Capítulo 05

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No dia seguinte, acordaram cedo e partiram para New Jersey. Hilary estava ansiosa, nervosa e com medo. Tudo poderia mudar a partir do que acontecesse. Parece que todas as pessoas de Nova Iorque resolveram sair naquele fim de semana, deixando o trânsito um pouco lento. Depois de aproximadamente uma hora na estrada, chegaram. A casa era linda, toda branca, as janelas e a porta eram azul bebê, com um belo jardim. Bem cuidado, o que chamou a tenção de Hilary foi o canteiro de rosas, e fez ela entrar em pânico, eram as flores preferidas de sua mãe e seu pai sempre a presenteava com as flores. Jensen percebendo sua reação perguntou se ela estava bem, e ela respondeu que sim, mesmo não estando. Um senhor por volta dos sessenta anos, abriu a porta para eles, muito simpático. Jensen a apresentou a ele e logo depois a sua avó, tão amável quanto o avô. Jensen pediu licença e foi procurar o Sr. Dave, ou talvez Harry. Os mais velhos não entenderam a afobação do neto e Hilary aos poucos explicou a situação. Emocionando Margareth, avó de Jensen. Hilary ficou sem graça. Ao mesmo tempo que estava com vontade de enfrentar o pai e confronta-lo para saber a verdade estava também com o coração batendo a mil por rever seu pai, ela tinha tanta saudade. Jensen voltou para a sala e a chamou para irem até aos fundos, pelo olhar dele, ela soube. O tal homem era mesmo seu pai. Pegou a mão de Jensen e saíram pela porta dos fundos, nos fundos da casa também havia um belo e cuidado jardim. E de repente ela paralisou e o tal homem entrou em seu campo de visão. Realmente era parecido com o homem da foto, porém mais velho, agora. Não conteve suas lágrimas, não podia acreditar seu pai, ele estava na sua frente. Como ela almejou esse momento, só ela sabe o quanto. O homem se aproximava devagar, Hilary apertou a mão de Jensen, um perdido mudo para que ele não saísse de perto dela.

- Minha pequena estrela, como você cresceu... Está linda! – o homem de macacão jeans disse com lágrimas nos olhos. – Eu sou o seu pai. – ele disse e começou a chorar.

- Sim, é meu pai que me abandonou! ABANDONOU A MIM E A MINHA MÃE! Porque fez isso? Tem noção de quanto nos fez sofrer? Do quanto ficamos abaladas por anos? EU ERA SÓ UMA CRIANÇA! Como teve coragem? COMO? ME DIZ, PORQUE? – Hilary chorava e gritava, logo a família Phillips havia se juntado a eles para amparar a garota. – Foi outra mulher, não foi? ADMITE QUE TRAIU MINHA MÃE! E a mim também.

- Hilary, sei que não mereço seu perdão e nem de Melinda, de meus pais e dos pais de sua mãe. Mas eu conheci alguém, me envolvi e perdi a cabeça. E quando me dei conta da burrada que fiz, eu quis voltar, pedir perdão. Mas a vergonha foi tão grande, que não pude voltar. Achei melhor sumir da vida de vocês, o ódio seria melhor que sentir desprezo daqueles que amo. Lembra de quando eu te mostrei a estrela que mais brilhava no céu e disse que ela sempre nos manteria perto? – Harry disse e Hilary caiu de joelhos chorando e foi rapidamente acolhida por Jensen. – Eu sempre procurava por ela e pedia a Deus que estivessem bem, eu senti tanta saudade minha filha. Não mereço que esteja aqui. É melhor ir embora, e esquecer que tem um pai. Não quero mais te fazer sofrer, não a pessoa que eu mais amo no mundo. – Hilary só chorava. Estava com tanta raiva do pai, mas ao mesmo tempo queria perdoa-lo e abraça-lo. Seu pai havia cometido um erro grave, e haveria de passar por um processo até finalmente poder serem pai e filha novamente. Mas naquele momento, sua saudade e amor falaram mais alto, Hilary se levantou com a ajuda de Jensen e caminhou até Harry, que a olhava com o mesmo amor que suas turvas lembranças de infância lhe mostravam.

- Papai! – Hilary jogou os braços em volta do pescoço do homem e o abraçou com força, o deixando surpreso. Harry a abraçou de volta. Sua pequena estrela estava ali, com ele depois de 15 anos separados.

- Filha! – Harry soluçava. Um misto de vergonha e saudade. A pior coisa que fez na vida foi deixar sua família por uma aventura. Foi um estupido. – Eu a amo tanto. Me perdoe. – Harry balançava a filha nos braços. – Nem posso acreditar que está aqui, e de um jeito inacreditável.

- Foi culpa das estrelas. – Hilary se desvencilhou do abraço do pai e o olhou. – Um dia, olhei para o céu, eu devia ter uns nove anos, e pedi a todas as estrelas que me trouxessem o senhor de volta. – Hilary fungou e lágrimas começavam a rolar em seu rosto mais uma vez. A família Phillips acompanhava toda a cena, emocionados.

- "A culpa é dasestrelas." Você, nunca esqueceu do nosso lema! Esse reencontro só podia estarescrito em alguma constelação. – Harry sorriu e abraçou a filha novamente.    

Acredito Nas EstrelasWo Geschichten leben. Entdecke jetzt