Reencontrando a Felicidade (Degustação)

Capítulo 7 /Lívia

Ana como sempre muito pontual chegou em casa no horário combinado.

-E ai animada Liv?

-Eu não, quem tem que estar animada é você, e escuta bem o que eu vou te falar Ana, porque eu não vou repetir; Nunca mais você me apronta isso, porque da próxima vez, você vai vir sozinha.

-Liv,você vai ver como tenho razão, ele é um gato.

Dou uma olhada de deboche para ela, e prosseguimos em direção ao restaurante.

-Ana quem escolheu o local do encontro?

-Foi o Bruno; Porque?

-Porque pesquisei no google,o restaurante é lindo.

-É lindo mesmo, já conheço lá.

Chegamos e fomos bem recepcionadas,afinal o rapaz soube escolher o lugar, muito lindo e chique, eles não haviam chegado, mas como ele tinha uma reserva, a recepcionista nos direcionou até a nossa mesa. O garçom veio nos atender e optamos por tomar um vinho tinto suave até a chegada dos rapazes.

-Muito lindo aqui Ana, tenho muitos lugares para conhecer ainda no Rio, não conhecia este.

-Lindo mesmo, vim aqui umas duas vezes com o pessoal do consultório.

-E cadê seu príncipe, será que desistiu?

-Nem brinca com isso Liv, aquele gato vai ser meu e de mais ninguém.

-Tô brincando sua boba, só pela escolha do restaurante percebi que ele quer te impressionar, mas vai com calma Aninha, deixa acontecer sem se precipitar.

-Obrigada minha amiga, sempre bom ouvir seus conselhos, está na hora de você começar a ouvir a si própria e viver, amar novamente.

-Para Ana, a questão aqui é você,eu estou muito bem com minhas lembranças, não se incomoda comigo não, falei um pouco alterada.

-Tudo bem, me desculpa, não quis te irritar Liv.

-Eu que peço desculpa, não tem o porque me alterar contigo, me perdoa meu doce de leite.

-Assim é impossível não perdoar.

Caímos na risada. Estávamos distraídas tomando nosso vinho e conversando, quando ouvi uma voz vindo atrás de mim.

-Boa noite garotas, desculpa nosso atraso, mas aconteceu um imprevisto.

Olhei para a Ana quase peguei um babador para enxugar a baba que estava para escorrer. Nos colocamos em pé. Quando virei para cumprimenta-los, olhei para os dois e eles estavam vidrados em mim, no susto eu disse:

-Carlos Eduardo?

Ele pasmo falou:

-Sophia?

-Não, eu me chamo Lívia.

O Carlos Eduardo saiu em disparada para fora do restaurante,e o seu amigo ficou me olhando,ele ficou sem ação,no desespero do momento ele disse:

-Não saem daqui,por favor, eu já volto.

Voltei a sentar sem saber o que fazer, a Ana me olhou sem saber o que estava acontecendo.

-De onde você conhece o amigo do Bruno?

-Eu não o conheço, um dia olhando o Facebook vi o perfil dele e fui dar uma olhada, e quando vi sua esposa que já é falecida, me deparei com uma réplica minha, somos muito parecidas, mas desliguei o notebook E deixei para lá. Nunca imaginei que um dia nos encontrariamos. Pensei em procurá-lo porque sofremos a mesma dor,nós dois perdemos nossos cônjuges, mas pensei que se eu aparecesse em sua frente com certeza iria mexer com seu psicológico, por eu ser muito parecida com ela, e o que eu temia aconteceu.

-Liv que história, estou pasma.

-É Ana,sei o que ele sofre, e ter me visto com certeza não vai ajudá-lo.

Esperamos porque o Bruno nos pediu para aguarda-lo, não sabíamos o que estava acontecendo,e como o Carlos Eduardo estava. Eu e a Ana já estávamos aflitas e preocupadas, sei que foi um baque para ele me ver, com certeza ele está sem saber o que pensar,que situação constrangedora . Depois de meia hora a Ana como estava sentada virada para a porta, me avisa que eles estão entrando no restaurante,eles chegam até nossa mesa e o Carlos Eduardo senta de frente para mim, fica me olhando e pergunta:

-Quem é você?