Capítulo 3

1.2K 144 163
                                    

Primeiramente gostaria de agradecer a todos os comentários e estrelinhas que recebemos, estamos muito contentes! Queria dar as boas vindas a Ana, nova escritora do nosso Squad! Esse capítulo foi escrito por ela. Vamos ao capítulo agora...


O desejo que eu sentia por Camila era um fogo tão forte que poderia simplesmente me consumir, e eu ainda estaria sorrindo. Eu estava queimando por ela, com uma sensação peculiar de reconhecimento, como se eu já conhecesse aquela sensação, como se eu já tivesse sentido-a outras vezes.

Ter o corpo dela totalmente entregue como eu tinha naquele momento, ter sua voz falha, suas unhas se arrastando por minha pele, tê-la gemendo pelas sensações que eu lhe causava era impagável. Mas então ouvimos batidas na porta, e eu nunca desejei tanto causar dor em uma pessoa como naquele momento. 

A porta não estava trancada, e eu sabia que tudo dependia de quem entrasse por aquela porta, algumas pessoas poderiam me zoar pelo resto da vida, outras... poderiam dar fim ao meu emprego e então seria o fim da minha carreira, tudo por uma maldita porta não trancada.

Fiz a nota mental de nunca mais deixar uma porta aberta enquanto eu estivesse com Camila.

Camila saiu literalmente correndo para pegar seu jaleco e camisa que estavam atrás da mesa enquanto eu tentava (em vão) normalizar minha respiração. O calor em meu rosto demonstrava o quão vermelha eu deveria estar, mais batidas na porta e então simplesmente puxei Camila pelos ombros ajudando a garota a entrar debaixo da mesa. 

Tentei juntar todos os papeis que estavam espalhados pelo chão, minhas canetas e algumas outras coisas, colocando-os de modo desordenado sobre a mesa. 

Quem entrasse na sala não poderia vê-la, porque minha mesa era fechada na frente, meu coração estava tão acelerado e então eu me sentei, sentindo uma das mãos de Camila em minha perna, ela tinha um sorriso nervoso nos lábios, mas havia bem mais do que isso ali, afastei sua mão e fechei a cara para ela, a repreendendo. 

- Pode entrar. - Meu Deus... minha voz estava totalmente falha. Limpei a garganta e peguei alguns dos papeis, colocando-os em minha frente como se estivesse fazendo uma leitura. 

E Alejandro Cabello entrou pela porta, meu chefe... percebi a sorte que eu havia tido, se ele tivesse entrado três minutos antes provavelmente teria me pagado em um momento bem embaraçoso. Ele sorriu para minha enquanto se aproximava da mesa. 

- Eu deveria ter lhe mandado uma mensagem, Lauren. Vejo que esteve entretida. - Ele indicou com um gesto os papeis sobre minha mesa, e sinceramente, não faço ideia do que eles continham. Apenas confirmei com a cabeça, engolindo em seco. 

- Então, como estão as coisas com seus pupilos? Alguém já está lhe dando trabalho? - Sim, senhor, sofro muito com a tensão sexual causada por um deles, que estava acariciando minha perna agora mesmo. Apenas por puro reflexo, eu olhei para a Camila, ela havia parado de me tocar, agora ela estava totalmente séria, olhando para o chão e com uma das mãos na boca, acredito eu que para evitar que o homem que estava logo em nossa frente ouvisse sua respiração. 

- Eles são muito talentosos, doutor. Tudo está indo bem, ninguém causando problemas além de um bajulador. Desde que aprendam rapidamente a ter controle emocional e evitar os tremores que passam por suas mãos, serão grandes profissionais. - Eu respondi honestamente e Alejandro confirmou com a cabeça. O homem, cruzou suas mãos sobre a mesa e então me olhou nos olhos, eu quase me senti desconfortável. 

- Não quero lhe ensinar como fazer seu trabalho, Lauren, mas defendo a ideia de que deveria ter um cuidado especial com a doutora Estrabão. Ela pode dar muito mais trabalho. - Naquele momento Camila cruzou os braços e fez um grande bico, era adorável, precisei literalmente morder meu lábio para não sorrir. Mas mesmo assim o conselho de Alejandro me intrigava. 

Lua e SolOnde histórias criam vida. Descubra agora