1° CAPÍTULO

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Oi pessoas, me chamo Alice Aguiar, tenho 16 anos. Sou considerada a Nerd da escola, e até então a mais feia. O pessoal da escola, vivem fazendo fofocas de mim, mexendo comigo fisicamente e verbalmente. E eu não fico quieta.

Meus pais vivem viajando a trabalho, então a casa sempre é só minha. Eles não tem tempo para mim, e nem ligam muito para a minha existência, mas eu não dou a miníma. Ok, é lógico que eu ligo, mas eu já estou tão acostumada a ficar só, que eles não fazem tanta falta assim como faziam antes quando era pequena.

*****

Triiiiim

O sinal toca.

Vou para a sala e nela já se encontra todos. Me sento e o professor logo entra, começando a dar sua aula.

No meio da aula, sinto meu celular vibrar. Desbloqueio a tela e vejo uma mensagem.

"Eu sei onde você mora, e tudo sobre sua vida Alice. Cuidado, linda."

- Moça Alice, quer compartilhar o que tem de tão importante no seu celular? - Pergunta.

- An... é, não. - Me assusto. - Posso ir ao banheiro?

Ele assenti, ajeitando seus óculos.

Vou em direção ao banheiro correndo, me tranco em uma das cabines e apoio meus cotovelos em cima de minhas pernas.

- Estou com medo, caramba. - Sussuro para mim mesma.

Meu celular vibra, no mesmo instante meu coração dispara. Abro a tela.

"Não se assuste. Este é só o começo de seu pesadelo, haha :)."

- Não, não, não. Calma Alice, pode ser apenas uma brincadeira. - Digo TENTANDO de uma forma totalmente inútil, me tranquilizar.

Me pego chorando, mas lembro rapidamente, que não devo chorar por coisas "Desnecessárias". Está certo que quando se recebe uma ameaça, a ação de ficar nervosa é instantânea. Mas não gosto de demonstrar fraqueza e medo, mesmo estando sozinha.

Saio da cabine, e me olho no espelho. Estou com os olhos e o nariz, vermelhos. Mas acho que ninguém vai perceber.

Chego na sala, e me sento.

- Está tudo bem, menina? - Pergunta o professor, chamando a atenção de toda a sala para mim.

Mas que droga, qual o problema dele?

- Nada que interesse alguém aqui. - Deixo escapar.

- Ok. - Diz, insignificante. Idiota.

*********

Era hora do intervalo, fui a última a sair da sala, como sempre.

Ando lentamente para o pátio, me sento em um lugar vazio, longe de todos.

Me debruço sobre a mesa. Após alguns segundos, sinto a presença de alguém, então levanto a cabeça.

- Vou ser direto e reto. - Diz um menino sorrindo, de forma assustadora, apesar de ser bem bonito. - Sou eu quem mando as ameaças, sim, são verdadeiras, toma cuidado, eu sei tudo sobre você. - Coloca suas mãos sobre as minhas. - Não precisa tremer, é só fazer o que eu mandar.

- Eu não estou tremendo. - Digo de forma convincente. Basta ele acreditar. - Mas, por que eu? O que eu fiz? - Pergunto com a sobrancelha direita arqueada.

- Nada, nada mesmo. Eu não quero ver você feliz, se é que é possível. - Ele lança um olhar de ódio, me apertando com força.

- Não me toca. - Digo tentando retirar minhas mãos dele.

Olho ao redor, até chegar nos populares. Todos estão olhando, e rindo, por me verem desse jeito. Reviro os olhos, e volto a minha atenção para a pessoa à minha frente.

- Ah, quero lembrar que meu nome é Henrique. - Diz e se levanta. - Bom, até mais.

Ele se retira.

Quem é o o ser humano, que ameaça uma pessoa e ainda se apresenta? Normalmente, tudo isso ocorre em anonimato.

***

~ Henrique ~

Não se apaixonem, ele só tem o rostinho bonito

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Não se apaixonem, ele só tem o rostinho bonito.

O INESPERADO [CONCLUÍDO]Where stories live. Discover now