era de maldade.

- Você não faria nada comigo. - Senti medo, mas demonstrei força.

- O Governador vai acabar com você. - Ele saiu.

Como eu iria sair dali, com aqueles dois loucos, querendo me matar.

- Socorro... - Sei que era inútil gritar, mais não me custaria nada.

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Michonne

Sai cedo da prisão, não queria que ninguém me visse, mais foi impossível. Carol estava de ronda hoje e ela me parou.

- Onde você está indo? - Desci do cavalo e dei uma boa olhada nela.

- Vou procurar pela Cris, não posso deixar ela vagar por aí, ela não queria que isso acontecesse.

- E como vai encontrá-la, deve ter vários deles por lá!

- Não, antes de irmos, disse ao Daryl que iria pegar umas coisas no carro dela... Cris vinha na minha direção e eu a tranquei dentro do carro.

- Você foi esperta. Mais não posso deixar que saia sozinha.

- Só que eu vou Carol e você não vai me impedir.

- Posso ir com você? - Ela continuou parada a minha frente.

- OK. - Falei.

Ela abriu o portão, passei e em seguida ela fez o mesmo. Carol subiu no cavalo e saímos dali antes que nos vissem.

O carro ainda estava parado lá. O que um dia foi Cris batia na porta com força querendo sair.

- E então? - Carol me olhou.

- Você abre a porta e eu a acerto. - Disse firme.

- Você está mesmo preparada para isso? Quero dizer, vocês duas eram amigas... Você conseguiria fazer isso.

- Eu tenho que fazer isso. - Continuei encarando a coisa ali dentro.

- OK.

Carol se preparou para abrir a porta. Naquele instante eu não sei se teria a coragem toda, mais eu precisava fazer isso. A porta se abriu e a coisa ali dentro cambaleou para fora. A acertei com uma dor imensa em meu peito, ela caiu.

- Michonne não vejo marcas de mordida nela. - Carol me tirou dos devaneios.

- Como assim? - Baixei.

- Há, apenas uma marca de corte aqui em sua barriga, mais não perfurou a blusa dela.

- Espera! - Levantei a blusa dela. - Essa não é a Cris!

- Como você sabe? - Carol olhou confusa.

- A tatuagem, não está aqui. - Uma felicidade estava brotando dentro de mim. - A tatuagem de uma rosa no umbigo dela.

- Ela tinha?

- Sim, vi quando ainda estávamos no acampamento daquele louco. Ela deve estar viva.

Love Is Not Dead || Daryl Dixon ||Onde histórias criam vida. Descubra agora